lombra

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assim como fumar um beck deitada e deixar as cinzas caírem sobre meu peito
observar a fumaça formando um conceito
ignorar a sujeira, ouvir um concerto
eu caminho em linhas sozinhas sendo o espaço gramático para criar um novo parágrafo.

eu me sinto fraca, ao ponto de um peteleco poder me derrubar,
mas, se precisar
forte ao ponto de correr 20 quarteirões só para poder minha mãe abraçar,
eu sou câmera viva com tato filmando imagens que o mundo de roteiros jamais poderia imaginar,
não vim para ficar,
insisto em rimar,
anseio em amar,
amor é arte pra se sujar,
respingar,
pra pixar,
espalhar,
pra todo mundo que quiser tentar,
vamos celebrar,
pra poder lembrar,
o que importa é ter arroz e feijão na mesa e um monte de gente pra admirar.

maréOnde histórias criam vida. Descubra agora