Aonde eu escrevo contos Natalinos e de Fim de Ano, baseado nos pedidos de vocês.
▪︎ são contos com tema natalino e de ano novo
▪︎ pedidos apenas no capítulo intitulado "pedidos"
=]
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Sempre cobicei passar a virada do ano na praia. Minha família passava às vezes, mas eu era criança, então tudo que eu me lembro era de luzes, mar e colchões d'água espalhados pela areia braquinha. Eram ótimas memórias afetivas, me fazia bem relembrar. Quando Pedri me convidou pra ir com ele, eu hesitei. Na verdade, éramos ficantes, nada mais de alguns beijos e abraços. Mas ele conseguiu me pressionar - no sentido bom - o bastante pra eu ir.
Às onze da noite, eu brincava com algumas crianças na orla da praia. Pedri estava sentado um pouco mais afastado, apenas me observando com um sorriso no rosto. Ele estava diferente naquela noite, um pouco mais tímido e nervoso. Talvez fosse pelo seus pais e irmão nos vendo juntos pela primeira vez, mas eu decidi não deixar aquilo nos atrapalhar. Tudo estava perfeito, até que as crianças se despediram e eu fiquei parada, perto do mar, apenas molhando meus pés na água fria e salgada. Senti um par de mãos me abraçar e não precisei me virar para saber que era Pedri, um pouco mais solto e extrovertido. Ficamos assim até ele começar a falar.
- Obrigada por ter vindo comigo, Giu. - Ele beijou minha bochecha carinhosamente. Me virei sem tirar suas mãos de mim, e levei as minhas até seu rosto, passando por seus olhos e pousando em seu pescoço.
- Eu não tinha como negar. - Sorri boba. Pedri selou meus lábios romanticamente e voltou a me encarar.
- Eu tenho uma surpresa pra você, daqui a pouco. - Ele comentou com um sorrisinho malandro.
- Que surpresa? Sabe que eu tenho ansiedade! - Dei um tapinha em seu ombro. Pedri sorriu novamente, com aquele sorriso da qual eu me apaixonei em secreto. Não teria coragem suficiente para proferir de meus próprios lábios, caso ele não me quisesse.
- Você verá, apressadinha!
Há alguns minutos para a meia noite, a praia já estava completamente lotada. Dezenas de pessoas vestindo branco, senti que poderia facilmente me perder naquela multidão, isso, se não fosse as mãos de Pedri entrelaçadas na minha, o que fazia minha barriga revirar e meu estômago gritar aqui dentro. Era estranho ter essa proximidade com ele como se de fato fossemos um casal.
Meia noite em ponto o estrondo no céu me tirou dos meus próprios pensamentos, e quando as primeiras cores enfeitaram a noite estrelada, Pedri me virou, beijando meus lábios sem vergonha ou pudor das pessoas ao nosso redor. Embora tantas vozes e gritos estivesse nos rodeando, não existia nada e ninguém na nossa bolha. Nosso beijo pendurou até o ar se esvair e eu criar coragem para abrir os olhos e vê-lo me encarando, completamente apaixonado. Seus dedos gélidos passaram gentilmente por meu rosto e eu me permiti fechar os olhos novamente.
Quando me senti falta do calor do seu corpo, eu abri os olhos de novo, mais rápido dessa vez. Senti um frio percorrer a minha espinha quando o vi ajoelhado na minha frente. Ajoelhado com uma baixinha aveludada nas mãos, os olhos brilhando e o sorriso nervoso e torto no rosto. Pedri estava pirando tanto quanto eu.
- Giu...Giulia, eu sei que talvez você esteja quase desmaiando aqui - Ele sorriu. -, também sei que tem muita gente olhando agora, mas isso não importa. - De fato, muitas pessoas já estavam olhando para nós. Mas meus olhos se negavam a desviar de Pedri. - Quando te conheci, eu achei que seriamos apenas duas pessoas com o mesmo desejo em comum, mas com o passar do tempo, eu percebi que gostava de mais de gastar meu tempo com você, ou com qualquer coisa que envolvesse você, e quando chegava em casa, eu sentia falta do seu cheiro, ou da sua chatice de sempre....- Ele gargalhou com a piada. Eu sorri sabendo a que se referia. -, a verdade, Giu, é que passamos tempo demais juntos pra eu decidir isso... - Ele abriu a caixinha, mostrando o belo anel de prata dentro dela. -, Giulia, você quer ser minha namorada?
Meu estômago se revirou no mesmo instante que ele terminou a frase. As pessoas agora ovaciovam a nós dois. Senti minhas bochechas ferverem pelo jeito que ele me olhava, mas não conseguia proferir qualquer palavra.
- Então? - Pedri gesticulou. Seu olhar era desperado, como se enlouquecesse a qualquer momento. Os fogos cessaram assim que a resposta encostou na minha língua.
- Sim, Pedri, a reposta é sim! - Eu praticamente gritei me jogando em cima dele. Ouvi sua risada gostosa no momento em que deitei na areia. González sentou ao meu lado pegando minha mão. Ele ajeitou o anel perfeitamente moldado pra mim e me levantou. Meu cabelo estava com areia, mas aquilo definitivamente não importava no momento em que sua boca se encaixou na minha de novo. Nada mais importava porque era sempre nós dois, na nossa bolha, no nosso mundinho. - Eu te amo! - Os banimentos cardíacos denunciavam o quão nervosa eu estava. Ainda mais em dizer aquilo pela primeira vez.
- Eu também te amo!!
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
