- Amor olha aqui. - Gavi fala apontando para o campo, estávamos na arquibancada assistindo ao jogo do Brasil x Coréia do Sul - O Raphinha tem que tocar a bola para o Vini, para que assim a estratégia se concretize e acerte no gol.
- Eu super entendi. - Falei olhando para ele que agora estava rindo. - Sou a namorada de jogador que não entende absolutamente nada sobre o jogo.
- Aposto que não é apenas você. - Ele fala analisando o jogo cuidadosamente.
- GOL! - Gritei após pular da cadeira, que emoção única. - Foi do jeito que você falou.
- Eu sabia, deste que eles entraram em campo percebi qual era a estratégia.
- Me diz, qual a sensação? - Falei agora sentada ainda concentrada no jogo, nunca se sabe quando irá vim outro gol.
- De que? - Ele perguntou com a expressão de confuso.
- De fazer um gol. - Gavi havia sido escolhido para ser titular da Espanha nos jogos da copa, pena que a seleção foi desclassificada no seu último jogo que foi para os pênaltis, gerando o placar de 3x0. Mas mesmo assim ele havia sido o primeiro jogador e mais novo da Espanha que com 18 anos fizera um gol na copa do mundo. Nem preciso comentar o quão orgulhosa eu estava dele.
- É inexplicável, uma mistura de emoções, vontade de gritar de felicidade e ao mesmo tempo chorar também.
- Você foi incrível em todos os seus jogos, amor. - Meus olhos agora estavam concentrados nele que nesses últimos dois anos têm sido a melhor coisa que me acontecerá.
- Obrigada pelo apoio sempre. - Ele disse e me deu um selinho que demostrava toda sua gratidão.
- Outro, está vindo outro! - Falei apontando para a bola que logo estava nos pés de Richarlisson e depois no gol. - GOL!
- Juro que eu senti a arquibancada balançar. - Gavi olhou para mim assustado. - E aposto que você é uma dos motivos desse balanço.
- GOL AMOR! - Falei saltitando e ele batia palmas sorrindo para mim.
- A energia de vocês brasileiros é surreal.
O jogo terminou e avançamos para mais uma etapa, as quartas da final. Antes de subimos para o quarto do hotel onde os jogadores da Espanha estavam hospedados no qual Gavi estava dividindo com seu fiel parceiro do Barcelona, Pedri, passamos na padaria para comer algo.
- Hola hermosa. - Escuto uma voz após abrir a porta.
- Ainda nessa Pedri? Tira o olho. - Gavi fala sentando na cama e tirando seu tênis.
- Como foi o jogo? - Pedri pergunta sem tirar os olhos do seu celular.
- Foi ótimo, ganhamos. Pena que você não foi. - Falei indo em direção à minha mala, procurando algo para vestir.
- Basta ficar de "vela de quarto". - Ele fez referência a colega de quarto. - Não aguento mais ver vocês agarrados.
- Você deveria ter visto a S/n torcendo, ela mal olhou para mim. - Ele fez drama e eu revirei os olhos.
- Ela estava pior do que quando jogamos o último jogo no Barcelona? - Ele disse tirando a atenção do celular e olhando para mim. - "Ai meu Deus, tira a bola daí", "Eric passa a bola pro Gavi", "Vamos amor", eu não aguentava mais essa garota.
- Confesso que eu me empolgo nesses jogos.
- E eu amo quando você se empolga. - Gavi disse se levantando e guardado seus tênis em uma das malas. Em seguida veio até mim e selou nossos lábios.
- Eu ainda estou aqui. - Pedri fala após coçar a garganta.
- Bom, estou indo tomar banho. - Falei levantando as mãos como forma de rendimento e indo em direção ao banheiro.
Liguei o chuveiro e aproveitei o momento, após fazer minhas higienes pessoais coloquei um conjunto que era uma saia longa com um cropped e aproveitei para fazer uma maquiagem básica, visto que antes de chegarmos ao hotel a irmã de Gavi havia ligado perguntando se gostaríamos de sair para jantar junto com o resto da família.
- Vocês já estão prontos? - Falei ao ver Gavi e Pedri arrumados e sentados na cama conversando sobre algo.
- Você demorou tanto que achamos melhor usar o banheiro dos meninos.
- Desculpa. - Falei com um sorriso de lado. - Só irei calçar uma sandália e podemos ir.
[...]
- Oi meus meninos! Pablo e Pedro, como vocês estão? - Minha sogra fala com Gavi e Pedri, abraçando os dois. - E você minha linda? Como está?
- Estou bem e a senhora?
- Também estou. A Aurora já está chegando, enquanto isso vamos conversar. - Ela diz sentando na mesa juntando-se ao meu sogro.
- Iai filhão! Que jogo do Brasil, heim?
- Nem me fale, estou aliviado por já ter saído e poder não jogar com esses craques. Eles são mostros. - Ainda era um tópico frágil falar sobre a eliminação da Espanha na copa, os meninos se dedicaram tanto mas infelizmente não foi possível passar de fase. Se passaram alguns dias mas eu sabia que eles ainda estavam tristes, até por que é o sonho de qualquer jogador ganha a copa do mundo e honra sua seleção.
- Não conheço os jogadores de lá, apenas Neymar. - Fala Pedri.
- Você não sabe de nada Pedri. E o Raphinha? Você não o conhece? - Eu amo insultar ele.
- Ah, nosso irmão não precisa falar, né? - Ele rebate.
- Vocês são como gato e rato. - Comenta minha sogra rindo.
- Mas ele sabe que eu amo ele. - Falei bagunçando seu cabelo. Pedri era como um irmão, tanto para mim quanto para Gavi.
- Esses dois... - Meu namorado comenta.
E ficamos ali conversando por alguns minutos e logo depois Aurora, irmã de Gavi, chegou com seu companheiro. Comemos o prato principal e pedimos a sobremesa. Conversamos por mais um tempo e depois partimos para o hotel novamente, tomei um outro banho e deitei na cama com Gavi já adormecido. Fiquei admirando ele por alguns instantes e resolvi mexer um pouco no celular, no instagram havia algumas marcações de fotos nossas durante o jogo que os paparazzis haviam tirado, inclusive, uma me chamou atenção, eu estava em pé sorrindo enquanto Gavi estava sentado batendo palmas e olhando para mim com um sorriso no rosto e um brilho no olhar, salvei a foto e coloquei como papel de parede.
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