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Bárbara passou o dia inteiro reunida com a ansiedade, mal via a hora de ver o sol ir embora e a Lua tomar o céu. 

A ansiedade era um companheiro nada agradável, mas mesmo assim ela se via lutando contra ela.

Fora difícil manter sua mente fora de tudo aquilo, se colocando para trabalhar sendo que ela estava de folga ou até mesmo parando para fazer coisas novas na esperança que isso tudo mantivesse sua ocupada.

Ela deu um passeio pela cidade, visitando novos lugares, alguns que nem sequer sabia da existência. Passou pelo shopping e aproveitou para escolher uma roupa adequada para ocasião especial.

Ela sabia que não era nada glamoroso, entretanto era conhecer a família da sua futura namorada pela primeira vez. Ela tinha que escolher algo belo e que caísse bem em seu corpo, mas ao mesmo tempo que fosse adequado.

Isso não foi tão difícil, Bárbara raramente vestia algo que mostrava muito o corpo e não seria agora que ela escolheria algo assim. Ela se encantou por um cropped branco e uma jardineira vestido rosinha claro.

Após isso ela foi para casa, a ansiedade havia diminuído, mas enquanto se arrumava ela podia sentir um tiquinho ainda.

Optou por levar um buquê de flores à sogra e um vinho que Amélie disse que sua mãe gostava, separou uma única margarida.

Destinada a uma única pessoa, Amélie Florence!

[...]

Amélie havia saído para buscar seu irmão e sua sobrinha e Bárbara iria ficar algum tempinho a sós com sua mãe. 

A menina de cabelos se sentia nervosa, era primeira vez que conhecia a mulher e ainda mais… ficava a sós com ela.

Isso poderia ir de 10 a 100 muito rápido, a mulher poderia odia-la ou ama-la, mas a julgar a forma que a mulher lhe olhava ela achava que Angelina havia aceitado.

Mas foi quando a mulher lhe chamou para cozinha que o frio na barriga a consumiu, principalmente quando ela falou que precisava conversar.

Ela sabia que teria problemas, se sentia como uma criança que havia feito errado e estava sendo pega em flagrante.

— A senhora disse que gostaria de falar comigo? — Disse enquanto adentrava a cozinha em passos pequenos e lentos.

A mais velha por sua vez manteve seu olhar fixo na panela no fogão, apenas apontou com a cabeça para a bancada com alguns legumes e uma tábua.

Bárbara se aproximou lavando as mãos e logo as secando no pano de prato cor de rosa, o mesmo tinha várias mãos pintadas e assinado embaixo com o nome de Genevieve.

— Sim, precisamos conversar — Disse calmamente buscando não assustar a menina mais nova — Sabe do que se trata o assunto?

— Honestamente? Eu não faço ideia — Destacou a cenoura e começou a cortá-las em rodelas.

— Nossa conversa será sobre o seu relacionamento com minha filha, mais específico o amor de vocês duas.

— A senhora não me acha digna de amá-la? — Perguntou a mais nova levemente impactada com as palavras — Eu não me ofenderei se assim achar.

Ela baixou um pouco a temperatura, então tratou de pegar a colher de pau para remexer a comida, balançando os quadris com o ato.

Angelina não pode deixar de soltar uma leve risada, a juventude de hoje em dia sempre acabava que quando falamos de relacionamentos não aprovamos o outro, mas não era sobre isso que ela queria falar.

— Se eu dissesse que não aprovo você e ela passariam por cima de minha palavra de qualquer maneira — Disse dando de ombros — Mas não, não é isso, menina.

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