Quando Carlos e os colegas se aproximaram do ponto de parada nas proximidades da casa onde Dias estava, o corregedor estranhou a quantidade de viaturas paradas no local fazendo um cerco, mesmo assim, estacionou o veículo e saiu com os companheiros para saber o que estava acontecendo.
Mais à frente, um homem de terno conversava com alguns policiais enquanto observava irritado, o local.
Carlos resmungou ao reconhecer o homem, o secretário de segurança, dando-se conta de que havia acontecido algo que não estava em seus planos.
Eduardo Peixoto, assim que avistou o grupo, olhou diretamente para Carlos com sangue nos olhos, então, Carlos e Diógenes passaram à frente para conversarem em particular com ele enquanto Samuel e Torquato foram conversar com os outros colegas em busca de respostas.
— Diga, Eduardo. — Carlos falou, imaginando o tamanho do esporro, além das viaturas, havia a perícia forense e uma ambulância no local, instintivamente, Carlos olhou ao redor, procurando Alan, mas não o encontrou.
— Dias já estava morto quando recebemos a denúncia. O legista me disse informalmente que foi provavelmente uma hora antes de termos certeza de sua localização. — O secretário avisou e passou por baixo da fita amarela.
Carlos e Diógenes fizeram o mesmo e foram em direção à ambulância com ele, se não era ele ali, torcia para que não fosse Alan a pessoa ferida, curiosamente, observando as casas ao redor percebeu que não houve troca de tiros.
Assim que chegaram na parte de trás da ambulância, Carlos engoliu seco ao ver seu pupilo deitado, Eduardo pegou no seu ombro antes que este pudesse subir e entrou primeiro.
— Castro só está inconsciente, mas passa bem, verifiquei seu celular e suas últimas ligações ocorreram há mais de dez minutos, a última demorou entre dois e três minutos pelo que vi no histórico — Comentou com o corregedor, que entrou na ambulância para ver o inspetor enquanto Diógenes ficou conversando com o secretário de segurança.
O corregedor se aproximou da maca onde Alan estava, este usava um protetor de pescoço, a cabeça estava enfaixada e o rosto e a barriga, bastante machucados com vergões vermelhos como se tivesse sido espancado, mas era estranho, eles não tinham o costume de deixar policiais vivos.
— Carlos, é melhor vir aqui — Diógenes chamou o colega e Carlos saiu de perto do policial para conversarem.
O corregedor desceu e, quando Diógenes mostrou o último número, o corregedor reconheceu imediatamente o número descrente, não era possível que eles tivessem conversado sobre o que ocorria.
— Eu tentei ligar, mas só dá fora de área. — Diógenes contou, percebendo que a situação estava se tornando pior.
— Preciso ir aonde o deixamos. — Carlos chamou o colega e foram até o secretário.
— Antes, eu quero que verifiquem a casa para saber se há algo que podemos usar para chegarmos ao delator e descobrir com quem Dias estava.— Eduardo ordenou, antes que Carlos conseguisse falar algo.
— Dante Yamamotto continua preso? — Carlos perguntou ao secretário antes de ir para a casa.
O secretário pegou seu celular e apontou para a entrada para que fosse cumprir sua ordem, nervoso, o secretário afastou-se, foi na direção à equipe da perícia forense que estava indo para os seus carros depois de analisar o local.
Torquato e Samuel entraram no lugar acompanhando os colegas, a casa era simples, porém o cheiro de sangue fresco estava forte e causava náuseas nos quatro, no entanto, continuavam mexendo nos poucos móveis e pegando os papéis que encontravam.
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Unidade Especial de Investigação - Vol.01 - O Resgate
AcciónGustavo dias, policial militar exonerado por ter sido julgado por crimes de grande repercussão havia deixado pistas de que estava planejando "rasgar a camisa" traindo a facção a qual se batizou como irmão Dias para ter proteção e continuar foragido...