Compêndio de apontamentos pessoais e de interesse aos escritores, amealhados aqui e ali - ou deduzidos ali e acolá.
Nenhuma verdade, sequer relativa, apenas ideias, cujo contraditório será sempre bem-vindo.
-- Escrever é um ato de amor, para aplaca...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Sempre é hora de escrever, o momento certo sempre é: agora! Escrever é como andar, devemos praticar, para treinar e aperfeiçoar nossa técnica. Porém, para determinados projetos, necessitamos ter calma e maturação. Não vamos nos propor a fazer uma maratona de 40 km, se ainda estamos nas caminhadas de 40 minutos, certo?
Assim, não deixe seu projeto engavetado, mas tenha calma e paciência. Conforme a proposta, pode ser que sejam necessárias muitas pesquisas, até que o assunto esteja amplamente dominado e você fale nele com propriedade, fazendo o leitor acreditar naquilo que você diz.
Isso vale para ambientações, informações históricas (científicas, religiosas, filosóficas, etc.). Vale também para os dados técnicos de uma investigação policial, por exemplo, ou até a forma de preparar uma comida típica, na forma de se vestir, falar, etc.
Se desejamos que nossa história se passe em outro país, estado ou cidade, diferente do nosso, temos que nos inteirar sobre tudo que é cultural naquela localidade, para que possamos ser bem convincentes.
O que vocês pensam sobre isso, concordam?
---------- Minha experiência em "ASSASSINATO NO CONTINENTE GELADO".
Numa bela noite de 1984, assistindo ao Jornal Nacional (e muito provavelmente apresentado por Cid Moreira e Sérgio Chapelin), vi uma reportagem sobre a ESTAÇÃO ANTÁRTICA COMANDANTE FERRAZ, onde mostravam as dependências da estação e como viviam lá, os pesquisadores.
Logo pensei: vou escrever uma história ambientada aí (na época, eu lia muito Agatha Christie e seus romances pós segundo marido, que era arqueólogo e a fez conhecer inúmeras regiões, de onde saíram seus mais brilhantes livros, como Morte no Nilo, Morte na Mesopotâmia, Encontro com a Morte e Assassinato no Orient Express).
Mas eu era muito jovem, imaturo, sem experiência e, tendo consciência disso, do tamanho e da envergadura desse empreendimento, o deixei engavetado.
No ano de 2002, quando já possuía três livros publicados (físicos, pois era somente o que havia, à época), tendo já a internet à disposição, comecei as pesquisas.
Em resumo, o livro ficou pronto em 2005.
Não satisfeito com o resultado, tendo em vista também um feedback não muito positivo de leitores beta, agora em 2021, eu fiz um remake da obra e publiquei-a primeiro no Whattpad, depois Amazon e Uiclap.
Assim, é um projeto de 37 anos, que se tornou realidade, mas no momento certo, mostrando que nunca devemos desistir dos nossos objetivos, mas sempre estar pronto para fazer as coisas na hora certa.
