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Cecília acordou de madrugada, com a casa totalmente escura e sentindo fortes dores na cabeça e nos membros inferiores. A garota precisou de segundos para processar o motivo de estar deitada no chão da sala e sentindo tanta dor e não levou muito tempo para se lembrar.
Sentia seu corpo frágil demais e precisou de muita força para para conseguir se levantar daquele chão sozinha. Gemeu de dor ao conseguir se arrastar até o sofá e se sentar, estava difícil manter o equilíbrio.
Precisou respirar fundo para realmente ficar de pé. Tudo estava escuro e sentia que cairia a qualquer momento. Seu quarto ficava no primeiro andar, mas parecia longe demais. Cecília cambaleou até chegar no corrimão das escadas.
Acabou derrubando alguns objetos no caminho, fazendo um barulho alto. Escutou a porta do quarto de seu pai abrir, mas não o enxergava.
O homem mais velho observava a cena de sua filha subir as escadas sofrendo, mas não sentia remorso. Havia acordado com o som alto de coisas caindo e queria saber o que era e percebeu ser a filha.
A menina subia as escadas lentamente, colocando a mão em seu abdômen que doía. Andou até seu quarto e apenas se jogou na cama e tentou dormir novamente para aquela dor incessante acabar.
Cecília não foi para o colégio no dia seguinte, fazendo Gavi se preocupar. Havia passado o dia na cama, sentia sua cabeça latejar demais e nem banho havia tomado. No fim da tarde se obrigou a levantar e fez a janta de seu pai.
Não sentia fome, por isso não comeu. Pegou uma toalha e foi tomar seu banho. Se assustou a ver sua aparência, totalmente fantasmagórica.
Sua testa, olho e bochecha estavam sujos de sangue seco que havia descido de sua cabeça, além de algumas escoriações que haviam nesses lugares. Sua pele estava seca e uma mancha vermelha aparecia em sua maçã do rosto.
