013 - Recuerdos

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A quinta feira provavelmente foi o dia mais tranquilo da minha semana, não sai de casa, acordei tarde, assisti filmes de desenhos com as crianças e quando percebi já era noite. Aproveitei e terminei de arrumar minha mala, dentro dela havia o necessário pois passaríamos apenas três dias naquela enorme casa. Aurora me ligou para confirmar o horário e disse que sairíamos às oito da manhã, por ser muito cedo optei em dormir na casa de Gavi, chamei um uber e fui.

[...]

- Tenho a impressão de estar esquecendo alguma coisa. - Digo enquanto descíamos com as malas.

- Você sempre diz isso. - Gavi fala vindo atrás de mim. - Mas nunca esquece nada.

- Meus óculos! - Falo procurando em minha bolsa.

- Amor, eles estão na sua cabeça. - Ele diz rindo e eu passo a mão na minha cabeça, é...

- Acho que vou enlouquecer. - Falo mexendo nas flores de uma planta que eu coloquei na garagem. - Certeza que Aurora já está vindo?

- Você escutou quando ela disse que estava saindo de casa. - Ele diz me abraçando por traz. Minutos se passaram e escutamos a buzina do carro.

- Buenos días mi amores. - Aurora diz assim que entramos no carro.

- Bom dia. - Falo sorrindo.

- Mamãe e papai já estão lá? - Gavi pergunta colocando o cinto.

- Sim, eles saíram bem cedo. - Ela responde.

- Pedri não vai? - Escuto a voz de Javi, cunhado de Gavi.

- E sua irmã, S/n? - Aurora pergunta após seu namorado.

- João está com sintomas de resfriado, Valentina achou melhor adiar dessa vez e Pedri ficou para ajudá-la. - Eu falo.

- Nossa, que triste. Espero que ele melhore logo. - Ela diz olhando para mim. - Mamãe estava louca para ver a piscina cheia de crianças.

- Aposto que sim. - Gavi concorda com sua irmã.

Bom, as duas horas de viagem se passaram em câmera lenta, tinha me esquecido como era longe. Ao chegarmos o caseiro que cuidava de tudo abriu o portão e Javi estacionou ao lado do carro dos meus sogros.

- Não lembrava de como tudo aqui é lindo. - Falo ao sair do carro e ver tantas árvores e flores ao redor da casa.

- Agora temos cavalos. - Aurora comenta.

- Mal posso esperar para vê-los.

- Vamos? - Gavi fala arrastando nossas malas. Ao entrar temos a vista da piscina de frente para a casa. Na minha cabeça passa várias memórias que tenho das poucas vezes que vim aqui, em específico, a primeira vez.

- Mi casa su casa. - Gavi diz após o portão se abrir.

- Uau, aqui é lindo. - Falo admirando toda a paisagem ao redor da casa.

- Pois é, minha mãe ama flores por isso tem muitas. - Gavi explica.

- Eu quero conhecer tudo. - Digo pegando na mão dele.

- Vamos por aqui. - Ele me puxa para um beco.

- Você é um péssimo guiar, precisa explicar primeiro para onde estamos indo. - Falo e ele rir.

- Você verá. - Gavi diz e continuamos caminhado até chegar em uma barragem, de longe podia ver animais no terreno vizinho e escutávamos os pássaros voltando para seus ninhos ao por do sol. Uma verdadeira cena de filme.

- Que vista! Sabia que tudo fica mais bonito quando você está ao meu lado? - Falo para ele que me olha com uma cara de apaixonado, aposto que eu estava com a mesma cara.

- Posso te beijar? - Ele pergunta e eu mesma beijo ele. - Você me fez tão bem nesses três messes.

- Parece que nos conhecemos à anos. - Digo colocando os braços em volta do seu pescoço e sinto suas mãos em minha cintura.

