Era um dia ensolarado e ameno nos campos Elísios, o local permanecia o mesmo de sempre desde que Perséfone o criou junto a Hades, fazendo com que o inferno viesse a florescer, trazendo uma espécie de paraíso para aquele lugar, um pedaço do Olimpo em meio ao Tártaro.
Alguns dos novos Deuses ali se encontravam, todos ainda muito jovens, com pouca idade, sem muito saber o que o futuro lhes guardava. No centro dos Elísios, próximo ao lago das almas, um local de águas cristalinas que havia recebido tal nome após Poseidon junto a Hades criar aquele portal como uma forma quase que secreta para chegar até o mundo mortal, lá se encontrava Park Jimin e seu melhor amigo Kim Taehyung, eram uma dupla inseparável, há quem dissesse que suas almas eram uma só e outros que apenas admiravam-se com tal laço daqueles que na idade mortal aparentavam ter cerca de dezesseis anos.
– Hey Ji, por que todos aqueles Deuses dão em cima de você? – Indagou Taehyung enquanto mergulhava nas águas, exibindo sua cauda de tritão de cor azulada.
– Sou um Deus do amor Tae, assim como você, eles também dão em cima de ti, talvez um pouco menos, mas não se sinta desmerecido – Respondeu Jimin ciente das inseguranças do outro – E de toda forma, eles não me atraem de nenhuma forma – Completou se mantendo sentado a beira do lago, molhando apenas seus pés.
– Não digo por isso, queria entender o que os leva a ser assim, eles realmente sentem algo verdadeiro ou é só efeito de algo que não sabemos ainda controlar? – Questionou parecendo preso em algum devaneio estranho e contraditório de sua mente, em busca de uma resposta de diversas facetas e versões.
– Oh, isso eu não sei, talvez alguém ali sinta algo verdadeiro, talvez não sintam, meio que não dá pra saber, eu acho – Argumentou enquanto direcionava seu olhar aos campos floridos, observando alguns dos Deuses presentes, Bangchan, um dos filhos de Zeus corria junto ao filho de Ártemis, Changbin e Yoongi, filho de Athena os acompanhava, Jisung, o filho de Morpheus se encontrava abaixo de uma árvore adormecido junto aos dois irmãos do Park, Beomgyu e Felix, já seu meio irmão Jackson, filho de seu pai Ares, treinava luta de espadas juntamente com o filho competitivo de Apolo, Hoseok e suspeitava de que alguma forma, Namjoon, o filho de Hermes e Hekate que apenas se mantinha lendo um livro desconhecido, estava atrapalhando o treino dos outros Deuses com algum feitiço bobo – Minha mãe diz que quando for amor verdadeiro, saberemos, sentiremos isso e eu espero que ela esteja certa – Completou pensativo, sem deixar de analisar os outros Deuses, vendo Yuna e Lia, as duas filhas de Héstia conversando com uma das filhas de Zeus e Hera, Ryujin, enquanto a filha de Deméter, Chaeryeong tinha seu cabelo arrumado por uma das irmãs de Jimin, Yeji.
– Acho que de qualquer jeito, não temos nem motivo pra pensar nisso – Concluiu dando de ombros, abrindo um sorriso travesso em seguida – Bom, eu não tenho motivos, mas você tem, seu maior pretendente está vindo pra cá – Disse o filho de Poseidon enquanto ria, jogando água no filho de Afrodite enquanto ria.
– Do que você está falando seu peixe enlatado? – Perguntou Jimin erguendo seus braços a frente de seu rosto na tentativa de se defender do "ataque do amigo", tendo a resposta de sua pergunta vinda não de Taehyung, todavia de Jungkook, o garoto lhe cutucou um tanto sem jeito – Olá Jeon, o que deseja? – Indagou assumindo uma postura de seriedade e um tanto intimidante não proposital, não que o filho de Afrodite não tivesse a doçura de sua mãe, porém, era preferível se mostrar forte, assim como seu pai havia o ensinado, afinal, às vezes se era melhor ser odiado do que amado.
– De-desculpe por interromper vocês, eu só queria te dar um presente hyung – Respondeu o filho de Hades timidamente, entre gaguejos e em um tom baixo quase inaudível – Vou entender se não o quiser, é melhor eu ir embora né? Isso não foi uma boa ideia, me desculpe hyung! – Dizia agora com velocidade, aumentando seu tom de voz e se embolando, tropeçando nas palavras.
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Como (NÃO) Conquistar o Amor
FanficMuito além de toda a compreensão humana, muito além de tudo que se possa considerar, de todo o ceticismo, crença ou qualquer outra limitação que seja, num local do divino absoluto coexistiam os Deuses, mais precisamente os da grécia antiga, entretan...