Sra.Chuu

7 2 1
                                    

Oii, bom como vocês já devem ter percebido os capítulos não são revisados, por isso acabam tendo alguns erros, então me desculpem por qualquer erro de ortografia, eu vou estar tentando revisar os capítulos depois porque eu ando muito ocupada ultimamente, qualquer erro me avisem nos comentários por favor porque as vezes eu acabo não vendo.

Era só isso mesmo, obrigado por quem está lendo até aqui.
____________________________________

Jimin

Todos os dias, às cinco da tarde, eu tomava um longo banho. Eu me sentava na banheira com um livro e lia por quarenta e cinco minutos. Depois, deixava o livro de lado e me lavava por dez minutos. Meus dedos ficavam enrugados como passas. Fechava os olhos e passava o sabonete de lavanda pelo corpo. Eu amava o cheiro de lavanda quase tanto quanto amava gardenias. - Gardênia era a minha flor favorita -Toda quarta-feira, meu pai ia ao mercado de produtores locais e comprava um buquê de flores recém-colhidas para colocar na minha janela.

Ele percebeu que gardênias eram minhas flores preferidas na primeira vez que as comprou.

Talvez pelo meu sorriso, talvez pelo número de vezes que meneei a cabeça enquanto as cheirava,ou, quem sabe, talvez porque ele simplesmente aprendeu a entender o meu silêncio.

Meu pai sabia quase tudo sobre mim com base nos meus pequenos gestos e movimentos. O que ele não sabia era que todos os dias, no fim do banho, quando a água quente já havia esfriado,eu afundava a cabeça e ficava embaixo d'água por cinco minutos.

Nesse tempo, eu me lembrava do que havia acontecido comigo. Para mim, era importante fazer isso - me lembrar do diabo, de como ele era. Como era senti-lo. Se não me lembrasse dele, eu me culparia pelo que havia acontecido, me esqueceria de que tinha sido uma vítima naquela noite. Quando me lembrava dele, não era tão difícil respirar. Eu pensava melhor quando estava embaixo d'água. Eu perdoava todos os meus sentimentos de culpa quando estava submerso.

Ela não conseguia respirar.

Minha garganta se fechava, como se os dedos do diabo estivessem apertando o meu pescoço em vez do da mulher.

O diabo.

Ele era o diabo, pelo menos para mim.

"Corra! Corra, Jimin!", gritava minha mente, mas eu fiquei parado, sem conseguir desviar os olhos do horror diante de mim.

- Jimin!
Nesse tempo, eu me lembrava do que havia acontecido comigo. Para mim, era importante fazer isso - me lembrar do diabo, de como ele era. Como era senti-lo. Se não me lembrasse dele, eu me culparia pelo que havia acontecido, me esqueceria de que tinha sido uma vítima naquela noite. Quando me lembrava dele, não era tão difícil respirar. Eu pensava melhor quando estava embaixo d'água. Eu perdoava todos os meus sentimentos de culpa quando estava submerso.

Ela não conseguia respirar.

Minha garganta se fechava, como se os dedos do diabo estivessem apertando o meu pescoço em vez do da mulher.

O diabo.

Ele era o diabo, pelo menos para mim.

"Corra! Corra, Jimin!", gritava minha mente, mas eu fiquei parado, sem conseguir desviar os olhos do horror diante de mim.

- Jimin!

Emergi ao ouvir meu nome e soltei o ar antes de inspirar profundamente.

- Jimin, a Sra. Chuu está aqui para te ver - gritou meu pai lá de baixo.

Eu me levantei da banheira e abri o ralo para a água descer pelo encanamento. Meu cabelo estava tingido de loiro, uma ideia que eu tive uns dias atrás, minha pele continuava fantasmagoricamente pálida.

The Silence of WatersOnde histórias criam vida. Descubra agora