Dor

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Já se passaram 1 mês desde que eu me mudei para Nevermore e eu já me sinto em casa de novo.
Eu e Yoko ficamos bem próximas por causa de que nós duas estudamos jornalismo e temos algumas aulas juntas.

A menina toda trevosa que eu encarei acidentalmente? Ela continua me encarando, e eu ainda não sei exatamente o que eu fiz para ela.

Agora o professor tinha acabado de tirar uma pausa para o almoço, então etodos estão guardando os seus notebook e tablet e depois começam a caminhar para a porta.

– Enid. Eu to com fome. – Yoko me diz e logo suspira cansada. A faculdade realmente tomava o melhor de nós.

- Certo, certo. Vamos. - Logo pego o meu tablet e trato de guarda-lo. Olho para Yoko que tinha uma expressão de ansiosa e eu sorri. – Não seja tão apressada, sanguessuga. – Dou um sorriso de lado vendo-a franzir os cenhos em desaprovação pelo apelido.

– Eu não sei porque eu ainda não te joguei no valão. –  Ela coloca a mão no rosto balançando a cabeça. Eu rio de sua reação. Adorava implicar com a britânica.

Nos retiramos da sala de aula e caminhamos sobre os longos corredores da faculdade. Conversamos sobre coisas aleatórias enquanto abocanhavamos alguns lanches.

Estávamos tão distraídas que não percebemos a aproximação de Biaca. A mesma rodeou seus braços sobre o corpo magro de Yoko, depositando um rápido selinho em seu pescoço. Senti o arrepio daqui.

- Oi garotas. - Bianca nos comprimentou e eu revirei os olhos e fiz cara de nojo.
Eu namorava o namoro delas, mas às vezes vê-las juntas me deprimia.

Eu me levante e andei para trás com a cabeça nas nuvens e eu senti o meu corpo esbarrando em alguém. Porra, Enid.

– M-me descul.. – Paralisei na hora  assim que eu encarei aqueles olhos negros, tão profundos e desesperador, mas tão hipnotizador.

– Não tem problema, Enid. – Disse gentilmente e sorriu de canto. Eu me sentia desnorteada e ainda um pouco confusas

– E-Eu estou bem - Recuperei minha postura. – Como sabe o meu nome? – Perguntei curiosa. Não lembro de tê-la dito o meu nome.

- Fico triste por não se lembrar de mim, Sinclair. - Ela voltou para sua expressão neutra e me encarou profundamente. Ela rodou seus braços em volta da minha cintura, me puxando para mais perto.

Ela lambeu os lábios e logo depois mordeu o lábio inferior. Eu não pude evitar de seguir cada movimento que ela fazia.
Eu estava enfeitiçada. Ela só poderia ser uma feiticeira.

Ela chegou seus lábios para perto de meu ouvido e sussurrou:
- Fico triste de não se lembrar de mim, Sinclair. - Sua voz saiu rouca, me causando arrepios.

Ela desfez seus braços de minha cintura e se afastou de mim. Confesso que me senti frustrada por senti-la longe de mim.
Ela apenas olhou para mim mais uma vez e saiu andando.

Olhei para Yoko e Bianca que me olhavam um tanto quanto curiosas me fazendo ficar nervosa.

Eu desviei o meu olhar delas para olhar para o lugar onde a Latina tinha caminhado. Eu ainda estava processando o que tinha acontecido.
Aquele toque era tão familiar, mas eu não lembrava o porquê.

Volto a olhar aqueles  olhares curiosos do casalzinho de sapatilhas me encarando como se estivessem esperando eu falar alguma coisa.

- Você conhece ela? - Ela arqueou a sobrancelha curiosa junto com Yoko.

- Bem.. Ela é familiar, muito familiar, mas não consigo me lembrar.. - Engoli seco. Senti meus lábios secarem. De onde eu conhecia aquela Latina? Eu tenho certeza que a conheço de algum lugar, e eu tinha muito medo de ser quem eu pensava.

VOCÊ - Wenclair Au [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora