Capítulo 53

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Josh Beauchamp

—Any: e você? Como ficou com tudo isso? -desvio meu olhar- Josh, por favor, me conta

— você ainda nem me contou sobre você

—Any: mas você já tem uma pequena noção, já eu não sei de nada sobre você -a olho- eu pesquisei sobre você, mas na internet, nos sites de fofocas, você parecia está ótimo, sua empresa está cada dia melhor, achei que você estava bem sem mim, ou que pelo menos, você não tivesse sofrido tanto, agora vejo que estava errada -fala me olhando de cima a baixo.

— estou feio? -pergunto triste.

—Any: não, você continua lindo, mas você nunca gostou do seu cabelo grande, raramente deixava sua barba crescer, e olhando de perto, posso ver que você emagreceu, está com olheiras, e bom... tem o remédio que vi você tomando, quase teve uma crise na minha frente, por achar que eu estava com outro, você não está bem como eu pensei que estivesse

— quando você falou lá na cafeteria, que quase morreu sem mim, aquilo foi verdade? -desvio o assunto de mim, e ela suspira.

—Any: sim, Josh, é verdade, se a dona Inês e o seu Martim não tivessem chegado a tempo, não estaríamos tendo essa conversa agora

— foi aqui? No seu apartamento? -ela assente- você tentou se matar em uma crise?

—Any: podemos não falar sobre isso agora? Shivani e eu ainda estamos trabalhando sobre esse assunto nas consultas, ainda não me sinto confortável pra falar sobre as crises, eu posso acabar tendo uma agora

— claro, desculpa, não queria te fazer mal -falo sem jeito.

—Any: sem problemas -dar um pequeno sorriso- mas você pode perguntar sobre outros assuntos

— tá -fico pensativo- quando começou as suas consultas com ela?

—Any: há pouco mais de dois meses, acho que tem uns dois meses e meio já, foi depois que fiquei internada no hospital, por ter tentado...

— tá, entendi, não precisa completar -ela assente- e como está sendo pra você? Deve está te fazendo bem, né, você tá diferente

—Any: o começo foi horrível, mas tô melhorando, e só tem um mês que eu mudei, que resolvi ser outra pessoa, antes eu parecia que ia sumir de tão magra

— e por que mudou? -pergunto curioso.

—Any: porque eu comecei a me amar -fala sorrindo, e eu fico surpreso- finalmente comecei a me aceitar, me achar linda, vi que eu posso sim, ser mulher suficiente pra qualquer pessoa, e eu queria deixar aquela Any insegura lá no passado, então resolvi mudar de visual, cortar o cabelo, comprar outras roupas, e entrei pra academia, claro que isso não foi só por aparência, mas sim porque o exercício também ajuda no psicológico, tanto que antes de entrar pra academia, eu já estava fazendo caminhada, porque a Shivani pediu, mas agora estou só na academia

— já me falaram isso, que o exercício é fundamental pra ajudar na saúde mental, pois melhora a autoestima, deixando a pessoa mais calma, além de ajudar na saúde do corpo também -ela assente.

—Any: pois é, eu tive uma melhora muito grande depois disso -sorrir- e hoje não me importo mais com as opiniões dos outros, agora só o que importa é a minha felicidade, se eu estou bem e feliz, foda-se o resto do mundo -rimos.

— fico muito feliz por você -sorrimos.

—Any: mas e você? Acha que não percebi você mudando de assunto!?

— não quero falar, não quero que você tenha dó de mim -abaixo meu olhar.

—Any: e por que eu teria?

— porque tive muitos problemas de saúde, por você ter me deixado, não quero que você se sinta culpada, ou tenha dó

—Any: eu também tive os meus problemas, e mesmo assim te contei, do mesmo jeito que você acha que eu ficaria com pena, você também pode está sentindo pena de mim agora

— eu... -respiro fundo- estou com anemia

—Any: nossa, Josh, isso é muito sério -fala preocupada- e como você está?

— agora tô melhorando, estou tomando remédios e vitaminas, voltei a me alimentar bem, tô até voltando ao meu peso normal, já engordei dois quilos, desde que comecei o tratamento

—Any: e você perdeu quantos?

— oito -ela fica assustada- mas como eu disse, já estou bem, minha mãe e minha irmã estão morando comigo, e meu pai vem pra cá quase todos os fins de semanas

—Any: eu sinto muito mesmo, por ter fugido, não queria te magoar tanto com isso, mas como falei, meu psicológico não estava bem, naquela noite do evento, a sua situação com a Madison me machucou muito, depois teve a minha mãe também, e eu piorei de vez

— sua mãe? O que houve? -fico preocupado.

—Any: agora ainda não é a hora, tem a ver com as minhas crises, sabe!? -assenti entendendo- mas eu prometo -ela segura as minhas mãos- que assim que eu me sentir pronta, te contarei tudinho, você será o primeiro a saber de tudo o que eu passei nesses últimos meses -sorrir.

— isso significa que você não irá mais fugir? -pergunto sorrindo.

—Any: não irei fugir, eu prometo -sorrio ainda mais pra ela- na hora que a gente se esbarrou na faculdade, fiquei meio assustada, sem saber como agir, não estava nos meus planos te encontrar agora, mas enquanto estava lá dentro, marcando as provas, pensei melhor, e decidi enfrentar tudo isso logo

— que bom, estava com medo de você fugir outra vez

—Any: não vou -ela solta minhas maos- olha, sei que te magoei, te fiz sofrer, e se você quiser um tempo pra pensar melhor, tudo bem, agora que você sabe um pouco da verdade, talvez você precise pensar melhor, sobre me querer ou não por perto de você, eu entendo qualquer decisão sua, e agora que você sabe onde eu moro, pode vim me procurar quando quiser

— acha mesmo que vou querer me afastar de você? Que preciso de tempo pra pensar?

—Any: não sei, talvez...

— não tem talvez, Any -seguro seu rosto- esperei meses pra te encontrar, e agora que encontrei, não quero me afastar nunca mais -ela sorrir.

—Any: achei que você teria ódio de mim, por isso achei que ainda não estava pronta pra te ver, estava me preparando pra receber seu ódio, e super entendo, se estiver sentindo raiva de mim

— não consigo sentir ódio de você, Any, só amor, nada além de amor -sorrimos- eu te amo

—Any: eu também te amo, mas vamos com calma, pra ninguém sair machucado dessa vez

— claro, concordo -falo feliz, ela levanta do sofá, e estende sua mão pra mim- o que foi? -seguro sua mão confuso, ela me puxa, me fazendo levantar também, e me abraça fortemente.

Fico surpreso, mas retribuir na hora, a abraço ainda mais, sentindo meu coração quentinho, e aproveitando esse momento que tanto desejei.

Não sei por quanto tempo ficamos assim, abraçados, mas eu não queria que terminasse, queria viver o resto da minha vida nesse abraço.

—Any: sentir tanto a sua falta -se afasta.

— também sentir -sorrimos. Ela pega os pratos que estavam na mesinha, os levando pra cozinha, e lavando, e eu fico pensativo- Any? -me aproximo dela.

—Any: sim? -me olha secando suas mãos.

— vem cá -seguro sua mão, voltando até o sofá, me sento, a faço sentar de lado no meu colo, e ela cora- você fica tão fofa corada

—Any: você não ia falar isso -cora mais, e eu rio.

— não, na verdade, quero que conheça a minha mãe...

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Espero que tenha gostado, por favor, se gostou, deixe seu voto😁

E me desculpe qualquer erro.

Possessive Love - BeauanyOnde histórias criam vida. Descubra agora