Capítulo 3

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Sabe aquelas noites em que você se sente abandonada até mesmo por Deus? Foi assim que eu me senti depois que aceitei entrar no carro de Oliver tio da Bella.

Meu corpo entrava fora de órbita a cada esquina que ele virava depois que eu coloquei meu endereço -um endereço um quarteirão antes da minha casa- foi então que ele parou o carro e me olhou com aquele olhos azuis como se fosse devorar a minha alma.

─ Bom - ele ajeita sua postura no banco- acho que chegamos.

Eu espero que ele não queria um beijo ou algo do tipo, porque isso não vai rolar.

─ Sim - Tiro o sinto de segurança e dou um sorrisinho forçado - obrigada Oliver.

Ele sorriu com um barulho irritante de dente e então eu olhei pra ele meio confusa com o que viria depois daquele sorriso.

Eu sempre achei sorrisos em si muito atraente, e o dele não era de se jogar fora mas o fato de eu estar em seu carro sem ninguém na rua com a porta do carro ainda trancada, bom, não me dava tesão ou vontade de conhecê-lo melhor depois de sorrir pra mim. Medo, essa era a palavra que descrevia o que eu senti depois daquele sorriso que arrepiou até a minha alma.

─ Por nada. - Ele ainda não destrancou a porta-

Meu Deus, eu queria que o senhor me levasse agora mesmo. Abre a porta Oliver, abre essa porta, abre a porta. Talvez Karen estivesse orando por mim e nada de ruim aconteceria eu me agarrei a esse pensamento para que eu não caísse em lágrimas implorando para que ele abrisse a porta.

Eu poderia estar um pouco desesperada, mas mulheres sempre ficam assim com homens, qualquer homem.

─ Posso te fazer uma pergunta? - Ele revira os olhos - bom, outra.

─ Claro - minha voz sumiu como um passarinho que acabou de ser solto de uma gaiola que estava preso há décadas-

─ Olha, você não é feia nem nada - Ele segura no volante - mas o que você fez para aquele rapaz te deixar sozinha?

"Você não é feia nem nada" ele me jogou no lixo e reciclou depois disso, ele que não era feio nem nada. Isso nem se quer é elogio.

─ Obrigada? - fiquem em dúvida se ele me achou bonita ou só não queria me ofender - mas o que leva você a pensar que EU fiz alguma coisa?

─ Normalmente são mulheres que fazem alguma coisa.

─ Normalmente? - dou um olhada nele dos pés a cabeça mesmo ele estando sentado incrédula - em que mundo você vive?

─ Não vou discutir isso com você, só queria saber porque está sozinha.

─ Não que isso importe pra você, mas ele teve problemas e teve que ir embora.

─ E te deixou jogada no chão do banheiro dos homens bêbada?

─ Olha, Oliver. Eu agradeço a carona e tudo mais, mas eu não tenho que falar da minha vida amorosa pra você.

─ Deveria, eu sou um ótimo conselheiro.

Eu iria abrir a porta naquele exato momento, mas eu queria eu precisava saber.

─ Então você teve muitos pra ser tão bom conselheiro assim, me diga - me sento olhando no fundo dos olhos dele- o que elas fizeram pra VOCÊ largar elas?

Ele me olhou mas dessa vez sem sorriso, sem joguinhos, sem expressão alguma. Oliver abriu a porta esticando o braço e me olhou novamente.

─ Acho que está tarde.

Olho desgostosa para Oliver e meus lábios não conseguem ficar fechados.

─ Ah- Respiro fundo- então tudo bem pra você falar sobre a minha vida amorosa, mas da sua nadinha?

─ Viu, você aprende rápido.

E antes que eu pudesse se quer questionar ele mais uma vez, ou ao menos alfinetar mais uma vez ele se foi na escuridão que estava aquele quarteirão antes da minha casa.

Ando depressa até a minha casa e ao chegar na porta abro com cuidado, passo pelo quarto da minha mãe para ver se estava tudo certo e fico feliz em ver ela dormindo tão bem.

A enfermeira estava sentada ao lado da cama com uma revista em seu colo enquanto me olhava e dava um leve sorriso.

Deixo as duas e vou direto para o meu quarto, eu definitivamente precisava de um bom banho. E foi o que eu fiz..

Ao sair do banheiro visto meu pijama das meninas super poderosas - Ele com toda a certeza era o melhor pijama do mundo- abro a janela do meu quarto e pego meu maço de cigarro.

Era um vício nojento eu confesso, mas não era um hábito. Era mais um escape, eu sei, eu deveria fazer terapia mas um maço de cigarro é bem mais parado.

Depois de poluir meu pulmão e me condenar a 10 anos mais perto do que a minha mãe tinha. Eu me deito e aquele sorriso não saia da minha cabeça. E não era o sorriso doce, meigo e sexy de Max diagnos. Por que não era o sorriso dele?.

E só de pensar que teria o domingo todo para enfrentar no próximo dia, me dava vontade de fumar mais dois maços de cigarro.















Boa noite, desculpe a demora! E espero que gostem do capítulo!

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Tenham uma boa leitura, e espero que gostem das musiquinhas! E dêem opiniões sobre isso também!..

Até o próximo capítulo 🥺❤️.

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