No escuro

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Mal se enxergava algo naquela escuridão e o curto espaço com uma grama fofa entre dois carros era suficiente. Na verdade, era perfeito para aquele ato. Apoiada pelos joelhos com as pernas abertas, Luana balançava seu quadril vigorosamente. As mãos do homem abaixo dela passeavam pelo seu corpo enquanto ele era continuamente engolido com aqueles movimentos. Ela, até então com as mãos em seus ombros, segurou os cabelos daquele rapaz antes de rebolar com ainda mais força, como se desse uma surra nele. Uma surra de boceta. O clitóris enrijecido, esfregado contra o corpo no chão cada vez mais rápido, acumula prazer até um nível incontrolável. Com seu corpo inteiro tremendo, ela leva as mãos à boca para silenciar o gemido e não chamar a atenção de algumas poucos transeuntes próximos.

O orgasmo forte e explosivo foi retribuído com um longo beijo. Com as línguas se roçando, sentiu seu corpo ser guiado por ele. Subiu seu quadril, ficando de quatro, permitindo os movimentos de baixo para cima. Ainda rígido, o entra e sai era gostoso. Uma das mãos apalpou a nádega farta e a outra adentrou o volume do cabelo afro, puxando o rosto para baixo e liberando o pescoço. O rapaz a fodia lentamente de baixo para cima enquanto lhe provocava arrepios mordiscando e beijando seu sensível pescoço. Os arrepios daqueles beijos lhe provocavam o impulso de se afastar, mas com ele a prendendo pelo cabelo, era impossível. Luana aguentou aquela tortura deliciosa até o rapaz gozar. Tampou a boca dele para evitar chamar a atenção enquanto ele empurrava seu pau inteiro dentro dela, com o corpo inteiro enrijecido.

Uma troca de sorrisos, um beijo e Luana se levanta. Veste sua roupa enquanto o rapaz tira a camisinha. Com ele ainda no chão, ela se despede. — você é louca — disse o estranho. Ao cruzar os portões, se deu conta de não lembrar o nome do rapaz. Acabara de marcar o encontro por um aplicativo e poucas trocas de mensagens foram suficientes para convencê-la a matar a última aula da noite. Não importava o quanto suas amigas lhe diziam para ter cuidado com seus encontros casuais, pois quando um contato usa as palavras certas e sua boceta começa a melar, Luana perde o controle de si. Havia uma emoção gostosa em encontrar homens desconhecidos e desbravar a intimidade deles, enquanto se entregava completamente. Sua timidez não favorece longas conversas e seu fogo a deixava impulsiva. Luana se tornava uma mulher bem prática quando o assunto era sexo, dava quando tinha vontade, sem muitos rodeios.

Inicialmente, a ideia de uma mulher decidida a realizar seus desejos impulsivamente, seria a alegria dos homens, mas Luana raramente repetia suas aventuras sexuais. Sua libido despertava para novidades, sendo as primeiras experiências, únicas. As seguintes não tinham a mesma graça e era comum ela deixar seus homens na vontade. Como estudante universitária, tinha os estudos como pretexto para não se envolver em relacionamentos mais sérios, quando no fundo os achava tediosos, pelo menos naquela fase da vida. Quando não se arriscava em encontros casuais intensos, Luana muitas vezes se aliviava com leituras eróticas.

Com um celular na mão e o vibrador em outra, Luana se contorcia sob seus lençóis. As histórias ali atiçam sua imaginação, onde ela se colocava como uma personagem, vivenciando cenas de sexo mais diversas enquanto o aparelho vibrava incessantemente contra seu grelo rígido. Luana mordia os lençóis para não denunciar ao resto da casa o tamanho do seu orgasmo. Quando não era o vibrador, eram os dedos ou mesmo o próprio travesseiro. As formas de se masturbar variavam porque ela nunca se contentava com um texto apenas. Sempre precisava ler o seguinte e a cada texto era um ou mais orgasmos novos. Às vezes, enquanto recuperava o fôlego, se perguntava quem seria o responsável por tais textos.

A impulsividade e o fogo de Luana eram uma combinação explosiva. A leitura acompanhada da masturbação lhe instigava a curiosidade em saber mais sobre quem escrevia aqueles textos, mas sempre deixava para depois, principalmente se satisfeita, após algumas leituras. Foi um conto sobre a relação de um escritor e leitora, o estopim par Luana buscar contato com ele. De todas as leituras, aquela foi onde mais se sentiu no lugar da personagem. Parou a leitura no meio e continuou ela mesma a história em sua imaginação, com suas próprias fantasias. Dessa vez, ela se masturbou com as pernas arreganhadas na cama, imaginando ele a observando. Pela primeira vez, se tocou pensando em ser observada e gozou como em poucas vezes o fez, contorcendo seu corpo a se encolher entre os lençóis até recuperar fôlego. Refeita, sua primeira reação foi mandar um e-mail.

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