- Eu te amo. - Meu Deus, ele disse! ele foi o primeiro a dizer! meu coração acelera e sinto minha pressão cair, eu realmente escutei o que ele acabou de dizer? - Você não me ama?

- Não estava preparada pra escutar isso agora. - Digo e junto nossos lábios. - Claro que eu te amo.

- Amor. - Escuto a voz de Gavi e saio do transe. - Vamos entrar.

- Estou indo. - Digo mas minha cabeça estava em outro mundo. Como assim fazia dois anos que nos conhecemos? Tudo o que vivemos aqui no passado volta na minha memória como se fosse ontem, meus sentimentos a flor da pele junto com a sensação de se apaixonar pela primeira vez.

- Meu amor! - Minha sogra diz ao me ver. Ela era um amor em pessoa. - Como foi a viagem?

- Hola! Muy bien. - Digo abraçando ela. - E vocês? Como estão?

- Está tudo bem, além da empolgação do meu marido para fazer o churrasco, tudo está bem. - Ela diz apontando para a área de lazer onde meu sogro se encontrava. Me lembrei de Pedri com sua vontade de comer churrasco com uma cerveja. - Uma pena que sua irmã não pode vim.

- Sim, uma pena.

- Oi mãe. - Gavi diz, ele ainda estava ali? - Também estou aqui.

- Oi meu filho lindo. - Ela diz apertando a bochecha do nosso bebê. Fofos. - Você sabe, quase nunca vejo a S/n e temos que conversar quando nos vemos.

- Tudo bem mãe, posso dividi-la com você. - Ele diz e me lançar um olhar semicerrado.

- Para onde Aurora foi? - Ela diz saindo da casa e indo atrás da filha mais velha.

- Vou colocar as malas no quarto. - Gavi diz subindo a escada.

- Também vou, preciso trocar de roupa. - Digo e sigo ele.

- Aqui está calor, daqui a pouco eu entro na piscina. - Ele avisa parando em frente ao quarto para abrir a porta.

- Nossa... - Aquele quarto, aquele cama, o colchão, os edredões, nossa primeira vez juntos. Meu corpo todo arrepiou ao lembrar daquele dia, dois dias depois que chegamos, Gavi até então meu ficante havia preparado um jantar a luz de vela.

Estava sentindo o clima fica quente, acabamos de comer e estamos terminando de beber nossas taças de vinho branco, sinto os pés de Gavi acariciando minhas pernas, subindo e descendo. Meu corpo parecia uma onda elétrica de energia que só estava ficando mais intensa.

- Vamos subir para o quarto? - Gavi pergunta e eu apenas assinto, subimos as escadas e vejo ele ir reto até a terceira porta, seu quarto. Ele abre espaço para eu entrar e em seguida entra atrás de mim.

Ele senta na cama e seu olhar se fixa em mim.
Eu sei que ele estava desejando aquilo tanto quanto eu, vou até ele e sento em seu colo, ele entrelaça suas mão em minha cintura, fico mais perto e ele logo ataca meus lábios, ele deita e eu continuo por cima mas em um movimento rápido ele inverte as posições ficando por cima.

- Tem certeza? - Ele pergunta.

- Toda a certeza do mundo. - Falo e beijo ele.

Logo sinto seus beijos molhados em meu pescoço descendo cada vez mais, ele beija meu corpo todo ainda por cima das roupas mas parece não aguentar muito pois vejo ele tirar sua camisa e pedi permissão para tirar minha blusa, até no sexo é um cavalheiro, espero que não por muito tempo.

- S/n? - Poxa Gavi, hora errada pra me tirar do outro mundo. - No que estava pensando?

- Essa cama. - Digo me sentando nela, ainda brava por ele ter interferido minha lembranças.

- Essa cama. - Ele diz ficando na minha frente. - Vamos refrescar as memórias?

- Só se for agora. - Digo e ele cai por cima de mim iniciando um beijo.

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La novia de GaviOnde histórias criam vida. Descubra agora