Um estranho bom

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Antes de mais nada, eu queria dizer que essa é a minha primeira fanfic, então eu vou estar dando o meu melhor!
Desculpe qualquer erro de ortografia.

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Enid Sinclair.

Você também acha estranho estar voltando para um lugar depois de tanto tempo? A ansiedade que tira o seu ar e te deixa inquieta, como se você tivesse receio, ou medo de voltar. São tantas lembranças incertas e perdidas, lembranças que talvez gostaríamos de esquecer. A nuvem que tampava a luz do sol, transformava tudo em algo tão tedioso e sem graça. Como se eu estivesse em um filme de clichê adolescente em tons pasteis.
Bom, meu nome é Enid Sinclair e eu tenho 18 anos. Agora, eu estava voltando para a cidade onde eu nasci. Nevermore.

A 5 anos atrás, eu me mudei para Holfody, depois de um acontecimento trágico, onde minha mãe nunca me explicou de verdade o que havia acontecido. Ela diz que só precisava se mudar o mais rápido possível e corta o assunto.
O porquê de eu estar voltando? Bom, Nevermore tem uma das melhores faculdades. Alderhaals. E sempre foi o meu sonho conseguir entrar nela, e bom, eu consegui.

Olho para o lado de fora da janela e me permito observar os carros e casas passaram como acontecimentos em uma fita. Tudo parecia tão entediante, então eu apenas me perdi em meus vagos pensamentos. Por que era tão estranho estar de volta? Parecia que havia algo errado, mas o que?

- Enid Sinclair! - Escutei a minha mãe chamar pela minha atenção parecendo irritada, então eu retirei meus fones de ouvido e olhei para ela. - Dá para tirar esses fones de ouvido!? – Ela esbravejou.

Eu dei um estalo com a língua e entortei o nariz. Ela parecia tensa e isso me incomodava. Minha mãe é legal, mas só é quando não está estressada.

O carro é estacionado em frente a minha antiga casa e eu finalmente posso sair daquele transporte onde fiquei sentada por horas. Respirei fundo sentindo o ar fresco e estranho de Nevermore. Não sei explicar, mas sempre enchi os pulmões de ar quando vinha para fora de casa, o cheiro desse lugar sempre me agradou.

Passei os meus olhos pelo local e vi que muita coisa havia mudado, a cidade estava diferente. Casas reformadas e mais bonitas, quando estava vindo vi novos Shopping, praças, lojas. Tudo estava tão diferente, mas aquele lugar sempre seria Nevermore.

Fui até a mala do carro e peguei as minhas coisas. Não havia muita, já que praticamente já estava tudo na nossa nova casa, então peguei o pouco que tinha.

Entrei dentro da minha antiga casa explorando-a com os meus curiosos olhos. Eu estava admirada com o local, estava reformada e muito mais bonita que antes. Essa casa tinha tantas memórias que me trazia uma sensação de nostalgia. Talvez não fosse tão ruim morar aqui novamente.

_______

Enquanto eu arrumava o meu quarto, eu pensava se meus amigos ainda moravam aqui, alguns eu sabia que sim, pois ainda tinha contato, mas e o resto? Bom, mesmo se estivessem, acho que não faria tanta diferença, até porque, já faz 5 anos. Se as pessoas conseguem mudar em 1 dia, imagina em 5 anos.

Me assustei com o ranger da porta de meu quarto assim que ela se abriu. Eu olhei para a porta e a imagem da minha mãe se fazia presente.

- Enid, meu amor. Você ainda não está se arrumando?

- Se arrumar para que, mãe? - Pergunto confusa. Não me lembro de ter nada marcado para hoje.

- Seu primeiro dia na faculdade, Enid! - A mulher exclama - Você anda muito esquecida.

- Droga! Eu esqueci completamente! – Bufei passando minhas mãos sobre o rosto.

- O que seria de você sem mim? Se arrume e desça. Você tem 40 minutos. - Ela diz e fecha a porta me deixando dentro do quarto sozinha. – Ela disse com um sorriso engraçado no rosto e saiu do quarto.

