Filmes

397 28 7
                                    

Capítulo XIII

— Eu posso dormir no quarto? — Izuku pedia ainda nú em cima do colchão. — Eu realmente odeio o porão!

Já havia se tornado rotina, Bakugou tocava Midoriya com frequência e o esverdeado se rendia aos caprichos do loiro facilmente.

Agora ambos estavam no porão, Izuku sentado no colchão sem roupas devido ao ato e Katsuki em pé pronto para subir as escadas e trancar o sardento no porão, uma vez que ainda era manhã.

— Izuku, você sabe muito bem o porquê não pode sair do porão — Bakugou dizia enquanto segurava as mãos pálidas e gélidas do sardento. — Sempre deixo você sair assim que acordamos, mas hoje não posso.

— Por que não?! — Midoriya questionou encarando o loiro. — Eu quero sair.

— Eu vou sair com um amigo importante — explicou confiante olhando no fundo das orbes esverdeadas. — E você não pode ficar perambulando pela casa, sabe bem o motivo.

— Que merda! — xingou aborrecido e revoltado.

— Já disse para não dizer essas palavras feias — avisou irritado. — Elas não combinam nada com você.

— Desculpe! — Izuku pediu receoso e logo em seguida se lembrou. — Mas... Que amigo? Não sabia que você tinha amigos! — perguntou enciumado.

Era tão estranho sentir ciúmes de Katsuki, nunca se imaginou nessa posição.

— Como assim não tenho amigos? — o loiro perguntou irritado e indignado. — Saiba que eu tenho muitos amigos, idiota fodido! — gritou para o esverdeado que murchou.

Midoriya então percebeu que o seu ciúmes o fez acabar sendo indelicado. Arrependeu-se o suficiente para engolir o choro. Dóia tanto quando Bakugou o chamava de idiota ou qualquer apelido pejorativo.

— Que foi? — Bakugou perguntou bravo e soltou a mão de Midoriya.

— N-não foi nada, tá tudo bem — Izuku respondeu receoso, ajoelhado com as mãos descansando em cima de suas coxas desnudas. — Tá tudo bem, sério.

— Zero fodas de qualquer forma — o loiro reclamou. — Te vejo mais tarde — despediu-se subindo as escadas e deixando o esverdeado relutante no porão escuro.

Trancou o alçapão e a porta do guarda-roupa, guardando as chaves na bermuda preta que usava. Pegou seu casaco também preto e vestiu, sentando-se na porta de entrada da casa e esperando por Eijirou Kirishima, um bobo de cabelos vermelhos espetados.

— Oe, Bakugou! — Viu o ruivo gritar e se aproximar de longe.

— O que houve, cabelo de merda? — perguntou olhando sério para Kirishima que arfava e respirava alto pela corrida.

— Desculpe o atraso, mas e aí? — explicava-se com as mãos pra cima, mostrando rendição. — Pronto para correr?!

— Claro, eu nasci pronto — Bakugou disse cheio de si, levantando e se alongando. — Estou indo! — avisou terminando de trancar a porta.

— Vamos, Bakubro! — Kirishima concordou. — Mas antes, preciso de um favor seu — falou tirando um molho de chaves do bolso.

— Quê?! — o loiro perguntou confuso.

— Preciso que guarde as chaves da minha moto e casa, estou sem bolsos — explicou jogando as chaves para Bakugou que aparou bufando logo em seguida. — Não quero acabar derrubando elas... De novo... — Sorriu amarelo coçando a nuca.

— Ok, sem problemas — murmurou revirando os olhos. — Estou indo! Alcance-me se puder, cabelo de merda! — provocou e saiu em disparada.

Eijirou começou a correr seguindo Katsuki e a trilha de cascalho que os guiavam pelo chão.

SequestroOnde histórias criam vida. Descubra agora