Cover by: Chrevans
━━ 𝓐𝗘𝗠𝗠𝗔 𝗧𝗔𝗥𝗚𝗔𝗥𝗬𝗘𝗡 cresceu escutando os cochichos de todo o povo de seu reino, que duvidavam de sua paternidade, de seu sangue. Infelizmente para todos, Aemma nunca de fato importou-se, afinal, ela é uma Targaryen e...
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━━ AEMMA TARGARYEN.
Medo.
Aemma sabia bem o que era sentir medo, mas pela primeira vez em longos anos não era ela a portadora de tal sentimento.
O suor nas têmporas e a habitual tremedeira no corpo desta vez não se originava dela, mas vinha de várias outras pessoas que estavam traindo a coroa, traindo a memória de sua mãe apoiando a coroação de Aegon.
Desta vez não havia monstros em seu encalço procurando por suas fraquezas e farejando seus medos, aquele era o momento da princesa se tornar a fera que visitaria os pesadelos dos plebeus na penumbra da noite e os faria temer e repensar suas próximas ações.
Seus olhos purpurados se mantinham fixos na família real a frente, ninguém ousava se mexer sobre a visão do grande dragão negro a porta da fortaleza de Maegor.
Uma palavra de Aemma, e o povo dentro daquele salão desapareceria nas mais melancólicas cinzas, e com o tamanho ódio que a princesa cultivava a anos pelo povoado, ela provavelmente não sentiria nem um pouco de remorso.
Por um instante a realização lhe atingiu como um baque repentino.
Aemma deveria proteger seu povo, eles deveriam amá-la e não temê-la, as crianças deveriam querer ela por perto e não temê-la.
Mas naquele momento a bondade não levaria Aemma a lugar algum, ela poderia conquistar a confiança e simpatia do povo depois de estar acomodada no trono qual deveria ser de sua mãe, por enquanto o medo bastaria para controlar o povo misógino de King's landing.
Seus pés tocaram novamente o piso da fortaleza, o único barulho presente naquele momento era o burburinho do povo. Os guardas logo se aprumaram a frente da rainha Alicent protegendo tanto a matriarca Hightower como o filho Aegon, Aemma lhes lançou um olhar de aviso.
Com certo deboche, ela subiu ao grande altar. Seus olhos e ouvidos atentos a qualquer alternativa de ser apunhalada pelas costas, bom... isso ocorreria somente se alguém considerasse Aemma perigosa o suficiente para ganhar uma morte tão desonrosa.
Todos subestimavam uma mulher, mesmo depois que ela fez questão de deixar claro que a queda de Vila Velha fora ordenada e comandada por ela, ela ditou as estratégias baseadas em seus anos de estudo junto de seu padrasto Daemon, mesmo em seu período delicado após dar à luz a dois filhos e em seu leito de luto pela mãe e o filho, ela ainda sim comandou o ataque de longe.
O cabelo ébano estava trançado em uma única trança, enfeitado com anéis finos de ouro, somente os fios brancos permaneciam soltos e selvagens. Como se quisessem relembrar a todos o qual catastrófica Aemma poderia ser, o vestido vermelho sangue se arrastava pelo chão, era tão vermelho que ele poderia ter facilmente sugado o sangue dos guardas que jaziam desacordados no chão.
