3° GANGUE

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Acendi um cigarro assim que saí do carro, pensando em quando deveria entrar, pois fazia alguns dias desde minha última aparição. Terminei o cigarro, já sentindo o frio da neve se acumulando em meus cabelos, então abri a porta bruscamente, atraindo a atenção de todos ali. Alguns se levantaram em sinal de defesa, enquanto outros sorriam.

— Olá, seus arruaceiros, sentiram minha falta? — disse, com um sorriso no rosto.

— Chefe, achamos que tinha nos deserdado e fugido pra morar no mato — Vicent respondeu com bom humor.

— Jamais deixaria você como chefe, Vicent. O nome dos Three Dragons iria para o lixo — respondi enquanto ele vinha e me abraçava, já que ele era o único que podia ter tal contato comigo.

— Quanta confiança no seu braço direito, gata — ele sussurrou. — Senti sua falta.

— Eu também, Vicent.

Nós nos separamos e ele esbravejou:

— A senhora dragon voltou, senhoras e senhores!

Alguns aplaudiram, outros soltaram gritos. Era até engraçado o bom humor por aqui.

— Silêncio, por favor, se possível — disse em um tom mais sério.

Em poucos segundos, não se ouviam nem respirações. Subi em nosso tatame.

— Estive ausente por assuntos pessoais que a maioria aqui sabe, mas voltei para cobrar algumas dívidas dos Three Dragons.

Todos me olhavam atentamente, com sorrisos nos lábios.

— E qual será essa dívida, senhora? — um dos nossos "força bruta" perguntou.

— Delucca será o primeiro a provar da minha raiva — todos começaram a gritar. Eles realmente odiavam a gangue de Delucca, os Rosales.

— E será o mais breve possível. Comecem os preparativos, temos no máximo um mês.

— Estará tudo pronto em duas semanas, se for para acabar com aqueles merdas dos Rosales!

Todos comemoraram e riram.

— Agora é só beber e esperar — disse, erguendo um copo.

Alexander

Assim que ela saiu da minha sala, fui ao encontro de Matteo para ter uma conversa séria com ele. Abri sua porta quase que bruscamente e ele me olhou com um sorrisinho.

— Ela te fez pedir desculpas, amigo?

— Você sabe que sim. Quando vai deixar de ser uma criança infantil? — perguntei, irritado.

— Quando você assumir que se apaixonou por ela, amigo.

— Realmente, não sei de onde tirou essa ideia.

— A Alex, você sabe que jamais teria ficado tão irritado se eu dissesse que o vestido de uma garota estava do jeito que eu queria.

Isso ele tinha razão. Odiava aquela troca de flertes dos dois mais cedo.

— Ela é nossa amiga e minha secretária. Claro que não gostei de você faltando com respeito com ela.

— Tá bom, o que veio fazer aqui? — ele interrompeu, impaciente.

Entreguei os convites a ele, que os pegou e os observou, abrindo a boca em protesto.

— Não, e não! Você tem que ir até a Shelly, vai.

— Como conseguiu? Tipo, é uma coisa impossível — ele comentou, surpreso.

Soltei uma risada com o comentário.

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