Capitulo 22: Skyler Donfort

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Era estranho ver minha família unida daquela maneira, não um estranho ruim, mas um estranho do quão somos os pilares uns para os outros. Perdemos minha tia Hannah e Tio Richy de forma brutal, tudo isso em nome de um ódio alimentado por anos.

Ler o livro da mamãe me causa calafrios e ter um grande questionário sobre Phil e até mesmo meu pai Jake. Minha mãe era só uma "garota" quando tudo começou, quando meu pai puxou ela para essa bagunça toda. Meus tios são mais velhos que ela, ela sempre se destacou como a mais jovem do grupo. Meu pai sumia entre mensagens, era misterioso, e ela bem.... Mamãe adorava o desafio, gostava dela mesma correr atrás de tudo e isso acabou com seu sequestro.

Teve momentos nesse livro que explodi de amores por Phil, torci por ele, quase me esqueci que era o livro da história de minha mãe e que por algum motivo eles não estavam juntos hoje, foi dolorido ler cada pedaço do que ele causou nela. Ele é uma pessoa gentil e calma comigo, longe dessa lenda que ele se transformou para se vingar, não pareciam a mesma pessoa, mas era. Minha mãe amou tanto Phil que foi incapaz de ver os sinais, ele fez o plano perfeito, ela não teria descoberto se não tivesse escolhido meu pai no fim das contas.

Meu pai Jake por muito tempo passou tentando compensar minha mãe de todo o estrago, teve muitos tropeços no caminho e o pior deles... erro esse que não foi escrito no livro.

Era estranho ler por tudo que passaram e ver como seguiram suas vidas, como fizeram dar certo, mas uma coisa que ficou clara e é certo; Coisas inacabadas sempre voltam e, segredos ocultos nem sempre são tão ocultos assim. A verdade tem sua face e pode ser mais dolorido que a própria mentira.

— Terminou de ler? — Cole me despertou do final.

— Por um momento me esqueci que estamos em ligação. — Resmunguei colocando o livro de lado.

— Volta para Duskwood quando? — Podia ouvir ele levantar peso.

— Não sei — Me estiquei na cama. — Mamãe não quer voltar para essa cidade nunca mais — Lembrei das palavras dela. — Honestamente também não quero.

Estava gostando desse nosso contato por telefone.

É óbvio que quero perdoar Cole e seguir em frente, mas lendo o livro de mamãe me faz refletir sobre muita coisa. As vezes perdoar nem sempre é o melhor. E se isso se aplica a nós dois?

Vejo um sms de Bryan chegando; Estarei em Aspen essa semana! Quer sair e tomar alguma coisa?
Um pequeno sorriso repuxa meus lábios. Respondo rapidamente; Claro ;)

Posso ir para Aspen te ver — Sugeriu.

Me sento na cama imediatamente.

— Tenho que ver com meus pais e...

— Alugo uma cabana ou coisa assim. — Diz rapidamente. — Seria estranho ficarmos na mesma casa.

Meu coração acalmou as batidas frenéticas.

— Tudo bem. — Voltei a deitar. — Preciso desligar agora, te ligo mais tarde! — Anúncio.

— Amo você. — Diz.

Não respondo, mas ele sabe o motivo.

Desço as escadas sentindo o cheiro maravilhoso de café. Encontro meu pai mexendo no notebook enquanto uma xícara de café fumegante está ao seu lado.

— Cadê o pessoal? — Peguei uma xícara.

— Sua mãe e Lily saíram. — Ergueu o olhar para mim. — Mark e Marcelos saíram para andar. Jessy e Dan estão no quarto.

— Phil? — Olhei em volta.

— Não prestei atenção. — Murmurou cansado.

Sabia que tinha algo de errado com ele.

Duskwood: Verdades ocultas.  Livro 2  (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora