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Kensington, Campden Grove. 26 de Julho de 1975.
Roger conseguia se lembrar de todos os aniversários que tivera nos últimos anos. Era típico ele acordar com os amigos dormindo ao seus pés, ou com algumas mulheres que ele sequer recordava o nome.
Mas 1975 estava sendo diferente.
No dia anterior, Taylor preferiu não sair. Por mais que estivessem finalizando as canções do próximo álbum, e quase que prontos para a viagem da fazenda, ele havia preferido descansar. Dormiu como se fosse um pequeno anjo e acordou com o sorriso singelo e aberto de Freddie. Apesar da intimidade com Brian, Mercury era seu alicerce para todas as horas. Ele moveria montanhas para proteger o amigo.
Ao que finalizaram o café da manhã simples, mas repleto de amor, os meninos precisaram seguir seu dia. Não era sempre que eles tinham a oportunidade de entregar suas letras para uma gravadora. Brian seguiu para casa, Freddie estava de xaveco com um vizinho novo e Deaky na ligação com a mulher.
Suspirando profundamente, Roger subiu novamente para o quarto e decidiu tomar um banho. Seu dia não havia acabado, e ele não deixaria que toda depressão de estar envelhecendo tomasse conta de si.
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Devil's Tail estava cada mais movimentado conforme os dias se passavam. Com o crescimento do Queen e o último show lá feito, as pessoas descobriram o bar incrível que Kensington tinha escondido pelas ruas estreitas da cidade.
Roger não sabia há quanto tempo estava lá, mas quando Daniel chegou ao seu lado no balcão e perguntou se podia ali ficar, percebeu que horas do seu dia seriam roubadas. Para o seu bem, ou não.
— Eu sei das suas intenções com a minha Liv. E você provavelmente deve me achar um coroa louco, e tudo bem, talvez eu seja. - deu uma risada grossa. Roger torceu o nariz.
— Intenções?
— Eu vejo o jeito que a olha. – se ajeitou na cadeira. – E está tudo bem. Já tive sua idade e já desejei muitas mulheres nessa vida. Mas de uma coisa eu sei, Taylor, com a Olívia não se brinca. – seu tom ficou mais sério. – Ela é minha segunda filha e eu mataria se a visse magoada de novo.
— É... - Roger respirou fundo. – É cedo pra te dizer essas coisas, mas eu gosto dela. Digo, da companhia. - deu um gole no copo de whisky para molhar a garganta. – E bem, ela é diferente de todas as outras que eu conheci. De verdade.
— Bom, eu não quero passar uma imagem ruim de mim para você, só quero que saiba que ela tem quem esteja lá por ela. Não está mais sozinha.
