CAPITULO 07

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As casas no meio da floresta pelos limites de Duskwood seguia o mesmo padrão. Janelas de vidro do chão ao teto, chão de madeira e paredes de pedras, decoração rústica misturado ao moderno. Cada um escolheu seus quartos e se trancou neles, não fiz diferente. Estava sentada em frente meu computador lendo o livro que jamais publiquei, tentando encontrar algo que deixei passar. Liguei para minha secretária particular e que tem sido meu braço direito na editora, pedi que tomasse conta em minha ausência.

— Posso entrar? - Jake enfiou a cabeça para dentro do quarto.

— Claro. - Girei a cadeira para sua direção.

— Estou indo para Suíça. - Anunciou. — Volto amanhã ou depois.

— Por que está indo? - Me levantei.

— Tenho uma empresa que precisa de mim. - Lembrou tranquilamente.

— Isso pode esperar. - Afirmei.

— Não posso deixar minha empresa de lado. - Declarou irredutível.

— Não pode deixar Brianna também? - Alfinetei.

— Não vou entrar nessa. - Avisou.

— Boa viagem. - Passei por ele sem dizer mais nada.

Peguei meu carro e dirigi até a cidade, estacionei meu carro no The Phil e entrei. O lugar estava cheio, música tocando alto.

— Uísque com gelo. - Pedi assim que me sentei no banquinho livre do balcão.

— Algo mais? - O garoto jovem me entregou.

— É filho do Alan? - Perguntei bebericando a bebida.

— Sou sim. - Confirmou se espreguiçando.

— Ele está?

— Escritório. - Indicou educadamente.

Sai do balcão e caminhei até o lugar que conhecia tão bem.

— Oi. - Entrei sem cerimônia. — Ele tinha alguns papéis sobre a mesa, computador ligado em contas malucas.

— Não nos vimos desde.. - Me olhou claramente exausto.

— Estive resolvendo algumas coisas. - Murmurei. — Posso me sentar?

— Por favor. - Apontou para cadeira. — Como você está? - Passei meus olhos pelos papéis brevemente.

— Bem. - Menti. — E você?

— Tentando sair da falência. - Riu pelo nariz.

— As minas foi uma compra milionária - Comentei. — Por que perder tanto dinheiro?

— As vezes não consigo dormir. - Admitiu. — Quero fazer algo que me honra e que não falhe de novo.

— Não falhou com ninguém, Alan. - Afirmei.

— Sentir pena não é do seu feitio. - Brincou sem humor.

— Não, não é. - Concordei. — Não é pena.

— Por que está aqui? - Finalmente me encarou.

— Voltar para cá me fez regressar ao passado. - Virei todo o uísque. — Me fez lembrar em como éramos bons sendo amigos. - Descansei o copo na mesa. — Em uma época antes de toda verdade vir a tona.

— Estamos do mesmo lado. - Assegurou.

— Tenho uma ideia de quem seja. - Revelei. — Mas não faz sentido ele perseguir outras pessoas além de mim. - Refleti.

— Quem? - Perguntou.

— O cara que ajudou forjar minha morte. - Os olhos de Alan se arregalaram.

— Procurar por ele é o mesmo que caçar uma agulha no palheiro. - Disse nervoso.

Duskwood: Verdades ocultas.  Livro 2  (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora