CAPÍTULO 4- TUDO POR UMA NOVA VIDA

670 42 12
                                    

Rebecca's POV

Assim que Dean e eu chegamos à recepção pude ver porque Sam revirou os olhos quando Dean sugeriu pegar informações com a recepcionista. Ela era linda.

– Você é muito esperto, sabia? – falei para Dean.

– Eu sei, mas por que dessa vez?

– Você já cai matando em cima da recepcionista, né? – Eu sorri para ele e saí saltitando para fora do hotel, acenando para a garota. Céus, que sem vergonha!

O mercado não deve ser muito longe, pensei. Não pode ser muito longe. Eu estava de salto e sem carro.

Uma luz se acendeu... Eu podia ter carro!

Voltei correndo para o hotel e encontrei Dean conversando intimamente com a recepcionista. Eu me aproximei deles.

– Oi – falei para a mulher. – Eu sou Nicole, prima de Raphael.

– Olá – disse, empolgada. Talvez fizesse planos de conhecer a família do futuro namorado. Coitada, pensei. Ela nem sabia que isso não aconteceria. – Meu nome é Angelina.

– Prazer. – Eu me virei para Dean. – Primo, preciso falar com você.

Ele olhou com cara de quem se desculpa para Angelina e me seguiu até um cantinho.

– O que foi?

– Olha, você não vai sair do hotel agora, né? – sussurrei.

– Não.

– E eu vou.

– Hmm, legal – murmurou sem entender aonde eu queria chegar.

– Que tal se eu for de carro? A cidade não é muito grande, mas não faz sentido andar para cima e para baixo a pé se posso ir com mais segurança. E estou de salto.

Ele me olhou incrédulo.

– É só tirar.

– Raphael! – insisti. – É para minha segurança também, você não acha?

– Argh, nem começamos a conviver e você já é chata – resmungou, me entregando a chave, após muita reflexão e conversa interior. Ele não estava nada feliz, mas provavelmente iria ficar mais infeliz com Sam enchendo seu saco por horas a fio porque ele não fez o mínimo esforço para me manter confortável. Sam era nosso pai, definitivamente.

– Obrigada. – Dei-lhe um beijo na bochecha. – Volto assim que tiver informações relevantes.

E saí correndo para o carro dele, que era muito lindinho por sinal. Comecei a dirigir pelas ruas do lugar até encontrar um mercadinho que estava bem cheio. Ótimo lugar para fofocas, pensei.

Fui direto para a prateleira de cosméticos, mas depois me dirigi para a prateleira de comida. Turistas não precisavam de cosméticos, e sim de mantimentos. Peguei alguns lanches de micro-ondas. Os garotos deveriam gostar disso. Depois encontrei refrigerante e fui para o caixa.

– Oi – disse a moça que me atendeu.

– Oi – repeti.

– Está de passagem? – Essa mulher era boa de papo.

– Aham. Não vou ficar por muito tempo, fiquei sabendo da tragédia que aconteceu por aqui e isso me deixou um pouco assustada. Não quero manter minha estadia por muito tempo, espero logo seguir viagem.

– Ah, todos estão aterrorizados! Nunca tinha acontecido antes na cidade, sabe? Olha. Fica calma... É um bom lugar para morar e visitar.

– Então é mesmo uma cidade segura? – fingi preocupação.

Sexo DemoníacoOnde histórias criam vida. Descubra agora