Capítulo 6

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Tsuya Senju

— Oi! Desculpa incomodar. — Parei na recepção de uma das hospedarias, tentando manter a voz calma, apesar da ansiedade. — Poderia me informar se por acaso não viu essa mulher? — Mostrei a foto para a recepcionista, tentando ser o mais direta possível.

Ela olhou a imagem por alguns segundos, franzindo levemente a testa antes de balançar a cabeça negando.

— Não, lamento. — Sua resposta foi educada, mas frustrante. Agradeci com um aceno de cabeça, suspirando antes de sair.

O sol estava quase se pondo, pintando o céu de tons alaranjados, e eu sabia que o tempo estava se esgotando. Precisava de respostas — e rápido. Andei pelas ruas da cidade, revirando a mente em busca de pistas. A pessoa que eu procurava não era fácil de achar, isso era certo. Era famosa por sua habilidade de desaparecer, deixando rastros vagos e rumores incertos.

Continuei caminhando, meus olhos vagando pelas pessoas, pelos estabelecimentos, até que avistei um bar afastado, onde o letreiro brilhava de maneira discreta, indicando que também tinha máquinas de jogos. O tipo de lugar onde ela poderia passar sem ser notada, longe das multidões.

Entrei no bar e, apesar da atmosfera tranquila, sentia meu coração acelerado. O local estava parcialmente vazio, com alguns poucos clientes jogando e bebendo, mas a sensação de estar mais perto de uma resposta não me abandonava. Fui até o balcão e me sentei, observando o bartender se aproximar.

— O senhor chegou a ver essa mulher por aqui? — Mostrei a foto mais uma vez, me esforçando para manter a calma. Estava exausta, mas não podia deixar a frustração transparecer.

Ele analisou a foto por alguns instantes, seus olhos piscando em reconhecimento.

— Vagamente... — Ele respondeu, pensativo. — Ela passou por aqui antes do festival, jogou um pouco e saiu sem pedir nada.

Finalmente, uma pista, mas ainda era pouco.

— Você ouviu ela mencionar para onde iria depois? — Minha voz saiu firme, mas meu peito estava apertado pela urgência. Ele coçou a cabeça, pensativo.

— Sim, sim... Ela mencionou algo sobre uma cidade turística. — Respondeu, embora não parecesse totalmente certo disso.

— Que cidade seria essa? — Perguntei, sem esconder a tensão. Ele hesitou, parecendo incerto.

— Não sei dizer ao certo... algo turístico, sim. Mas sinto muito, não consigo lembrar o nome.

Suspirei, me afastando um pouco. A cidade turística poderia ser qualquer uma, e eu sabia que não seria fácil seguir uma pista tão vaga.

— Vai querer algo? — Ele perguntou, tentando desviar o assunto.

— Uma garrafa de saquê, por favor. — Pedi, cansada e já sem energia para procurar mais respostas por enquanto.

O saquê chegou, e eu servi uma dose generosa no massu, sentindo o calor do líquido enquanto bebia. Precisava de um momento para pensar, reorganizar meus pensamentos. A garrafa se esvaziou rapidamente, mas minhas preocupações não desapareceram. Sabia que a pessoa que eu procurava não seria encontrada tão facilmente, mas não podia desistir. Não agora.

Paguei e saí do bar, com a cidade agora iluminada pelas luzes noturnas. Se ela estava se dirigindo a uma cidade turística, eu precisaria descobrir qual. Havia rumores demais, mas nenhuma certeza. De qualquer forma, o caminho estava à minha frente — e eu seguiria até encontrar o que buscava.

[•••]

— Ele parece quase no limite. — Sussurrei para meu pai ao entrar silenciosamente no "esconderijo", observando Naruto de longe, enquanto ele se esforçava para controlar seu chakra.

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