2° GAROTINHA

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Assim que saio do elevador, acabo esbarrando em uma menina, fazendo com que ela derrube alguns papéis.

— Me desculpe, senhora, Eu devia saber que teria alguém. Aqui em cima não tem muito movimento. Perdão.

Ela está bem nervosa e tímida.

— Não tem problema algum, querida. Mas o que você faz aqui?

Escuto alguém abrir a porta.

— Ela é minha nova secretária, Stella.

Ele está olhando para Alex, que simplesmente sai e entra em sua sala. Esses dois são mimados e infantis.

— Olá, Stella. Será um prazer tê-la aqui. Seja muito bem-vinda. Qualquer dúvida, estou aqui.

— Muito obrigada, senhora?

— Ah, sim, verdade. Shelly, prazer. Sou a secretária de Alex.

Estendo minha mão, e ele retribui.

— Prazer em te conhecer.

— Agora tenho que ir. Está de péssimo humor hoje.

Digo e aponto para a sala do "mago".

— Ah, sim, claro.

Quando estou quase chegando na sala, olho para Matteo seriamente.

— Vocês dois são duas crianças mimadas, que não podem ser contrariadas. Vejam se crescem.

Abro o restante da porta e me certifico de que o "mago" também escutou, e sim, porque ele está me olhando com um meio sorriso.

Ótimo.

Stella também me olha com os olhos um pouquinho arregalados. Eu realmente adoraria ser amiga dessa garota.

Entro na sala, vou até minha mesa e me sento.
Ele caminha até lá e se senta na mesa.

— Tá, eu sei que fui grosso, mas ele é um pouco infantil quando se trata de mulher.

Nisso ele tinha razão.

— O que aconteceu para que você ficasse chato no carro?

— Eu sou assim, Shelly. Não é uma coisa que se explica assim, simplesmente nasci assim.

O olho com irônia.

— Vou fingir que acredito, mas você tem que pedir desculpas.

— Mais...

— Ele é seu melhor amigo há quanto tempo?

— Não sei direito, desde sempre?

— Exatamente. Acho que você deveria ser menos egoísta e tomar a iniciativa, pelo menos uma vez, de pedir desculpas, já que foi você que começou.

Eu sei que não deveria estar fazendo aquilo. Era para mim fazer a vida dele virar um caos, mas eu gosto de Matteo e não quero vê-lo triste. Mesmo que tenha de aconselhar Alex a fazer as pazes com seu melhor amigo.

— Tudo bem, eu peço desculpas a ele.

— Perfeito. Agora vamos ao que nos trouxe aqui, depois de uma viagem longa e cansativa.

— Você não vai gostar.

Ele diz de forma simples.

— Do quê?

Então caminha até sua mesa e pega quatro cartas, que mais parecem convites, e as coloca em cima da minha mesa.

— Pegue o seu.

Pego e começo a abrir. Assim que vejo "Baile de Gala dos Mourettis", jogo o convite de volta para Alex, que está com uma expressão impagável no rosto.

— Não vou de jeito algum.

— Você vai sim. É uma convidada importante para fechar negócios com ele.

Ele diz sorrindo.

— Prefiro a morte, só não sei se a minha ou a sua.

— Vamos lá, você sabe que não faço questão de você ir, mas este evento é muito importante para a empresa.

Ele me entrega o convite de volta.

— Quem mais vai? Já que são quatro.

— Eu, você, Matteo e talvez a assistente dele, se ela quiser ir.

— Só entregue o convite para Matteo. Você sabe que ela não aguentaria dois segundos com esses empresários babacas.

— Ei, não fale assim.

— Ela é uma menina tímida e um ótimo alvo para atingir o Matteo, que é uma bomba-relógio e pode partir para a briga com qualquer um lá.

— Eu sei que ela é nova nisso, mas é começando que se aprende, Shelly.

— Exatamente. E eu não estarei sóbria o suficiente para ajudá-la nisso. Deixe que eu a ensine tudo, mas não tão cedo.

— Tudo bem, irei te escutar. E alguém precisa colocar o Matteo na linha.

— Ótimo, se era só isso, tenho que ir para casa.

— Tchau, bruxa.

— Tchau, babaca.

Assim, pego minhas coisas e saio da empresa.

Enquanto caminho pela rua, decido entrar em um café movimentado para fazer uma pausa e aproveitar um expresso revigorante. Dirijo-me ao balcão, onde uma atendente simpática me cumprimenta com um sorriso.

Atendente: — Olá, seja bem-vinda! O que posso fazer por você hoje?

— Um expresso, por favor. Bem forte, se possível.

Enquanto a atendente prepara a bebida, aproveito para iniciar uma conversa casual.

— O café aqui é sempre movimentado, não é?

Atendente: — Sim, é um ponto de encontro popular para os moradores e trabalhadores da região. Muitos vêm aqui para relaxar, tomar um café e conversar com os amigos.

— Interessante. Eu gosto de lugares assim, cheios de vida. Parece que todos têm uma história para contar.

Atendente: — Com certeza! Eu já ouvi muitas histórias fascinantes dos clientes que passam por aqui todos os dias. E você, tem alguma história interessante para compartilhar?

— Talvez um dia eu conte algumas. Por enquanto, estou apenas apreciando o lugar.

A atendente entrega o expresso a Shelly, que agradece com um sorriso educado. Pega a xícara e se dirige a uma mesa mais isolada, onde pode continuar a planejar seus próximos passos.

Enquanto toma seu expresso, liga para Vincent, um dos membros de sua gangue, os Three Dragons. A ligação é atendida após alguns toques.

Vincent, aqui é a Shelly. Precisamos marcar uma reunião urgente com os outros membros dos Three Dragons. Tenho algumas novidades importantes para compartilhar.

Vincent: — Ah, Shelly, que bom ouvir sua voz! Claro, vamos marcar uma reunião. Estou ansioso para ouvir suas novidades. Que tal daqui a duas horas? Podemos nos encontrar no  lugar habitual.

— Perfeito, Vincent. Daqui a duas horas está ótimo. Avise a todos os outros membros e garanta que todos estejam presentes. Essa reunião será crucial.

Vincent: — Compreendido, Shelly. Todos serão informados e estaremos lá. Tenho. Nos vemos daqui a duas horas.

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