Capítulo 12

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Bahar Demir

Assim que entrei no lugar não me surpreendi com os três homens os quais me encararam de vez e vieram em minha direção.

-O que quer aqui? -um deles perguntou que pelo terno diferente acredito ser o noivo.

-Sou apenas uma mulher interessada em saber porque o homem mais cobiçado de Istambul vai se prender.. -passei em meio a eles que ficaram me admirando e fiquei de frente a ambos que ficaram exatamente onde eu queria de costas para a porta.

-Quem é você e que brincadeira é essa com meu irmão? -outro disse e deu uma leve inclinada no pescoço o que não pude deixar de notar e principalmente ao me deparar com a tatuagem de escorpião.

-Ontem a noite estava passando pela rua dos cristais e vi os belos homens entrarem num antigo atêlie.. E pode parecer bobo.. -falei dando um sorriso de quem se faz de sonsa. -Mas segui vocês e descobri quem era, acho que minha libido anda muito aflorada.. -dei outro sorriso.

Eles sorriam como se fosse a coisa mais normal do mundo, enfim homens, até têm cérebro mas só pensam com a cabeça debaixo.

-O engraçado é que o terceiro eu não me lembro bem, será que foi realmente você? -esse eu já conhecia infelizmente e mesmo que o odiasse desde o que quis fazer com a Ada anos atrás eu não poderia saber se estaria agora. -Parece mais jovem que ontem.. -comentei alisando o nojento bigode.

-Sim querida, fui eu e você não é nada mal.. -disse e sua mão veio até minha bunda.

Logo me afastei e ambos me olhavam claramente desejosos.

-Bom ontem não pude me divertir com vocês então que tal hoje, não vejo problema do noivo se atrasar.. -comentei colocando o dedo na boca.

-Claro que não há. -concordou

-Bom, então SURPRESA. -falei alto e no mesmo instante a porta foi aberta pelos rapazes que adentraram já os segurando e a cara deles de assustados foi impagável..

-Quem é você e o que é isso? -dizia se batendo inutilmente é um covarde que sequer consegue se soltar dos braços de outro homem.

-Sou amiga daquela que ontem vocês se divertiram.. -falei e eles arregalaram o olho. -É e hoje acho que o noivo deve fazer um vídeo bem lindo pra noiva, falando da despedida de solteiro dele. -dizia ainda em tom de inocência e zombando dele.

-E quem é você sua vagabunda? -dizia enquanto eu ajeitava a câmera. -Se engana se acha que vou fazer isso.. -dizia ainda relutante com os braços imobilizados.

-Ei, se me chamar assim de novo vai ter consequência, só quero um vídeo.. -falei.

-Bom, diga o que quer sua vadia.. -outro deles disse.

-Eu disse para não falarem assim.. Quebrem os dedos deles.. -ordenei e o mesmo instante um dos homens foi perto de um a um..

O barulho do osso se partindo foi um som tão singular a se ouvir, não que isso fosse hábito meu, mas foi bom de se ouvir.

-Agora vai, diz tudo que você fez ontem, diz que vocês estupraram agrediram e maltrataram aquela garota, falem seus desgraçados.. -falei aumentando o timbre irritada..

E eles outra vez relutaram e dessa vez foram mais dois dedos de cada quebrados..

-Chega de brincadeira, ou fazem o vídeo por bem ou por mal.. -gritei irritada diante da relutância deles que mesmo gemendo de dor não confessaram, que covardes. -Canivete.. -bradei e eles arregalaram o olho.

Um dos homens abriu o canivete e o mesmo instante eles começaram a gaguejar e implorarem para Fredrech falar e ele não tinha escolha.

Com os olhos temerosos, começou a falar enquanto eu filmava.

..

-Estão vendo como tudo vai bem. E não se esqueçam que fiz o favor de nenhuma mulher mais se envolver com vocês.. Agora, bom trabalho rapazes.. -falei e saí pelo meio deles ainda rendidos.

-E quanto a nós? -perguntou um dos homens.

-Bom prometi que não morreriam, mas quero ter certeza que não vão mais fazer mal a nenhuma mulher.. -falei com a mão na maçaneta. -Então só castrem eles.. -comentei e ouvi os gritos desesperados, que ao fechar a porta não se propagavam mais..

...

Ao chegar ao fim da escada pude ver uma empregada e lhe joguei a câmera.

-Façam chegar a noiva, acho que ela precisa ver isso.. -ela não disse nada, e eu apenas saí indo com o Jack em direção ao carro.

[...]

No caminho para a empresa retirei todo o disfarce e mesmo que a roupa preta de couro não fosse a mais indicada eu não iria trocar.

Assim que adentrei na sala tive a visão de Oliver de costas com algo na mão que ao perceber minha presença se virou e pude ver que era um copo de whisky.

-Bom dia.. -falei fechando a porta atrás de mim e no mesmo instante o olhar dele se fez presente em meu corpo.

-Na verdade,  é boa tarde.. -disse olhando pro relógio e de fato já era mais de meio_dia. -Não parece bem.. -disse apontando pro meu cabelo, que sem dúvidas esta todo bagunçado.

-Na verdade agora está melhor.. -falei jogando minha bolsa sobre o sofá e dando um suspiro profundo.

-Estava com seu namorado?  -disse com seu tom sempre zombeiro rindo.

-Já disse que o Nate não é meu namorado.. -comentei irritada.

-Não me referia a ele.. -disse rindo, acho que me tirar sério é seu esporte.

-Não estou num relacionamento nem pretendo... -afirmei. -Homens pra mim são como um contrato analiso e vejo o que me é favorável e assim como nos contratos eu não me envolvo, fecho negócios.. -lhe expliquei me aproximando dele.

Pude perceber ele olhar para meus lábios e puxar firme o ar, algo nele parece diferente.

-Esta bem, é.. Quer almoçar?. -pela primeira vez Oliver Walker parecia desconcertado e mudar de assunto denunciava isso.

-Na verdade sim.. -falei e meu estômago sinalizava. -Vou num restaurante que tem aqui perto.. -falei e nos afastamos totalmente.

-Te convidei pra almoçar.. -frizou e lhe olhei. -Pedi comida a mais e espero que não se importe, pois é comida árabe.. -esclareceu dando um breve sorriso, e puta merda que sorriso.

Aceitei ao convite e nos sentamos a mesa, que logo chegou uma equipe arrumando e os pratos maravilhosos foram postos à mesa me estonteando com o cheiro.




Dois capitulos, porque quarta eu tava na fossa e não postei...amo vcs e bjs da fattriz

Sua Redenção- Livro I da duologia PAIXÕES ARDENTESOnde histórias criam vida. Descubra agora