XI° don't go away

248 21 16
                                    

Era como se eu nem ao menos tivesse dormido. Meu corpo inteiro estava pessado, mais eu teria que levantar. Tenho coisas prá resolver, que infelizmente não são provas, testes, trabalhos, pesquisas ou qualquer atividade extra curricular.

Ainda teria que resolver isso.

Quando finalmente convenço meu corpo que teria que levantar, ouço passos atrás dá porta e imediatamente o mesmo sentimento de ontem a noite borbulha como ácido em meu estômago.

O sentimento de ter sido enganado a vida inteira.

Fecho os meus olhos e me encolho  de baixo dá coberta. O ranger dá Porta sendo aberta me fazia ter certeza de que eu não estava mais sozinho no quarto.

E eu sabia exatamente quem era.

- Stiles? - não respondo. Não posso resolver isso agora, não quero conversar sobre nada disso agora.

Minha cabeça começa a doer e sei que isso é culpa do extresse. Mais não poderia descansar, não agora.

- eu sei que não quer falar comigo agora... E você 'ta certo. Compreendo perfeitamente, mais... - ele solta um longo suspiro e passa suas mãos nos meus cabelos.

Meus olhos começam a arder como um aranhão em contato com o vento.

- eu vou estar aqui. Pra te ouvir e explicar tudo. Sem mais mentiras. - ele caminha a passos curtos até a porta.

Abro meus olhos e uma lágrima solitária percorre meu rosto até o nariz. Fungo limpando ela com a parte de trás do meu pulso.

.
.
.

Ele está triste.

Consigo sentir isso, como uma nuvem de fumaça espessa que me faz querer gritar em plenos pulmões.

Corro para trás pegando impulso e me vou em direção a parede. Consigo saltar e agarrar a borda dá janela. Finco minhas garras no local e atiro meu corpo ao alto, conseguindo me manter na janela.

- Stiles?! - bato três vezes no vidro e ouço passos apressados.

Ele afasta as cortinas e abre a janela rapidamente. Assim que piso o pé dentro de seu quarto sou abraçado tão forte quanto acho que ele nunca me abraçou. Retribuo e ouço ele fungar.

- achei que se afastaria de min... Eu... Sou tão ridículo.

- Não ouse falar assim da pessoa que eu mais amo na vida!, Eu... Eu nunca conseguiria me afastar de você... Mesmo se você pedisse. - afago os cabelos castanhos que graças a luz do Sol que entrava pela janela praticamente escancarada, tornavam-os  castanhos vividos.

.
.
.

- como... Como ele reagiu?

- Péssimo. E eu entendo ele. Todo esse tempo e... - viro meu rosto para Scott que me encarava atentamente.

- você acha que eu machucaria você? - essa dúvida havia aparecido repentinamente. Mais de alguma forma, fazia sentido se a resposta fosse sim.

- não. - sua mão quente guia a minha até seu peito, onde seu coração estava acelerado ao ponto de sua pele seguir os movimentos.

- eu confio em você.

.
.
.

- Querida irmã, eu não acho que Derek aprenderá a se controlar aqui. Se você autorizase, poderiamos dar-lhe o treinamento nessario na-

- eu já pensei nisso. - Talia corta o irmão. Seu olhar fixo no lado de fora da janela.

- e então? - quis saber o mais velho, visivelmente interesado. Talia se vira. sua expressão mais rígida do que o normal.

- Derek ira com você e Deucalion. - um sorriso cresce no rosto do hale.

.
.
.

Caminho escadaria a çima de cabeça baixa. Em pouco tempo tudo melhorou tanto e depois desmoronou de vez. Lobisomens. Que ideia absurda. Agora talvez não tão absurda assim. Paro em um dos corredores, e tenho certeza que meus batimentos seguiram-me no ato. Derek está encostado no meu armário, com aquele sorriso torto de idiota. Tento devolver o sorriso. Ele parece ótimo.

- parece que alguém aqui não dormiu. - Ouço sua voz e é como se eu não estivesse realmente respirando até ouvi-la.

- eu dormi. Juro. Só não foram as devidas sete horas. - Respondo, odiando o fato do meu tom de voz deixar sua expressão abatida.

- não é como se algum adolescente hoje em dia dormisse as devidas sete horas. - ele brincou, realmente me tirando um sorriso genuíno.

- você parece ser excessão. Não tem se quer uma olheira. - Faço menção em tocar seu rosto mais recuo olhando em volta. Sinto suas mãos mornas deslizarem pelos meus braços até as minhas mãos.

- a gente sai dessa.





would choose you again - SterekOnde histórias criam vida. Descubra agora