Enfim, sábado. Eu nunca fiquei tão ansiosa pra sair com a janine, mas agora é diferente porque agora eu estou fingindo namorar um garoto que é integrante de uma gangue e que numa sala de mil garotas nem olharia na minha cara.
eu estava com uma blusa de manga e gola verde e uma sainha jeans, de acompanhamento meu cabelo estava preso numa chiquinha única e com uma boina por cima. Estava terminando de calçar meus pés com uma botinha preta , então meu irmão apareceu de braços cruzados na porta do quarto me encarando.
- o que ? - perguntei.
ele nem sequer me respondeu, só continuou me encarando; eu não disse pra ele que sairia com alguém , só contei de janine, mas , por algum motivo eu sentia que ele sabia, ou pelo almenos achava.
ele acha que estou indo a um encontro.Me levantei e peguei uma mochilinha e a coloquei nas costas , e então o encarei.
- preciso passar. - disse.
- quer carona ? - respondeu.
- acho que não vou precisar. - disse por fim.
eu sempre soube me virar sozinha, apesar de Dew sempre estar ali quando eu preciso.
Fui descendo as escadas e escutei um buzinar de moto. meu coração congelou por completo.
não acredito.
Meu irmão me encarou levemente curioso , e eu, so havia sobrado a alma. Assim que ele abriu a porta deu de cara com um tailandês de jaqueta preta e cabelo meio bagunçado segurando dois capacetes em cima de uma moto alta e preta. Aquele sim foi o meu fim.- não precisa de carona, huh ? - me olhou.
Eu coloquei a mochila e me direcionei a moto.
- não precisava vir me buscar.
- achei que quando disse "te vejo as quatro" , estava se referindo ao meu gesto cavalheiro de vir busca-la.
- desde quando você é cavalheiro ? - perguntei.
- desde que conheci uma jovem moça na mão de três filhas da puta, e que descansem em paz.
respirei fundo. Oque ele queria dizer com "descansem em paz" ?
coloquei o capacete e subi na moto, o abracei e fechei os olhos. A velocidade que bright dirigia a moto poderia nos matar, mas por incrível que pareça me fazia me sentir viva.Finalmente ele parou a moto numa pracinha aberta uns dois quarteirões antes do shopping, nós nos direcionamos até uma mesinha de madeira em baixo de uma árvore e ali nos sentamos.
- muito bem, que comece a ditadura - ele brincou, mas eu não vi graça.
- pra começar, é bom você ser criativo, e também fingir ser cavalheiro porque na cabecinha dela o namorado ideal é aquele que nós pisamos e eles agradecem. - disse e , quando o olhei, ele estava anotando na mão com uma caneta falsa.
- huh? falou mais alguma coisa senhora ? eu acabei me perdendo.
- você não leva nada a sério ? - disse, num tom irritado.
- não coisas que visivelmente vão dar errado. Vamos improvisar , é bem melhor quando dá um ar de estar tentando lembrar. - sorriu.
maldito sorriso.- é claro, deve estar acostumado com tais situações. - debochei.
- claro. Já viu minha fileira de espera ? Você tem muita sorte ! - ele riu e meu sorriso se desmanchou.
Mais alguns minutos e nós entramos no shopping , e por incrível que pareça janine e Chang já estavam por lá, olhando as lojas mais caras da cidade. Me surpreendi ao sentir a mão de bright ir de encontro à minha, o olhei , mas ele estava com a cabeça fixa numa máquina de ursinhos.
VOCÊ ESTÁ LENDO
r U mine ?
Teen Fictiononde ayumi é salva pelo garoto de jaqueta preta e sorriso torto.