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Cecília desceu daquele quarto chorando tanto que soluçava, mas ninguém parecia se importar. Saiu daquela casa cheia de malucos e pegou seu celular, tentando pensar o que faria. Sua única opção era pagar um Uber para poder ir para casa, esse que demorou quase uma hora para aceitar e deu um absurdo de caro.
Teve medo de Gavi a procurar e acha-lá, pois ela não queria conversar naquele momento então foi para a calçada na frente da casa, próximos a alguns arbustos.
Chegou em casa de madrugada e foi muito silenciosa para não acordar seu pai. Preparou algo rápido para comer, tirou sua maquiagem e roupa e foi dormir, ainda com o coração doendo.
Queria não ter que chorar por causa dele, porém foi quase impossível ao deitar sua cabeça no travesseiro.
Acordou no outro dia se sentindo ainda mais pior e viu que não havia nenhuma mensagem de Gavi.
Como havia dito para o menino dias atrás, aquela seria a última chance dele para consertar as coisas e na festa foi o estopim. Não ligava se Pablo estava bêbado, alterado ou drogado, pois aquelas palavras que ele havia dito para ela eram cruéis e significavam algo.
Até pensou em conversar com o menino no domingo se ele mandasse alguma mensagem, mas não houve nenhuma.
Cecília se sentia triste quando seu pai a xingava ou quando a batia, mas o sentimento que ela sentia após Gavi ter dito todas aquelas palavras para ela era doloroso demais. Um sentimento frio, nervoso e desesperador.
Passou o domingo inteiro na cama.
Acordou segunda-feira normalmente, preparou o café de seu pai e ajeitou a casa. Quando parou para pegar seu celular viu pelas notícias que a nota das provas havia saído. Suas mãos tremeram de ansiedade e ela pela primeira vez havia esquecido de Gavi.
Entrou no site da faculdade UVV e esperou quase um minuto para o site carregar. A menina estava super ansiosa e a lista dos aceitos demorava para abrir.
Procurou seu nome por toda a lista, mas não encontrou. Primeiro havia pensado que estava ansiosa e por isso não tinha achado seu nome, mas ao olhar uma segunda vez percebeu realmente que não havia sido aceita.
