capitulo 10

177 27 2
                                    

Bahar Demir

Odeio o fato de ter que acordar cedo ainda mais porque tenho que ir trabalhar juntamente com o Oliver, visto que Ada e Benjamin cuidam do que se diz respeito aos profissionais e outras coisas que nem me interesso em estar optando.

Talvez e Oliver tenhamos começado com o pé errado, mas é que me irrita o fato dele viver me provocando em todos os lugares, pois até ontem tive o desprazer de estar com ele.

...

Acho que preciso ir as compras outra vez, tenho poucas saias lápis e as adoro. Optei hoje por uma camisa social abotoar ombro caído preta e uma saia branca com uma fenda na parte de trás, como sempre coloquei um scarpin preto e prendi meus cabelos num rabo de cavalo alto.

Após tomar meu café como sempre vi que estava atrasada, então mandei que o motorista viesse me buscar enquanto eu ajeitava algumas coisas antes de sair.

...

Quando cheguei na empresa pra minha felicidade fui comunicada pela secretária que Oliver estava com o irmão e a Ada, havia ido ver de perto a lapidação. Enquanto Oliver não chegava decidi então agilizar sobre as questões orçamentais além das buscas mais frequentes referências em peças e determinados tipos de pedras, como viemos fazendo a algum tempo juntos.

Mas não demorou muito e minha paz foi acabada, pois achei que fosse ficar todo o dia enchendo a paciência deles, mas depois do meio dia  tive o desprazer de ter sua aparição na sala, esta que era pra ser a de reuniões, mas tivemos de dividir pois temos que ver tudo junto e a minha como acabamos de nos instalar não tem as acomodações necessárias.

-Boa tarde.. -disse e virei de costas sem querer lhe responder, mas insistiu vindo pra trás de mim e falando ainda mais alto. -Boa tarde bonequinha.. -odeio quando me chama assim e justamente por isso ele persiste.

-Boa. -falei me virando pra ele e virando os olhos irritada. -Já disse para não me chamar assim.. -resmunguei.

-E é por isso que continuo. -disse o convencido e sentou_se ainda me encarando e parecia ironia do destino, mas estávamos combinando.

.. 

No decorrer da  tarde passei olhando alguns trabalhos e me certificando de que precisamos ter o melhor design de joias, pois os concorrentes estão cada vez mais inusitados..

Fiquei o dia todo usando o ipad que somente me dei conta que estava tarde ao olhar pela janela da sala. -Droga.. -praguejei baixo ao ver as horas, coisa que observava.

-Parecia concentrada demais e como eu ainda estava ocupado não te alertei do horário, sua beleza preenche o local.. -Oliver disse repousando os cotovelos sobre a mesa. -Mas em todo caso amanhã continuo, já revisei o que havia visto e comecei outros papéis, que você pode ver amanhã. -completou se levantando.

-Ok. -lhe respondi e coloquei a mão no pescoço sentindo uma leve dormência na região.

-Mas e você passou a tarde de pé concentrada em que? -indagou se aproximando e encostou_se na quina da mesa.

-Vendo designers, a concorrência é avassaladora.. -comentei.

-Não precisa se preocupar  Davik em breve virá e vai surpreender com as criações que tem.. -disse convicto.

-Não posso me prender a sua opinião somente.. -retruquei

-Tenho amplo conhecimento no ramo. -adverteu e lhe dei uma risada zombeira.

-Estudei design industrial de joias durante um tempo também. -alfinetei inclinando brevemente a cabeça a fim de lhe fazer se calar.

-Você é definitivamente uma caixinha de surpresas Bahar Demir.. -não compreendi o que queria dizer com aquilo.

-A que se refere? -questinei.

-Bom, de ex_garota de programa de luxo a uma das pessoas mais ricas de Istambul. -não faço ideia de como  soube disso, mas a forma como falou não foi depreciadora.

-Posso saber como soube disso? -perguntei e ele se aproximou um pouco mais, e mantive minha posição de braços cruzados esperando que explicasse.

-Ontem depois que me deu as costas, um cara disse para eu parar de babar porque não seria fácil, lhe questionei o porquê da conclusão e ele me disse isso. -respondeu. -E vejo que de fato é verdade.. -completou.

-Não tenho pra quê mentir de fato nem todos nasceram em berço de ouro, alguns tiveram de ralar para chegar longe sheikizinho. -lhe retruquei e debochei dele por fim.

-Acredite, admiro sua garra e nunca estaria em posição de julgamento a você quanto a isso.. -parecia verdadeiro em suas palavras.

-Não acredito em você seus olhos não dizem isso. -na verdade diziam, mas não quis concordar.

-Você não faz ideia do que meus olhos dizem.. -disse com uma risada anasalada.

-A é?

-Sim, não faz! -exclamou quebrando nossa distância e me fazendo ficar presa entre seu corpo próximo ao meu e a mesa. -Porque se fizesse entenderia o quão eles te desejaram ontem a noite e hoje ainda mais, pois percorreram seu corpo todo enquanto estava trabalhando toda essa tarde sem sequer me olhar.. -a cada palavra que dizia parecia que a distância entre nós se diminuia mais e algo quente se acendia ali. -E ainda que negue seu corpo quer isso também, ele agora esta em chamas só pelo que falei.. -sua mão desceu lentamente até minha cintura  e deu um leve aperto que quase me fez ficar sem voz.  

-Você pode até achar isso, mas saiba que já estive com vários homens e você seria só mais um. -quase não conseguia falar, apertei firme a madeira da mesa para ter forças em minha fala.

-Bonequinha, não me importo em quem te fudeu antes, porque no exato momento que eu entrar em você, você nem vai lembrar que já foi fodida por outro alguém. -disse convencido e sua outra mão subiu até minha nuca, me puxando para ele.

Oliver tomou minha boca num beijo o qual eu não esperava, mas desejava tanto quanto ele que parecia querer ir ao intimo de meu corpo através da boca, pois a língua dele ia tão fundo em minha boca como se estivesse a fudendo. A princípio quis resistir ao ato, mas minhas mãos logo estavam em sua nuca desejando que aquele ato tão lento e profundo de nossas línguas se entrelaçando não terminasse.

E assim sem quebrar o contato Oliver me ergueu sobre a mesa e em seguida sua mão deslizava por minha bunda dando leve apertões, que eu respondi com gemidos abafados em nosso beijo. Sua mão desceu um pouco mais e ergueu minha sai vagarosamente, só que ato foi interrompido por seu celular tocando no bolso, o que ignoramos de primeira, mas foi inevitável na segunda vez.

Oliver se afastou de mim e retirou o aparelho o colocando de cara na orelha. Não dava para ouvir o que a pessoa do outro lado dizia, mas sua fisionomia era de pouca importância. Assim desci da mesa e arrumei minha saia pegando minha bolsa e saindo em seguida sem lhe dar chances de mim impedir.

...

Já estava dentro do carro quando me dei conta do que havia acontecido, ouvir meu celular vibrar na bolsa e fui ver a notificação.

"Não acredito que me deixou assim."

Gargalhei ao ver a mensagem de Oliver, mas me dei conta também que aquilo não foi o melhor a fazer..

Deixei pra hoje pois ajustei umas coisas, uma maratoninha pra aquecer ;)

Amo vcs!!



Sua Redenção- Livro I da duologia PAIXÕES ARDENTESOnde histórias criam vida. Descubra agora