As Filhas da Morte

Capítulo 2: Pelos olhos de Clarise

Depois de me despedir da Lilith fui até o meu namorado Bob e com um sorriso ele disse para os amigos dele:
-Olha só quem chegou a minha bela namorada perfeita.
-Diferente da irmã dela, a esquisitona. Disse um amigo dele debochando.
-Não gosto que falem da minha irmã gêmea, não tem nada de errado com ela. Falo com raiva, Bob me olha estranho e diz:
-Amor não fique tão estressada, o Jeff não falou por mal, mais é que a sua irmã é muito anti-social e você é simplesmente a rainha do baile do ano passado todos te amam.
-Eu sei mais eu amo a Lili e não gosto que falem dela.
-Está bem, Jeff não faz piadas com a irmã da Clarise ok? Jeff assenti com a cabeça e vai para o jogo de futebol, Bob se vira pra mim e diz:
-Agente se ver quando o jogo acabar eu te amo tá legal minha linda?
-Também te amo, vai lá. Quando Bob já está longe eu penso: Se ele e todos soubessem que a Lili é mais normal que eu, eu sempre tentei me encachar, sempre foi assim mais Lili não, a Lili nunca se importou com essa coisa de sociedade, as vezes eu queria só ser mais confiante igual a Lilith, todos pensam que a Lili é a louca que deu crise de ansiedade no ano passado, por isso sempre se ouve boatos que minha irmã é uma louca e que deveria ser internada mais eu só acho que ela precisa de espaço, toda noite minha irmã acorda assustada com o tal pesadelo, eu não contei pra ela o pesadelo que tive no ano passado eu preferi não contar pois não queria deixar meu pai preocupado com as duas gêmeas. Eu sempre escondi meus problemas de todo mundo porque eu sempre acho que tem pessoas com problemas maiores, entro no banheiro e faço o quê eu já tenho costume de fazer todos os dias que me sinto gorda demais, eu tenho 50 quilos e acho muito para uma garota de 17 anos, depois que termino saio do banheiro e minha amiga me olha e diz:
-Clarise você disse que ia parar com essa merda de bulimia. Diz Laura
-Laura! De onde você saiu, meu Deus.
-Não foge da minha pergunta, eu te vi entrar no banheiro e imaginei que você fosse tentar isso de novo.
-Você não entende Laura, eu me sinto melhor quando faço isso.
-Amiga você já tentou falar sobre os seus problemas com alguém?
-Não, tem pessoas com problemas maiores e eu só faço isso uma vez por dia e ninguém precisa se preocupar.
-Semana passada você fez isso toda vez que ia comer depois do comentário idiota do seu namorado Bob.
-Eu sei mais eu só quero ser padrão, e o meu pai tá tão feliz com a minha vida eu não quero decepcionar, e não é a hora de terminar namoros.
-Sabe qual o problema de vocês? A sua irmã não se importa nem um pouco com o pai de vocês, e você amiga se importa demais com a opinião dele, você deve ficar com um cara que te ame de verdade e eu acho que você já ta magra demais amiga.
-Você tá certa Laura eu vou lutar contra isso eu juro que vou.
-Eu espero que você lute mesmo pois eu não quero você doente igual a sua irmã Lilith tá legal. Eu fico brava
-Minha irmã não é doente! Quantas vezes eu vou explicar que minha irmã é normal e eu não gosto que falem assim dela, me diz quantas vezes?
-Tá bom desculpa, não se estresse.
-Olha só porque você não me deixa em paz e para de regular o que eu faço, só me deixa em paz. Saio do banheiro com raiva e me dirijo a sala de aula e encontro Lilith no caminho.
-Ei! Clari você tá bem?
-Não Lili não tô bem, eu posso falar com você? Eu sei que você tem vários outros problemas mais é que...
-Calma, respira Clari eu tô aqui pra você vai ficar tudo bem ok?
-Tá bom vamos lá fora tanto faz se vamos perder aula, vem comigo. Eu levo Lili até lá fora e como um caminhão pessado eu conto tudo desde a bulimia até os pesadelos do ano passado que eu não quis contar.
-Uou, deixa eu vê se eu entendi você tava passando por tudo isso e não contou pra sua irmã gêmea?
-Desculpa Lili mais é que você tava com tantos problemas e eu não queria te encher com as minhas bobagens.
-Clari, não se desculpe eu peço desculpa por não ter percebido isso, mais agora vai ficar tudo bem eu vou cuidar de você e não esconda mais nada de mim e não ligue para os idiotas que vivem falando de mim, se importe com você ok?
-Está bem, obrigada Lili.
-Agora me conta esse pesadelo?
-Eu lembro pouca coisa do pesadelo, mais tinha uma mulher ruiva que me dizia para correr junto com uma garotinha que tinha os cabelos como os meus.
-Ok não pense nisso e não conte para o papai ou ele vai te entupir desse remédio, o que é um saco, e tenta não se entregar a bulimia ok?
- Está bem. Lilith me abraça e diz que precisa ir pois tem aula de álgebra e é a matéria que ela precisa fazer prova, eu sinto um peso sair das minhas costas ao ter contado meus problema pra minha irmã, eu realmente senti que ela me entendeu de verdade, essa é a grande vantagem de ter uma irmã ou melhor uma gêmea. A aula passa voando e logo o sinal bate e eu vou embora pra casa me arrumar para festa, pra falar a verdade não estou muito animada eu queria assistir um filme de terror sangrento com a minha irmã,mais já confirmei presença nessa festa então tenho que ir, visto um vestido  vermelho vinho e passo maquiagem, logo ouço um carro buzinando, é o Bob ele veio me buscar, eu queria dar um beijo na Lilith mais ela tá na biblioteca ainda, desço as escadas correndo e entro na carro, Bob sorri e diz:
-Uau, você está linda meu amor.
-Obrigada você está lindo também.
Chegamos na festa e caramba tem muita gente, faço o sorriso falso e coloco o modo sóciavel, entro na festa e vem umas mil pessoas me cumprimentar todos um bando de falsos da pra ver que não gostam de mim mais não entendo o motivo, se não gostam não gostam sem fingimento, finalmente eles vão embora e Bob diz:
-Amor eu vou ali pegar uma bebida pra gente e já volto. Assinto com a cabeça e olho para a banda que está tocando, Laura está tocando a bateria e quando me vê para de tocar, eu a olho confusa mais ela pega o microfone da mão do vocalista, ela parece bêbada e diz:
-Clarise! Olha só galera quem chegou, nossa amiga perfeita, ou será que... nem tão perfeita assim?
Todos me olham espantados e eu sinto meu coração disparar. Laura pega seu celular no bolso da calça e diz:
-Sabe, eu sempre gostei do Bob mais aí ele era apaixonado pela Clarise, dá pra acreditar? Bom, então eu virei amiga dela e me aproximei o bastante e achei o podre dela. Laura clica no seu celular e o coloca perto do microfone, e lá está a maldita Laura me gravou no banheiro e agora todos sabiam dos meu problemas e da minha bulimia, eu estava realmente com ódio e queria matar Laura. Bom isso que dá quando se confia em alguém que é obcecada por cobras, eu gosto de cobras, mais Laura era a própria cobra.