𝗪𝗔𝗦𝗛𝗜𝗡𝗚 𝗠𝗔𝗖𝗛𝗜𝗡𝗘, 𝗄𝗂𝗆𝖼𝗁𝖺𝗒

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suas mãos cheias de malicia duvidosa
me guiam essa noite.

sexta, o dia que você vem e fica.
me amadurece com seus toques e
beijos consentidos.

me sinto inteiro.

a afirmação de que você me escolheu hoje,
de novo, saltita dentro de mim.

eu sou seu, como nos dias em que você é meu.

os arrepios me infortunam e
sobre o balcão da lavandeira,
sinto seus sapatos sujos baterem
na máquina de lavar que é o meu coração.

dentro de mim, sua sujeira me corrompe.

sobre seu peito quente, prometo te amar eternamente
durante todas as sextas-feiras.

isso é o suficiente, eu não te peço muito.

sempre te esperando, nos imaginando.
talvez nossos encontros sejam oásis.

(cartas nunca enviadas, pensamentos nunca ditos)

seu cabelo escuro,
reflete do meu interior.

não me lembro mais os dias sem você,
essas noites melancólicas regadas de boemia
se fazem rotina.

o amanhecer, como suas vindas sempre chegam
e vão embora.

tudo tem um fim.

mas você é teimosia,
insiste em ficar,
insiste em me dar esperanças de
um amor que não vem, de um amor
sem pausas e medo. um amor puro.

você é madrugada
e vai embora sem medo.
entre o sereno das incertezas,
você me deixa aqui.

kim, por que você não fica?