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Dia de folga…. Foi o que o Dante disse que eu precisava de um dia de folga urgentemente.

Eu não concordei com a ideia de início, mas quando percebi que parecia a oportunidade para ligar para Milo.

Desço as escadas e abro a loja, logo escuto alguns barulhos vindo da parte de trás das lojas e me deparo com uma ruiva que tentava limpar os resquícios de terra do chão.

— Bom dia, Erin! Vejo que já iniciamos o dia. — Digo entre risadinhas, enquanto pego uma das pás que usamos.

— Bom dia, Senhorita Lima! Aqui vemos que o caos sempre anda comigo — A menina pegou a flor com cuidado e a colocou em um novo recipiente, as suculentas ficavam em uma prateleira. — A senhora não deveria estar descansando?

— Dante lhe disse isso? Não me impressiona nada, ele sempre quer cuidar de todos. — Me aproximei com a pá esperando ela varrer.

— Mas sério, ainda acho que precisa descansar um pouco. — Ela varria a terra para a pá.

— Eu preciso ajudar, não me entenda mal. Eu sei que você trabalha muito bem, mas eu não consigo ficar parada.

— Não, não! Para você descansar! A Beatrice irá me ajudar, então não ficarei sozinha — Pegou a pázinha de minhas mãos e jogou a terra no lixo. — Sério, descanse. Escute um pouco de música, assista um filme ou série, saia um pouco.

Suspiro profundamente e então arrumo a vassoura e a pá em seus lugares, limpo minhas mãos no avental e as coloco em minha cintura.

— Cê sabe que é difícil para mim, descansar nunca foi meu forte. — Ela me dá um sorriso doce e então me dá a suculenta para colocar junto as outras.

— Sim, eu sei e aparentemente você só descansa junto a alguém. E se for necessário chamar Arthur e Dante, eu chamarei. 

— Persuasão e chantagem? Eu não esperava isso de vocês, senhorita Parker. — Falou ajeitando algumas das plantas. — Francamente… Você e Dante armando? 

— E safou o Arthur da situação. 

— Arthur? Um traíra…. Eu não acredito que aquela coisa fofa está metido nisso! — Resmungo.

Em alguns segundos depois escutamos o barulho do sino da porta tocar, anunciando a entrada de alguém no local.

Era Beatrice Portinari que segurava em suas mãos dois pacotes embalados do que pareciam ser bagels,croissants e donuts. 

Na hora eu saquei que ela havia trazido comida para nós, a menina se importava com todos ao seu redor e na maior parte dos dias em que trabalhava aqui trazia comida para os outros.

— Bom dia meninas! Eu trouxe comida. — Ela deixou sua bolsa no balcão dos assistentes.

Ela estava realmente cercada, não restando opção a não ser sequer descansar.

Erin poderia ser aos meus encantos, mas Beatrice seria leal ao irmão e não me deixaria trabalhar.

— Babs, trouxe seu favorito. — Estendeu um pacote com um sorriso doce, lhe agradeci com um abraço.

— Você acredita que ela não quer descansar? Eu daria tudo por alguns meses de férias.

Se eu não conseguia me manter em calmaria em apenas um dia, imagine como seria em meses sem trabalho.

Odiava momentos em que teria que ficar em silêncio ou parada, sou uma pessoa agitada. Qualquer motivo de silêncio é entrada para pensamentos depreciativos.

Após um sermão de Beatrice de como o descanso era bom e lhe prometer que iria descansar subi as escadas para o prédio.

Mas somente após ela me prometer que mais tarde, após expediente de trabalho, viria assistir meu desenho favorito comigo, o vulgo Steven Universo.

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