𝐂𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 16

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A palavra portuguesa "sereia" e suas equivalentes em outras línguas latinas derivam do grego Σειρήν, Seirến, nome de um ser mitológico de aparência muito diferente, mas que também é chamado pelo mesmo nome

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A palavra portuguesa "sereia" e suas equivalentes em outras línguas latinas derivam do grego Σειρήν, Seirến, nome de um ser mitológico de aparência muito diferente, mas que também é chamado pelo mesmo nome. Este verbete refere-se ao conceito moderno de sereias, para o grego, veja Sereias gregas ou Sirenas.

Nomes dados à sereia medieval e moderna em outras línguas: mermaids (de mere, "mar" em inglês medieval, e maid, "moça" ou "virgem") em inglês; zeemeermin ou meermin em holandês; Meerjungfrau, Seejungfrau ou Fischweib em alemão; havfrue em dinamarquês e norueguês; sjöjungfru ou havsfru em sueco; merenneito ou vedenneito em finlandês; sirène em francês; sirena em castelhano e italiano.

No português, como em outras línguas latinas, os equivalentes masculinos das sereias são chamados de tritões, nome de seres da mitologia grega que eram representados como homens-peixes e não estavam relacionados às antigas sirenas. Em inglês, o tritão é chamado merman; em holandês, meerman ou zeemeerman; em alemão, Wassermann; em dinamarquês, havman; e em finlandês, vetehinen.

Ao longo da Idade Média, a começar pelas regiões do Mediterrâneo, a sereia como mulher-peixe suplantou a mulher-pássaro do mito grego como a criatura que supostamente levava à perdição dos marinheiros, como mostra a evolução do significado de Seirến no português e em outras línguas latinas. A transformação pode estar relacionada ao desenvolvimento da navegação (devido, entre outras coisas, à invenção do leme) que permitiu aos navios viajar pelo alto mar, onde se supõe que as novas sereias vivam, fora de vista das rochas costeiras onde as antigas sirenas supostamente se empoleiravam.

Tanto sirenas quanto sereias têm talentos musicais; as sirenas cantam e tocam flauta e lira, enquanto as sereias dependem apenas de suas vozes e seus únicos apetrechos são pentes e espelhos. Supõe-se que as sereias podem causar e acalmar tempestades à vontade e que, como a Esfinge, elas podem levar homens a armadilhas com questões e enigmas.

Na Idade Média e Moderna, as sereias foram vistas como criaturas naturais, como uma espécie de animal, não como seres sobrenaturais. Nos bestiários e nos sermões as sereias eram comparada com as atrações fatais da riqueza, do sexo e da bebida. Por essa razão, são relativamente comuns na arte sacra, como decoração de igrejas e altares. Freqüentemente, aparecem segurando um peixe, para simbolizar o cativeiro da alma do cristão arrastado para o pecado por encantos e pela adulação.

Foi como símbolos de vaidade que elas adquiriram pente e espelho, não vistos na arte clássica. Na heráldica, é comum a representação de "sereias em sua vaidade", segurando esses apetrechos, para simbolizar a eloqüência atribuída ao portador do brasão ou a seus antepassados.

Supunha-se que as sereias, embora tivessem inteligência humana, não tinham alma. Podiam, entretanto, conseguir uma alma se aceitassem ser batizadas ou, segundo algumas versões, se elas se casassem com um humano.

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