Capítulo 02 - Preocupações

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Publicado em: 20/12/2022

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Win, seguindo a sugestão de Prakan, passou na cantina do hospital antes de voltar a sala da enfermaria onde o Nong estava e, como não sabia qual era a preferência do menino, ele comprou mingau de frango, uma torta de morango, chá e umas batatas para Team levar para casa. Quando entrou no quarto o jovem podia jurar que viu os olhos do menor brilharem ao ver o que ele tinha levado. Win quase riu quando o coitado tentou ser indiferente e educado, mas seu estômago tratou de denunciar sua fome e, sem jeito o menino olhou quase em uma súplica e, ele se segurou para não abraçar o pequeno de tão comovido que ficou pelo estado desolado da criança que tentava de todas as formas ser forte. Então, sem dizer nada, Win apenas caminhou até a maca, puxando a mesa de refeição e, colocando as coisas na frente de Team.

- Apenas coma, nah?! - Win sorriu para a criança indecisa.

- Obrigado Phi! - Team falou em uma voz a beira do choro, seus olhos estavam marejados de tanta emoção.

Win sorriu mais ao ouvir uma voz tão doce, mas seu coração doeu ao ver o menino tão desesperado a comer, o que o fazia se perguntar a quanto tempo o Nong não tinha uma refeição decente. O nó em sua garganta foi engolido em silêncio para não incomodar a refeição do garoto. Team estava com muita fome, mas no meio de sua refeição ele se lembrou de que o dono da comida não estava comendo nada e, talvez o mesmo não tivesse dinheiro para duas refeições, então o mínimo que deveria fazer era dividir e, não comer feito um esfomeado que era. Sem jeito, o pequeno empurrou para o lado o prato de mingau e, olhou para o loiro a sua frente, reparando pela primeira vez na noite, o quanto ele era radiante.

- Phi tem que comer também! - Team apontou para o mingau, envergonhado por sua atenção tardia.

- O Nong pode comer, eu já comi antes. - Win entendeu que o menino estava tentando ser educado.

- Certeza?! - Team ainda quis confirmar e, Win assentiu confirmando. - Então um pedaço da torta. - Ele sorriu quando o mais velho aceitou a barganha, assim seu coração não ficaria tão culpado.

Por um momento Win se perdeu naquele sorriso angelical e, amaldiçoou qualquer pessoa ou situação que fez uma criatura fofa como aquela ficar no estado lastimável de como o encontrou no parque aquela noite. Logo depois que Team terminou de saborear tudo que lhe foi ofertado, o Dr. Prakan chegou para dar alta a ele e, entregou as chaves do seu carro a Win para que os jovens pudessem voltar em segurança para casa, já que ele ficaria de plantão até a tarde seguinte. Os dois rapazes caminharam para o estacionamento com calma, o mais velho amparando o menor com o tornozelo enfaixado. Quando se acomodaram no carro, Win sorriu para seu companheiro de viagem que parecia muito fofo agarrado aquele pacote de batatas como se fosse o seu bem mais precioso.

- O Nong quer que eu entre junto? - Win se ofereceu ao pararem em frente a uma casinha simples, indicada por seu carona.

- Não Phi, já é o suficiente, volte e descanse bastante. - Team recusou com um sorriso estranho. - Obrigado por tudo Phi! - Ele agradeceu com aquele sorriso fofo que fazia o coração de Win bater mais forte.

- Espere... - Win o impediu de sair do carro, seu coração de repente ficou temeroso. - Me dê seu telefone, para eu saber se está bem, hum?! - O loiro estendeu seu próprio aparelho para que o menino anotasse seu número.

- Phi... eu não tenho telefone... - Team mordeu os lábios e baixou a cabeça envergonhado por sua situação.

- Oh... Ok! - Win se sentiu mal por não ter pensado nessa possibilidade. - Aqui... fique com meu cartão e, me ligue para me informar como está ou se precisar de algo. - Ele o entregou um cartão pessoal.

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