No fim da tempestade

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Eu não nasci gay💅🏻A culpa😔 é do meu pai😥
Que contratou📃um tal de Wilson🕴
Pra ser capataz👀
Eu vi o bofe🌚 tomar banho🌝
E o tamanho😏 da sua mala🤭
Era demais🤭
Além de linda😶, era demais🤐

Eu virei gay🏳‍🌈
E me assumi😘


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Um misto de ansiedade e alegria se preenchia e tomava conta do meu corpo enquanto eu andava pelos corredores daquele hospital. Cada passo que eu dava, eu sentia o meu coração errar uma batida. 

Lá estava, o quarto de Enid. Eu passei por um médico que tentou me impedir de entrar no quarto, mas ele foi impedido pelo médico que antes eu ameacei.

Eu entrei no quarto e quando eu vi Enid sentada na cama acordada de mãos dadas com sua mãe, foi como se o tempo tivesse parado. Ela estava bem, ela estava viva. 

Os olhares delas foram desviados para mim, e Esther fez menção para que eu me aproximasse. Então eu o fiz. Eu cheguei perto da cama de Enid com passos tímidos. O meu coração batia como um louco. 

– Quem é você? – Enid me perguntou. Eu senti o meu corpo paralisar por completo. Ela não se lembrava de mim? 

– Sou eu, Wednesday. – Disse tentando demonstrar o desespero que começou a querer tomar conta do meu corpo.

– Eu não me lembro.. – Ela abaixou a cabeça e uma falta de ar invadiu o meu peito, até que uma gostosa risada dela ordenou o meu oxigênio voltar a circular. – Estou brincando, amor. – Ela olhou para mim e deu um largo sorriso fazendo o meu coração esquentar. Desde que eu encontrei Enid, eu sempre tive medo de que ela descongelasse o meu coração, e trouxesse flores coloridas para o meu jardim, mas hoje.. Era tudo o que eu desejava.

– Você me deu um susto. – Eu disse e dei um riso baixo. Os olhos dela sustentavam o meu olhar e aquelas aranhas se remexiam dentro do meu estômago. 

– Bem, crianças, eu já volto. – Esther disse se levantando. – Cuide dela até eu voltar, nora. – Ela piscou para mim e minhas bochechas se borraram em vermelho. Eu olhei para Enid enquanto a Esther saia do quarto, e ela tinha um enorme sorriso nos lábios.

– Então, “namorada”, quando sai esse pedido? – Ela perguntando zombando de minhas bochechas rosadas. 

Eu ri de seu deboche discarado. Eu me sentei na cama de hospital e ela chegou para o lado batendo a palma da mão em seu lado, indicando que era para eu me sentar ao seu lado. Eu me levantei e me aconcheguei ao seu lado. Eu pus minha cabeça apoiada em seu ombro e estrelacei a minha mão sobre a dela.

– Eu tive tanto medo de te perder, Enid. – Eu confessei sentindo uma pontada no peito. Foi desesperador, eu nunca mais queria passar por aquilo. 

– Me desculpa por isso.. – Sua voz saiu triste e eu tratei de olhá-la rapidamente. Eu pus minha mão livre sobre o seu rosto virando-a para mim. Eu deixei um delicado e longo beijo sobre os seus lábios. O beijo não tinha língua e nem era aprofundado, mas tinha toda a saudade que eu sentia dela. 

– Não precisa pedir desculpas, nada foi culpa sua. – Eu encostei minha testa sobre a sua fechando os meus olhos. Eu queria que aquele momento durasse para todo o sempre, queria tê-la para sempre, e eu teria. 

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Enid Sinclair

Eu só poderia agradecer os dias que se passaram tão rápidos quanto o vento, que depois de 3 dias de observação, eu pude ser liberada. Os médicos disseram que eu tenho sorte de estar viva. Eu me sinto em um livro às vezes e isso chega a ser engraçado. 

VOCÊ - Wenclair Au [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora