━━ 𝟭𝟵, 𝗢 𝗜𝗡𝗜𝗖𝗜𝗢 𝗗𝗢 𝗙𝗜𝗠

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━━ AEMOND TARGARYEN

AEMOND HAVIA DESPERTADO antes dos primeiros raios do sol surgirem no horizonte, apesar de estar bastante confortável com o corpo da sobrinha entrelaçado ao seu. Ele sabia que se não levantasse, Aemma se meteria em um grande problema.

Depois de cuidadosamente se desvencilhar do corpo de seu lírio com muito custo, a primeira coisa que ele fez foi deixar um aviso aos guardas de que ninguém, nem mesmo serviçais deveriam adentrar seu cômodo naquela manhã.

Não que ele precisasse de guardas, sabia muito bem se defender sozinho. Aemond era aquele que sempre sairia vitorioso em um duelo, e não seu adversário.

Sabendo que teria que despertar Aemma antes que suas próprias serviçais dessem por sua falta, Aemond preparou um banho quente para ela, sabia que por ser sua primeira vez ela estaria dolorida. Ele esquentou a água, preparou a espuma e procurou por uma blusa de linho que serviria como um vestido temporário para que Aemma atravessasse as passagens secretas.

Ele voltou para a cama, e se permitiu apreciar por mais alguns minutos a Aemma.

O cabelo era como uma névoa negra espalhada pelos lençóis brancos, a pouca luz do sol refletia sobre seu rosto que parecia sereno ao dormir.

Nenhuma preocupação, ele imaginou. Talvez em seu sono fosse o único momento em que Aemma não se preocupava por sua mãe, que não se preocupava com seus irmãos.

Ele passou suas mãos brevemente pelos cabelos macios de Aemma e a chamou baixinho, talvez com medo de que, se ele falasse alto demais, aquele momento frágil e especial pudesse se partir e escapar de suas mãos como sempre ocorria.

━━ AEMMA VELARYON.

Aemma não estava preparada para abrir seus olhos, não estava preparada para encarar o que havia feito.

Ela nunca foi do tipo covarde, a chamavam de princesa rebelde por um motivo. Mas, encarar seu tio depois do que haviam feito na noite passada? Isso era mais aterrorizador do que encarar seu próprio dragão, Cannibal.

Ela sentiu quando Aemond se desvencilhou do seu lado, seu corpo sentiu saudade do calor aconchegante no mesmo instante, por um momento ela pensou que ele a deixaria ali, sozinha com seus próprios pensamentos, para que ela se virasse para voltar para seu próprio quarto.

Mas não, Aemma ouviu quando Aemond ladrou ordens estritas para que seus guardas não deixasse ninguém entrar, que só deveriam o chamar caso fosse algo de extrema importância.

Ela ainda não havia aberto os olhos, escutando ao longe o rugido dos dragões e a cantiga dos pássaros.

Ela estava com medo, medo de abrir seus olhos e acabar com aquela linha tênue de conforto e paz. Medo de abrir seus olhos e perceber que tudo aquilo havia sido apenas uma ilusão.

Mas quando Aemond a chamou tão suavemente, como a acordava quando ambos eram crianças, seu coração se acalmou. Se acalmou para logo depois bater de uma forma desenfreada.

Ela estava gostando dele, pior ela estava o amando e nunca o deixará de amar.

Porra. Ela sempre o amou, mesmo quando ele pisoteou em seu coração com aquelas cartas, mesmo quando ele insultou seus irmãos. Ela o amava.

Quando Aemond a chamou mais uma vez, desta vez um pouco mais alto, ela se sentou rapidamente na cama.

Péssima ideia. Seu corpo todo doía, ela deveria estar um horror pois sentia seus cabelos grudarem em sua nuca por conta do suor.

𝕭𝐋𝐎𝐎𝐃 𝐀𝐍𝐃 𝐂𝐇𝐀𝐎𝐒 ❪ 𝘏𝘰𝘶𝘴𝘦 𝘰𝘧 𝘵𝘩𝘦 𝘥𝘳𝘢𝘨𝘰𝘯❫ REVISANDO Onde histórias criam vida. Descubra agora