2. É insuportável imaginar a minha vida sem você

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A madrugada já havia chegado, creusa estava dormindo. O apartamento estava silencioso.

No quarto de Helô entretanto, a história era bem diferente.

Quem estivesse lá dentro poderia ouvir o coração dela (das rachaduras se formando aos pedaços caindo quando ele se partiu), poderia ouvir a sua respiração (era como a de alguém que estava se afogando), poderia ouvir suas lágrimas (era como se estivesse chovendo granizo e ele se chocasse contra o telhado de uma casa).

Ela sentia fraqueza, medo, desespero, não entendia o que estava acontecendo.

Quando a ficha de Helô começou a cair, o silêncio que imperava no apartamento foi quebrado por um grito de dor.

{...}

Creusa

Creusa acordou assustada.

Quando conseguiu compreender de onde vinha aquele som, foi correndo em direção ao quarto da delegada.

Ao chegar lá, viu Helô sentada no chão com as mãos no cabelo chorando desesperada e olhando para as flores que ele havia mandado no dia anterior.

Nem precisou perguntar o que tinha acontecido, ela logo entendeu que tinha algo a ver com ele.

Com muita delicadeza sentou-se ao lado de Helô e a abraçou.

Após algum tempo naquela posição, a delegada disse:

- O Stênio decidiu fazer aquilo que eu sempre pedi que ele fizesse, Creusa.

- O que donelô?

- Sair da minha vida.

- Não se preocupe, logo cês dois fazem as pazes e voltam ao normal.

Helô agora chorando menos, saiu do abraço de Creusa, a olhou dizendo:

- Des....dessa vez não, dessa vez não tem mais volta, olha o que ele me mandou - mostrou a carta para Creusa

Assim que acabou de ler, suspirou.

Ela havia entendido que a situação era mais complicada do que pensava, devolveu o papel para a delegada e perguntou:

- O que a senhora pretende fazer?

- Nada Creusita.

- Como nada? A senhora tem que ir atrás de dotôstenio.

Helô respirou fundo e disse de cabeça baixa:

- Eu não posso Creusa.

- Aí meu Santo Expedito me ajuda. Como que não pode? Claro que pode, aliás, deve.

A delegada deu um sorriso fraco antes de dizer:

- Talvez ele esteja certo, talvez seja hora de parar de tentar resolver um problema que sabemos que não tem solução e seguir em frente. Nós dois já nos machucamos muito.

- Credo donelô, um amor tão bonito como o de cês dois não pode acabar assim não.

- E o que eu vou fazer? Pedir para ele ficar e a gente tentar mais uma vez? Pra quê? Para dar errado de novo? Eu acho que não aguento Creusa - A delegada responde desanimada

- Eu fico aqui me perguntando, como que uma delegada porreta como a senhora não consegue perceber algumas coisas?

Helô franziu a testa confusa.

- O quê?

- Ah donelô, cê sempre teve medo de perder esse homem. E agora esse medo de perder ele é o que está te impedindo de ir atrás do amor da vida da senhora.

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