Capítulo 3

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Bahar Demir

Enfim um dia que posso acordar tarde, porém infelizmente acordei cedo. Como hoje irei  a tarde pro cassino e ficarei pra noite resolvi me levantar e ir pra academia, afinal ela parece que serve mais de enfeito no prédio.

Optei por um top bege e um short de mesma cor para ir a academia, e ao vestir a combinação e ver no espelho notei que parecia mais que eu estava nua, preciso me bronzear mais.

Como a academia fica no primeiro andar e moro na cobertura, no vigésimo, preferi ja da uma iniciada e descer os degraus o que arrependi amargamente ao chegar no fim ja exausta, e meu personal sempre diz pra pegar leve, mas bom ele não esta aqui agora.

Ja esperava que não tivesse ninguém na academia pelo horario, as pessoas preferem vir mais cedo e ja são quase 10h00, entrei no lugar e fiquei durante um tempo parada recuperando o fôlego e olhando através dos vidros da janela para paisagem ao lado de fora. 

Comecei a fazer agachamento com insistência, hoje vou dar preferência para treinar glúteo.
Com o início dos exercícios e quando eu ja estava começando a suar era como se eu sentisse um queimor percorrer meu corpo, mas não pelo calor era como se fosse alguém que me observasse, me virei olhando para trás e realmente meu sexto sentido não falha.

Arregalei os olhos ao ver um homem parado na coluna da porta, ele estava com os braços cruzados e a julgar pelas vestes veio treinar.

-Desculpe, não quis lhe assustar.. -disse abrindo um sorriso sem jeito. Ele descruzou os braços e veio em minha direção. -Só não quis lhe desconcentrar e você parecia focada quando chegou no 27.. -disse em tom descontraído.

Seus belos olhos azuis que antes pareciam estar sobre meu corpo agora não saiam um segundo se quer de meu rosto, e o homem de corpo esguio e cabelos cumpridos sorria pra mim.

-Não precisa se desculpar. E não me importava que estivesse começado a treinar, acho que não fazia diferença se eu parasse no 27 ou 30 afinal. -falei em tom descontraído.

-O engraçado é que pensei que a academia estava cheia, por ser um prédio de primordialmente pessoas ricas.. -disse. -Queria conhecer os novos vizinhos.. -disse com um jeito doce, algo nele me parece adorável. Talvez seja o corpo atlético de retirar o ar.

-Então você é novo aqui? -questionei.

-Sim, não sou da Turquia, quer dizer eu sou talvez o seu novo e temporário vizinho. -respondeu. -Inclusive me chamo Nate. -disse erguendo a mão em cumprimento, a qual apertei respondendo o ato.

-Sou Bahar. -o cumprimentei de volta.

Ele era extremamente gato e além de tudo senti seu olhar sobre mim durante todo o tempo em que estava treinando.

....

O dia foi muito tranquilo e deu pra fazer algumas coisas, agora estou terminando de me arrumar para ir ao cassino. Já eram quase 17h30 quando eu estava para sair, gosto de ver os detalhes de como o cassino vem se movimentando, mas meus planos foram interrompidos por meu celular tocando.

Ligação on

-Oi Ada. -atendi estabelecendo comunicação.

-Oi vadia.. -diferente das outras vezes em que me chama assim, agora parecia menos entusiasmada e sua voz carrega um tom cansado.

-O que houve? Sua voz esta diferente, tudo bem?

Não faço ideia do que possa ser, mas sempre fomos o pilar uma da outra e se ela não estiver bem sou capaz de embarcar pra França agora mesmo.

-Sim, esta, ao menos fisicamente sim. Os franceses são um inferno ou por eu ser mulher estão enrolando tanto.. -disse num suspiro frustado. -Sei que se os árabes não aceitarem, teremos que recorrer a eles, mas hoje passamos uma tarde inteira comigo sendo interrompida e eles remarcaram para amanhã.. -a frustação em sua voz indicava que estava sendo uma péssima experiência, pois a Ada não se abala fácil.

Sua Redenção- Livro I da duologia PAIXÕES ARDENTESOnde histórias criam vida. Descubra agora