Cover by: Chrevans
━━ 𝓐𝗘𝗠𝗠𝗔 𝗧𝗔𝗥𝗚𝗔𝗥𝗬𝗘𝗡 cresceu escutando os cochichos de todo o povo de seu reino, que duvidavam de sua paternidade, de seu sangue. Infelizmente para todos, Aemma nunca de fato importou-se, afinal, ela é uma Targaryen e...
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━━ AEMMA TARGARYEN, 22 anos
A brisa matutina batia contra seu rosto, lhe trazendo um breve alívio do suor que cobria o rosto da princesa. Já fazia horas que a herdeira treinava repetidamente os mesmos movimentos com a espada, ela poderia apostar que grandes bolhas já se formavam sobre suas mãos, seu desejo era de ser tão boa com a espada quanto era com suas flechas e adagas.
Suas flechas eram certeiras, como um bote bem preparado de uma serpente, não havia um alvo que pudesse escapar de suas flechas sorrateiras.
As adagas? Eram como uma parte de Aemma, os movimentos eram suaves e discretos, você não sentiria a adaga atravessando seu coração se ela estivesse disposta a lhe proporcionar uma morte rápida e indolor.
Porém os anos que ela passará com as septas e estudiosos de Red Keep também lhe ensinaram onde atingir para causar uma morte lenta e dolorosa, ela também passava horas ouvindo as escondidas as histórias de Sir Harwin Strong, ele contava sobre as batalhas para seus irmãos, enquanto a pequena princesa se escondia atrás de grandes barreiras de pedras para poder escutar.
Havia vezes que seu pai a encontrava escondida atrás das grandes pedras, se não havia ninguém por perto os dois passavam horas brincando. Hora com Harwin a jogando para cima e logo a pegando no ar, e em outras Harwin lhe ensinando como acertar a adaga no lugar correto.
Fora por conta destes pequenos treinos que Aemma conseguirá se proteger de Sir. Criston Cole, o guarda guardava um certo rancor da pequena, e uma certa vez ela escutará ele insultando sua mãe. Ele a encontrou segundos depois e tentará-lhe agarrar o cabelo em um momento de descontrole, a pequena princesa usou os movimentos de autodefesa que o próprio quebra-ossos havia ensinado.
Talvez fosse pelo choque ou arrependimento de tentar machucar uma criança, mas o guarda a soltou. Aemma não contou sobre o ocorrido para a mãe, muito menos para Leonor.
Contudo, todas as vezes que ela passava pelo guarda, ele agora abaixava a cabeça como se a vergonha por ter atacado uma criança ainda estivesse presente em sua mente.
Sem embargo, a espada requeria mais força, paciência e equilíbrio, ela era mais difícil de manejar mas não impossível, aos pouco o peso da lâmina se tornava familiar e o som do metal cortando o ar se tornava cada vez mais frequente e confortável.
A espada bateu outra vez contra a de Landon, Aemma forçou sua espada para baixo, aço nortenho contra aço valiriano, apesar da grande resistência, seu marido finalmente deixou que a espada caísse com um baque no chão.
Quando a espada finalmente atingiu o solo, Aemma deu pulinhos de alegria, e um grito animado saiu do fundo da sua garganta.
O som parecia estranho, quase que enferrujado...
Eram raros os momentos em que a moçoila se permitia sair do personagem sério que havia construído lentamente em volta daqueles cinco anos, sabia que estava sendo constantemente observada, e sabia que tinha que manter a imagem de uma herdeira forte e madura, mesmo que no momento estivesse exilada.
