025 - Resaca

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- Nossa que dor de cabeça. - Gavi diz ainda com os olhos fechados.

- Ressaca, hum? - Pergunto me aconchegando naquele edredom macio, estava frio, muito frio.

- Não lembro de nada que aconteceu ontem.

- Sério? Acredita que eu te disse isso? Eu avisei.

- Amor.

- Que?

- Fala baixinho. - Ele só podia estar brincando, nós estávamos conversando sussurrando.

- Vou voltar à dormir. - Digo cobrindo minha cabeça.

- Oh meu pai amado. - Gavi fala após o barulho de duas batidinhas na porta percorrerem pelo quarto em silêncio. Percebo que ele se levanta e vai até a porta. - Quem pode ser?

- Oi meu casal lindo. - Escuto a voz de Pedri, não é possível.

- Cara, são sete da manhã. - Gavi fala deitando na cama novamente. - Vai dormir.

- Eu sei, o problema é esse: não estou conseguindo dormir. - Ele diz e se deita na cama entre eu e Gavi.

- Era o que faltava mesmo. - Tiro o lençol do meu rosto pra olhá-lo nos olhos.

- Meu Deus! - Ele fala colocando a mão no coração. - É assim que você acorda?

- Vai se ferrar! Você veio acordar a gente e ainda me chama de feia? - Pergunto fazendo drama e recorro ao meu namorado. - Fala alguma coisa Gavi.

- Não mexa com o leão, Pedri. - Ele avisa, ok, meu próprio namorado estava confirmado que meu cabelo estava bagunçado?

- Hoje nada me abala. - Ele fala com um sorriso no rosto.

- Parece que alguém aproveitou a noite. - Gavi fala para seu amigo.

- E como! - Ele responde com um sorriso no rosto e eu me lembro que na noite anterior ele estava com uma garota.

- Como você é cara de pau. - Falo tentando prender meu cabelo.

- O que? - Ele pergunta confuso.

- Esqueceu da Valentina?

- Eu e ela não temos nada fixo S/n. - Ele fala olhando para o teto. - Eu até tentei quando pedi ela em namoro mas ela não quis.

- Sério? Você pediu mesmo?

- Sim, mas sua irmã acha que por ser dois anos mais velha ela tem a obrigação de me deixar "curtir". - Ele fala e vejo que seu tom de voz parecia triste.

- Valentina é complicada Pedri. - Falo me ajeitando na cama.

- Eu sei. - Ele fala e se enrola no edredom também. Gavi já estava no terceiro sono, dormia igual pedra.

[...]

- Toma. - Falo entregando um copo de água junto com um comprimido para Gavi.

- Obrigado. - Ele fala e vira o copo.

- Será que o Pedri ainda está dormindo? - Ele pergunta. Já se passavam das nove da manhã, nesse exato momento estamos em uma mesa terminado de tomar nosso café, deixamos Pedri no quarto ainda dormindo ele parecia realmente estar cansado.

- Não sei, talvez. - Digo comendo meu último pedaço de bolo.

- Ele não bebeu muito ontem. - Ansu fala, encontramos ele no elevador e ele nos seguiu.

- Ele não dormiu por que estava fazendo outras coisas. - Gavi fala com um tom malicioso.

- Eu nunca tenho sorte. - Seu amigo responde triste.

La novia de GaviOnde histórias criam vida. Descubra agora