CAPÍTULO 7- COINCIDÊNCIAS

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Rebecca's POV

Algum tempo passou. Uma semana ou duas talvez. Eu tinha a vida normal de uma pessoa qualquer: Durante o dia, trabalhava em casa – fazendo comida, limpando a casa – e quando dava um tempinho ficava à toa com os garotos. À noite, ia trabalhar no bar de David. Era muito legal, mas enjoei em poucos dias. Quando voltava para a casa ou dormia com Dean (quando Sam já estava desmaiado há algum tempo) ou dormia com Sam (principalmente quando ele me acompanhava no bar) ou simplesmente só dormia do lado de Sam (afinal, eu não era nenhuma máquina de sexo). E era uma vida gostosinha.

Mas não era o que eu queria mais. Eu não conseguia aguentar ter uma vida calma... Eu precisava correr risco de vida de novo. Eu precisava sentir a adrenalina na minha corrente sanguínea e o medo na mente. Precisava de charadas, enigmas, desafios...

Eu precisava caçar.

Porém, isso não era exatamente possível já que os Winchesters e eu fizemos um acordo, para estabilizarmos nossa vida por um mês. Não sei se eu ia aguentar mais duas semanas.

Então, como um anjo do céu, uma garota caiu na minha vida.

Ok, eu com certeza não era lésbica nem nada, mas toda noite naquele bar, uma mesma garota sentava-se sempre na mesma mesa e pedia uma ou duas cervejas. Ela era loira, estatura mediana, magra (mas curvilínea), olhos cor de mel – ou seja, linda. Ela estava sempre concentrada em alguns livros e anotações e eu pensava que ela era uma universitária. Bem, ela tinha um estilinho de estudante.

Só que foi diferente naquela noite.

A garota (que aparentava ter mais ou menos a minha idade) sentou-se no balcão, bem na minha frente.

– Acho que hoje vou querer uma dose de whisky mesmo – ela me pediu, suspirando ao jogar a papelada à sua frente.

– Noite difícil? – perguntei, sorrindo.

– É. Trabalho difícil. – Ela me mostrou um papel e deu de ombros.

Ela pensou que eu não fosse entender. Mas eu entendi. Lógico que entendi o que estava naquele papel.

Coloquei whisky em seu copo e o coloquei no balcão. Depois me abaixei levemente para ficar na altura dela.

– Esse símbolo significa que o demônio se prendeu ao corpo. Tem que modificar o cadeado para quebrar a força – sussurrei.

A garota se enrijeceu no banquinho, me encarando. Ficou assim até eu atender uns dois clientes, então deu um sorrisinho.

– Não sabia que caçadores vinham aqui – falou em tom baixo, logicamente. – Você conhece alguns, né?

Dei uma risadidinha.

– Não, eles não costumam vir aqui, não, mas eu conheço alguns, sim. E sou uma também.

Foi aí que ela se surpreendeu mesmo. Ela me olhou de cima a baixo três vezes, então franziu o cenho.

– Nunca imaginaria que você poderia ser uma caçadora. Sério...

– Eu sei, estou aqui trabalhando de boa. Foi meio que umas férias obrigatórias. – Dei de ombros.

– Garota, precisamos conversar com certeza! Quero saber de tudo.

– Depois do expediente, pode ser? – sugeri, atendendo outro cliente.

– Sim. Vamos ficar conversando até você poder sair. Prazer, Amanda. – Ela me deu a mão.

– Rebecca. – Nos cumprimentamos e demos um sorrisinho, e a parti dali ficamos irreversivelmente amigas.

Quando deu meu horário, mandei uma mensagem para Sam avisando que ia dar uma saída com uma amiga e tirei o avental, saindo no carro com Amanda.

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