1 ano

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  Eu assistia Genya andar completamente torto enquanto segurava as mãozinhas de Daisuki, nosso Filho já tinha completado um ano de idade e estava aprendendo a dar seus primeiros passinhos. Genya ajudava como podia, segurando sua mão enquanto ele andava em minha direção, claramente querendo peito.

  Daisuki finalmente chegou até mim, dando um sorriso de apenas oito dentinhos. Eu o abracei, beijando seu rosto gordinho enquanto o colocava em meu colo para amamentá-lo. Aoi havia me dito para já começar a tirar Daisuki do peito, porém eu não conseguia, o leite parecia sustentar Daisuki mais do que a comida.

  O pequeno comia muito, mas também era esperto e brincalhão, Aoi nesse último ano tem acompanhado o crescimento de Daisuki e disse que ele está se desenvolvendo rápido. Daisuki ainda não falava bem, mas conseguia dizer "papa", Genya e eu só não sabíamos se ele se referia a nós ou a comida.

— Papa… – Disse Daisuki, com a boca suja de papinha.

— É eu ou você quer mais comida? – Perguntou Genya, rindo enquanto limpava a boca do filho.

— Acho que nenhum, ele quer eu. – Eu disse pegando o bebê da cadeirinha onde estava sentado.

  Uma das coisas que eu gostava era de dar banho em Daisuki, eu o colocava sentadinho em uma bacia grande com água morna e ficava ali ajoelhado, lavando meu pequeno. Daisuki mexia as mãozinhas na água que às vezes ia em meu rosto, era tão fofo ver ele brincando.

— Vamos colocar uma roupa bonita pra gente ir com o papai Genya na feira. – Eu dizia enquanto arrumava Daisuki, colocando uma roupinha fresca nele, o pequeno Shinazugawa dava um sorriso animado com ideia. – Isso! Nós vamos comprar mais coisas pra você comer pequena fera. 

— Nosso comilão já tá prontinho pra roubar mais fruta da banca do senhor Shitake. – Disse Genya dando um beijo na bochecha de Daisuki, logo em seguida me dando um selinho. – Vamos, lindo?

— Vamos. – Eu disse, pegando Daisuki no colo.

  Ir para a cidade antes era um problema, muitas pessoas me tratavam no feminino, mas isso diminuiu um pouco quando eu cortei o cabelo. Ainda me lembro da reação de Genya quando chegou em casa e me viu com o cabelo cortado, ele quase chorou. Eu ainda usava roupas mais largas para poder esconder parte do meu corpo, mas não prendia mais meus seios com faixas, era complicado demais dar mama para o Daisuki daquele jeito.

  Genya andava ao meu lado enquanto comprávamos mais coisas pra casa, a feira não estava muito lotada, também não havia muitas bancas, somente algumas que já conhecíamos. Genya estava parado conversando com um dos donos da banca, enquanto eu me mantinha afastado para que Daisuki não pegasse mais nenhuma das frutas da banca.

Ainda me lembrava do dia em que viemos aqui, Genya e eu estávamos tão distraídos conversando com o dono da barraca que nem percebemos quando Daisuki agarrou uma das maçãs da banca. Por sorte o dono da banca achou Daisuki adorável e deixou ele ficar a maçã, mesmo que Genya tivesse tentado pagar por ela, Daisuki acabou levando a fruta de graça.

— O pequenino vai querer alguma coisa hoje? – Shitake, o dono da barraca perguntou, sorrindo para Daisuki.

— Já compramos o bastante pra ele, Shitake-san. – Eu disse, sorrindo da forma mais simpática possível.

— Eu trouxe uma coisa pra ele. – O Homem se abaixou pegando algo guardado nos caixotes de madeiras no chão, se levantando com uma fruta estranha e cor de rosa. – Um amigo meu me trouxe algumas dessas de presente de uma viagem que ele fez para o ocidente, o interior dela é molinho, Daisuki vai conseguir comer facilmente.

— Muito obrigada Senhor Shitake. – Disse Genya agradecendo pelo presente.

  Voltamos pra casa, Genya e eu guardamos as compras enquanto Daisuki estava sentado na cadeirinhas comendo a fruta nova que ganhou. Aquilo foi um desastre, a fruta era linda, tinha uma cor viva e bonita, mas deixou Daisuki cor de rosa.

Toda forma de Amar - Genya × MuichirouOnde histórias criam vida. Descubra agora