Cover by: Chrevans
━━ 𝓐𝗘𝗠𝗠𝗔 𝗧𝗔𝗥𝗚𝗔𝗥𝗬𝗘𝗡 cresceu escutando os cochichos de todo o povo de seu reino, que duvidavam de sua paternidade, de seu sangue. Infelizmente para todos, Aemma nunca de fato importou-se, afinal, ela é uma Targaryen e...
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Ela estava de volta à Pedra do Dragão, o pergaminho que Aemond havia entregado mais cedo estava pesado em sua mão, como se estivesse carregando um ovo de dragão e não um simples papel.
Ainda segurando firme o pescoço de Cannibal, suas mãos acariciaram as escamas, sentindo-se culpada pela flecha que o atingira. Apesar de saber que as escamas de dragão eram resistentes e que a simples flecha mundana não conseguia perfurar a couraça de seu dragão, a culpa ainda residia em um pequeno espaço em seu coração.
- Lykirī Cannibal, Lykirī... Kelītīs... - pediu a princesa, a voz suave, no entanto firme para que ele entendesse a urgência em sua voz. Não precisou de muito para que Cannibal entendesse que estava na hora de descer.
Com uma sincronia quase singular, Cannibal baixou suas asas, realizando um pouso perfeito, como se o dragão, que ela notava tornar-se cada vez mais metido tivesse meticulosamente ensaiado cada movimento.
- Seu exibido - conseguiu dizer quando desceu das costas do seu companheiro, um pequeno sorriso desenhando seu rosto. O dragão retrucou com um "resmungo" em resposta, que, com base no vocabulário de Cannibal, significava "prefiro pessoas ou outros dragões, mas meio que você me proibiu de comer meu próprio filho".
- Sem resmungos, mocinho, tenho a sensação de que em breve você poderá saborear algo mais de acordo com seus gostos, mas até lá, entretenha-se somente com os carneiros - acrescentou. Cannibal era um dragão bastante antigo, mas às vezes Aemma parecia estar lidando com um adolescente com problemas de raiva.
Oh, meus deuses, era isso que sua mãe passou na adolescência dela e de seus irmãos?
Cannibal pareceu acatar as ordens dela, e com um bater de suas asas, ele disparou para o céu, e Aemma somente fechou os olhos rezando para que ele aceitasse suas ordens. Ela tinha muita coisa para lidar agora.
[...]
Ela estava exausta, seus trajes ainda estavam sujos com resquícios de sangue da mais cedo; tudo que ela queria era um longo banho, seu pijama de cetim e, para variar só um pouquinho, paz.