Sem pensar muito eu comecei a me arrumar. Por que você é assim, Enid!?
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A sensação termica em Nevermore, não ajudava no meu nervosismo. Eu estou com um frio imenso na barriga só de estar em frente a minha grande e desejada faculdade. Aquilo parecia um sonho, e se fosse, eu não queria acordar.

Entrei na faculdade e comecei a admirar o local. Era tudo tão lindo e impecável. Inevitavelmente eu não consegui deixar de sorrir vendo. Olhei para algumas pessoas que não me pareciam estranhas.

Mas algo me chamou atenção, na verdade uma pessoa em si. Ela tinha cabelos pretos e longos, uma pele morena, parecia ser um pouco menor do que eu e com uma expressão neutra. Puta que pariu, era a mulher mais linda que eu havia visto em toda minha vida.

Ela era linda. Eu a reconhecia de algum lugar, mas não lembro de onde.

Ela me lembrava uma pessoa. Seu rosto neutro, seus traços latinos. Eu poderia jurar que era ela, mas eu me lembrava que ela não queria vir para essa faculdade.

Só percebi que estava encarando-a por muito tempo quando ela me encarou de volta. MEU DEUS, MEU SENHOR, SOCORRO!

Desviei o meu olhar rapidamente sentindo minhas bochechas esquentarem. Meu Deus, Enid Sinclair, sua mãe não já falou milhões de vezes que não é pra encarar as pessoas?! Agora você se ferrou!
Eu havia paralisado completamente. Como eu consigo me meter nessas furadas??

O sinal bateu e eu só poderia agradecer aos céus por isso. Eu coloquei minhas mãos nos bolsos do meu moletom e comecei a andar querendo me matar.

Eu comecei a procurar a minha sala, mas nada. O ruim dessas faculdades é exatamente isso. Eu olhei para os lados em busca de alguma alma viva no corredor, e então eu vi um garoto loiro passando. Céus, é um milagre!

- Licença. - Me aproximei sem graça do garoto. - Você poderia me ajudar a achar minha sala?

- Claro. – Ele foi gentil. – Qual seria sua sala? – Perguntou-me exibindo um sorriso. – E que sorriso lindo, meus amigos.

– A.2, terceiro andar.

- Por pura coincidência, é o meu andar também. Eu te levo até lá.

- Obrigada... – Os céus estão comigo.

Hoje só poderia ser o meu dia de sorte, um cara super gato estava me levando até minha sala. Estou me sentindo em um filme clichê.

Nós subimos uma escadas e caminhamos por alguns corredores até chegar na sala, onde batemos na porta para logo entrar. Alguns olhares curiosos me encararam, mas logo voltaram a fazer o que faziam antes. Mas um olhar, uma pessoa bem específica me chamou atenção. E era ela, a menina que eu tinha encarado na entrada estava ali, me encarando. Só poderia ser k meu dia de sorte mesmo, ironicamente falando.

Desviei o olhar para os meus olhos para baixo me xingando mentalmente e subo alguns degraus sentando perto de uma garota que usava óculos escuros.

Estranho os óculos escuros da garota, mas sua moda não era da minha conta.

- Oi, como se chama? - A garota ao meu lado me perguntou sorrindo sem mostrar os dentes.

- Enid, Enid Sinclair. E você? - Sorri de volta.

– Enid, nome bonito. - Eu agradeci. – Me chamo Yoko, mas pode me chamar de Yoko. – Ela brincou me fazendo soltar uma risada nasal.

– Tá bom, Yoko. – Eu disse em um tom brincalhão fazendo-a rir.

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Eu sentia minhas costas queimarem sobre o olhar de alguém. Mal sabia eu a montanha russa que a minha vida iria virar.
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E aí, o que acharam? É a minha primeira vez, então foi mal qualquer coisa.

Beijinhos da muci! (づ ̄ ³ ̄)づ

VOCÊ - Wenclair Au [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora