𝑴𝒆𝒖 𝒑𝒐𝒍𝒊𝒄𝒊𝒂𝒍 𝒑𝒂𝒓𝒕𝒊𝒄𝒖𝒍𝒂𝒓 -𝑗𝑒𝑜𝑛 𝑗𝑢𝑛𝑔𝑘𝑜𝑜𝑘

C24

Meus olhos começaram a pesar, não sentia mais nada, apenas um formigamento no local dos ferimentos. Poderia sentir o sangue se esvaindo da minha perna me fazendo ficar cada vez mais fraca.

Escutei a porta sendo arrombada, mas não tinha forças para ver quem entrou. Por um momento quis que aquilo tudo acabasse, que eu apenas morresse. Ouço vozes, mas as mesmas parecem tão distantes, nem me dou o trabalho de procura-las, tinha certeza que era a equipe.

-S/N!!! - vi Jungkook se ajoelhar no chão. Meus olhos se arregalaram, minha respiração fico desregulada. -Eii! A gente veio para ajudar você. - o mesmo disse e pudê enxergar seu uniforme de policial.

Olhei em volta e vi Namjoom amarrando Taehee em uma cadeira, suspirei aliviada. Eles haviam me encontrado, e eu tinha uma chance de sair viva dali.

-Ela perdeu muito sangue. - escutei Jin falar.

-N-não mexam na faca, nenhum centímetro. - falei com muita dificuldade.

-você vai ficar bem princesa -Jungkook falou -precisamos levar ela ao médico!! Na mesma hora Taehyung chega com o Dan algemado

-Jungkook e Jin leve S/n até o carro é chame uma ambulância

Me levaram para ambulância, a faca ainda se encontrava no meu abdômen, o motorista dirigia rápido, a paramédica tentava estancar o sangue que ainda saia da minha perna. Jungkook ia na ambulância comigo, já o Jin ia no carro atrás da gente

Jungkook
Fomos para o bunker rapidamente, e assim que entramos lá vi S/n no chão sangrando, ela estava com uma faca em sua barriga, e a culpada é Taehee, os outros ficaram no bunker enquanto eu e Jin íamos acompanhar S/n no hospital, isso tudo é culpa minha!

-ELA ESTA TENDO UMA PARADA CARDÍACA -a paramédica grita

-O QUE? S/n vc vai ficar bem, aguenta forte meu amor -seguro a mão da mesma levemente

                              [...]

Chegamos no hospital e S/n teve 2 paradas cardíacas na ambulância, mas chegou respirando no hospital felizmente, e agora está na sala de cirurgia, vejo a paramédica da ambulância vir até nós

-doutora, como ela está? Ela não tem risco de morrer não, né doutora? -falo impaciente

-toda cirurgia tem seus riscos, mas não vamos pensar nisso agora.

-Eu tenho que ir. -a paramédica disse

-Obrigada, de verdade. - agradeci e logo a mulher desapareceu da minha vista.

Ficamos em silêncio, meu corpo inteiro tremia, estavamos ali apenas à alguns minutos mas pareciam horas, Jin saiu um tempo depois, disse que iria tentar saber de alguma coisa. Recebi uma ligação de Namjoon, o mesmo disse que Taehee foi presa e confessou tudo, eu ainda não acredito que ela foi capaz disso. Jin voltou quieta e sentou ao meu lado.

-Senhor Jeon? - ouvi chamarem meu nome e quando olhei vi uma mulher baixinha me encarando.

-Sou eu -disse se levantando, Jin fez o mesmo

-Como ela está? - perguntei rápido.

-Está estável. Venham comigo. -a médica nos chamou e seguimos ela.

-Ocorreu tudo bem na cirurgia? - Jin perguntou enquanto andávamos pelos corredores.

-A cirurgia foi complicada, mas ocorreu tudo bem, a faca perfurou o fígado, mas conseguimos acabar com hemorragia e fechar o mesmo, vai levar um tempo até que ele se regenere por completo. - respondeu parando em frente ao quarto - Entrem. - falou dando espaço para - passarmos.

Ela estava ali, deitada, se não fosse pelo monte de aparelhos, poderia dizer que a mesma apenas dormia serenamente. Cheguei perto e não segurei as lágrimas novamente. Sentei na cadeira ao lado da cama e agarrei sua mão. Meu choro era de alegria e alívio, ter ela de volta era a mesma sensação de uma criança ganhando doce. Meus olhos brilhavam

-Quando ela vai acordar? - perguntei - encarando o rosto vermelho de S/N, por conta de um soco que a mesma levou.

-Senhor Jeon, ela teve quatro paradas cardíacas, duas na ambulância e duas na mesa de cirugia, o coração dela está fraco, e o fígado também, então achamos melhor ela ficar nos aparelhos durante um mês. -a doutora respondeu.

-Um mês? -perguntei e a mesma confirmou.

-Esse tempo será ótimo para o corpo dela descansar totalmente, mas se ela acordar agora, sentirá muita dor. - respondeu olhando para S/N.

-Mas ela não corre mais risco de vida não é? -eu tinha que ter certeza que ela voltaria para mim.

-Nenhum. - a mesma disse me arrancando um sorriso aliviado.

-Obrigada. - me levantei para abraçar a mesma.

-Tem mais uma coisa. - doutora disse.

-O que? -eu perguntei um pouco nervoso.

-Eu sinto muito pelo bebê. - a médica respondeu olhando para mim.

-Que bebê? - perguntei a olhando confuso.

-Vocês não sabiam? -a doutora perguntando me olhando.

-Do que exatamente? - perguntei, meus pensamentos estavam uma bagunça.

-S/N estava grávida de duas semanas. - a mesma respondeu.

Fiquei tão surpreso que tive que me sentar novamente, minhas mãos começaram a tremer, minha respiração ficou desregulada, achei que passaria mal com notícia.

-G-grávida? - falei baixinho

-Como S/N teve quatro paradas cardíacas, tivemos que reanima-lá com adrenalina e usar o desfibrilador, dando um choque no corpo da mesma, então com isso, o bebê não resistiu. - a médica explicou.

Escutei a fala longe, ainda não digeri a notícia, estava tonto, um calor sem explicação cresceu em meu corpo, Jin viu meu estado e pegou um copo de água para mim beber.

-Nós íamos ter um filho Jin. - disse o olhando.

-Eu sinto muito. - ele respondeu passando a mão nas minhas costas.

-Bom, tenho que que ir, uma cirurgia me espera, se tiverem alguma dúvida ou precisarem de algo me chamem. -a doutora disse saindo do quarto.

-Como ela está? - escutei a voz de Namjoom e o vi entrando no quarto.

-Eu ia ser pai, Namjoom - falei e o mesmo me olhou com os olhos arregalados.

-O que? - perguntou um pouco alto e
surpresa.

-S/N estava grávida, mas o bebê não resistiu. -Jin respondeu no meu lugar.

-Meu Deus. - ouvi Namjoon dizer e senti seus braços me rodarem.

Não segurei minhas lágrimas e desabei, a dor se multiplicou. Um dos meus maiores sonhos é ser pai e saber que eu perdi essa chance me destruía por dentro. Tudo que eu quero é ter uma família com S/N e por culpa de Taehee, perdemos a nossa oportunidade. Mas eu tinha que ficar forte, por mais que doía, tinha que permanecer em pé, por S/N. Quando a mesma acordar vou ter que dar a notícia a ela, e sinceramente, não sei como vou fazer isso.

Continua?