*Anny*
Acordei com a luz do sol batendo em meu rosto. Abri os olhos lentamente na intenção de me acostumar com a claridade.
Na noite anterior eu havia tido um sonho muito estranho e realista de mais para falar a verdade.
Me sento na cama, colocando a mão sobre minha testa, eu estava com uma dor de cabeça terrível, parecia que alguém havia me acertado com uma pedra.
Comecei a olhar ao redor e foi só então que me dei conta de que eu não estava no meu quarto. O cômodo em que eu me encontrava era imenso, porém a decoração seguia um estilo rustico e luxuoso recordando bastante a época medieval. Possuía duas janelas enormes que estavam cobertas por cortinas de cor vermelho escuro com alguns detalhes em dourado.
O chão era feito de madeira, que por sinal, tivera sido lustrado pelo brilho aparente, e nele tinha um grande tapete persa.
Me atentei para cama em que eu estava, e ela era simplesmente enorme, tudo neste lugar parecia ser ridiculamente grande. O forro acompanhava as cores do quarto. O lençol sobre o colchão era branco e por cima deste havia ainda um outro na cor beje, mas este aparentava ser de seda, e meu cobertor era da mesma cor que as cortinas.
No centro do cômodo tinham dois sofás antigos posicionados um de frente para o outro separados apenas por uma mesa de madeira entre eles, e bem a cima suspenso no teto havia um enorme e cintilante lustre cuidando da iluminação. Nas paredes tinham algumas tochas, porém, elas se encontravam apagadas acredito que sejam acesas durante a noite para auxiliar o lustre a iluminar o ambiente.
Mas o mais importante não era a cama, não eram os sofás, as cortinas e nem o maldito lustre, mas sim onde eu estava e como teria vindo parar aqui?
Levantei da cama e corri até a gigante porta de madeira - novamente, porque tudo tinha que ser ridiculamente grande? - e tentei abrir, sem sucesso, estavam trancadas.
Não pense que me dei por vencida, apenas fiz o que qualquer brasileiro faria... Armei um barraco. Ou como alguns gostam de dizer, meti o louco.
- EII! EU QUERO SAIR - Dizia enquanto esmurrava a porta - É ESSA MERDA QUE A FAMILIA REAL GOSTA DE FAZER É? FICAM CONTRABANDEANDO PESSOAS?
Eu continuava a esmurrar a porta só que dessa vez chutava também.
- VOCÊS SÃO UNS DESGRAÇADOS, UM BANDO DE BURGUÊS SAFADO - Sim eu citei o Matias de tropa de elite.
Eu continuava gritando mas parecia não resolver. Comecei a andar de um lado para o outro pensando em uma maneira de escapar dali, quando ouço destrancarem a porta.
Fico observando até que finalmente ela se abre e entram para o quarto três mulheres. Elas usavam uma espécie de touca branca na cabeça e por cima do vestido longo usavam um corpete preto com um avental na cintura.
- Quem são vocês? - indaguei com rispidez.
- Somos suas criadas princesa. Estamos aqui para lhe auxiliar em todas as suas necessidades.
Princesa?
Foi quando me toquei e as lembranças da noite anterior vieram a tona. Não foi um sonho, tudo aquilo tinha sido real. Não podia acreditar que eles tiveram a coragem e a pachorra de me dopar.
Enquanto estava atordoada por meus pensamentos, as três mulheres foram em direção ao baú que ficava aos pés da minha cama e tiraram dali um belo vestido. Ele era lilás e possuía algumas rendas brancas com detalhes dourados, as mangas eram estilo tomara que caia e o corpete era um pouco arredondado na cintura.
VOCÊ ESTÁ LENDO
THE BEGINNING OF THE END
Fiksi PenggemarAny Gabrielly Rolim Soares tem apenas 17 anos e já trabalha em seis empregos diferentes no intuito de ajudar sua mãe, pois seu pai que era viciado em apostas, acabou afundando sua família em dividas. Apesar da loucura que é sua vida, Any e sua famíl...