O sequestro

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Depois de tantas especulações sobre mim e Richarlison rolando na internet, resolvi olhar os comentários de uma das página de fofoca.

"não acredito que meu namorado ta namorando 😭"

"meu deus mas ela é tão feinha"

"aff, agr perdi de vez"

Era comentários desse tipo e pior, tudo isso por causa de uma foto dele ao lado de uma mulher.

Na mesma hora recebo uma ligação do meu treinador, que parecia realizado com a situação.

-Amanda, pode me encontrar amanhã às três da tarde? -Ele diz e fico surpresa.

-Claro, mas posso saber o motivo? -Digo.

-Recebi um e-mail agora de um empresário super importante querendo trabalhar com você. -Ele diz.

Caramba, ter um empresário seria uma baita mudança na minha vida profissional, já que não sou uma jogadora tão conhecida. Mas é uma pena saber que isso só está acontecendo pela noticia que está circulando.

-Que ótimo, pode confirmar minha presença, até amanhã querido. -Digo e desligo.

Depois de um longo dia, me deito para dormir, e mesmo com muito sono não conseguia dormir, eu estava angustiada e parecia que algo ia acontecer.

Quando finalmente adormeci ouço um barulho muito estranho na cozinha e acordo, com medo tranco a porta do quarto, pego meu celular e vejo que é quatro da manhã, alguém bate na porta e me assusto mais ainda, quando tento ligar para a polícia ouço uma voz familiar.

-Oi meu amor. -Gabriel diz atrás da porta e começo a chorar enquanto tremo. -Não ligue para a polícia, vim aqui te buscar. -Ele diz com uma voz calma.

Fico tão nervosa que nem consigo pegar o celular direito.

-Eu sei que você ta acordada meu bem, abre aqui. -Diz ele.

Fico alguns segundos processando a informação e tentando me acalmar.

-É melhor você abrir, se não ja sabe o que vai acontecer né. -Ele diz aumentando o tom.

-Me deixa em paz! -Grito. -Vai embora Gabriel! To chamando a polícia!

Ele começa a bater com força na porta.

-Você sabe que eu tenho dinheiro o suficiente pra pagar a fiança e ser solto que nem nas outras vezes né? Abre essa porta para que não aconteça nada de ruim com você e a sua família! -Ele diz gritando e me assusto com a última frase.

Comigo ele sempre foi ruim, mas com a minha família nunca fez nada, não suportaria que acontecesse algo com a minha família por causa desse cara, e vindo dele eu não duvido de nada.

Respiro fundo e abro a porta ainda tremendo e com o corpo frio, quando abro a porta sinto o forte cheiro de álcool vindo dele, ele me abraça forte mas eu não retribuo, e mesmo se eu quisesse não conseguiria de tão fraca que eu estava. Fico tonta com tudo o que ocorria no momento, rezava para que fosse apenas um pesadelo.

-Vamos pra casa agora meu amor, e me prometa que nunca mais vai fazer seus showzinhos. -Ele diz baixo me olhando esperando que eu concordasse mas apenas o encaro. -Arrume suas coisas. -Ele diz.

-Não. -Digo o afrontando sabendo o que me esperava.

-O quê? -Ele muda o olhar e o tom de voz.

-Eu vou ficar na minha casa e viver a minha vida, e você vai voltar pra sua casa e ficar com aquela sua puta que chama de amor. -Digo e sinto meu rosto queimar com mais um tapa forte dele, só não caio por que ele estava me segurando.

-Você não entendeu a parte da sua família? -Ele diz e mesmo eu tentando me manter forte escorre uma lágrima de meus olhos, ele sorri com isso. -Certo, me obedeça e vá arrumar suas coisas. -Gabriel fala e eu obedeço.

Não acredito que tudo aquilo vai voltar.

Depois de organizar minhas roupas Gabriel pega as malas e descemos, o porteiro me olha com pena vendo meu rosto e meus olhos vermelhos, nem me despeço por causa do ciúme de Gabriel. Ele põe as malas no porta-malas e eu entro no carro, não trocamos uma palavra e nenhum olhar até chegar na casa dele, fiquei chorando e olhando a janela até chegarmos em casa, não queria que ele me visse chorando pois aquilo era prazeroso pra ele.

Quando chegamos ele larga a mala e me olha.

-Amanhã você organiza isso, agora quero fazer outra coisa. -Ele diz se aproximando.

-O que mais você quer depois de me sequestrar e me obrigar a te suportar? -Digo o encarando e ele dá um sorriso debochado.

-Você insiste em me responder né? Apenas faça o que eu mando. -Ele diz quando chega em mim e começa a beijar meu pescoço.

Minha respiração fica pesada e minhas mãos começam a transpirar, odiava quando ele me forçava a transar com ele e era isso que ele ia fazer agora.

-Gabriel... -Ia começar a falar mas ele me interrompe.

-Cala a boca e me obedece. -Ele diz enquanto tira minha roupa.

...

Depois daquilo apenas tomei um banho e tentei dormir, o que falhei por que não parava de chorar e me culpar por não ter feito nada, mais uma vez me culpando mesmo não sendo minha culpa. Adormeço enquanto choro mas logo sou acordada pela Dorota, a empregada e a única daquela casa que eu gostava.

-Bom dia Senhorita Amanda, não sabia que a senhorita ia voltar. -Ela diz com um leve sorriso no rosto.

-Bom dia Dorota, eu também não sabia que ia voltar, mas senti saudades suas. -Digo e a puxo para um abraço que foi retribuído.

-Parece que a senhorita não teve uma boa noite não é? -Ela diz e eu me lembro do que passei e mudo minha expressão. -Desculpe, eu disse algo que a senhorita nao gostou?

-Não se preocupe Dorota, está tudo bem. Onde está o Gabriel? -Digo tentando forçar que estou bem.

-Ele saiu, disse que foi ajudar o Senhor Valter com os negócios. -Ela diz e eu assenti.

-Ah sim, você pode fazer um café pra mim por favor? -Peço à Dorota, ela assente e se retira do quarto.

Já estava cansada de tanto chorar, infelizmente tinha que aceitar minha realidade, sem vôlei, sem família, sem amigos... era doloroso mas tinha que fazer isso para proteger quem eu amo.

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⏰ Última atualização: 4 days ago ⏰

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Minha Jogadora de Vôlei - RicharlisonOnde histórias criam vida. Descubra agora