Capítulo 1.2

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– Agora? – Seungmin questionou – Não deveria ser após o tutorial?

– Não. Ele aparece no tutorial. Temos que botar o boneco no túnel e fechar a porta com o ferrinho brilhante. – o Lee novamente explicou, carregando a patinha do boneco robô até o cano retangular – Esse é o cano, viram?

– É, ele é vermelho. – Seungmin confirmou, vendo o Lee rir antes de virar na direção da porta e puxar o ferrinho brilhante até a porta bater contra o chão.

O silêncio estava corrompido, mesmo todos quietos, os sons de passos eram altos e a criatura azul peluda passava diante da janela, olhando na direção de cada jogador com um sorriso macabro, a saliva transparente e gosmenta pingava entre seus dentes afiados, manchando a pelagem fofinha e nada condizente com a cara assustadora.

Até virar o corredor e desaparecer.

– Okay, para acessar as mãos do joguinho de vocês, basta apertar esse botão pequeno que veio colado na palma de suas mãos, perceberam? – Hyunjin parecia ter descoberto a América ao falar, mostrando o par de botões na palma da mão, porém pela cara dos demais, ele era avoado e não tinha noção do perigo – O que?

– Obrigado por falar, mas você estava tão ocupado procurando a "mão fantasma", que não viu o bicho passando na janela. – Felix tentou amenizar a situação, um olhar assustado foi o que recebeu, o rapaz realmente não havia visto – E agora, Lino?

– Bem, agora temos que seguir o tutorial. Abrindo essa porta, segue pelo duto, tem o park-our da mãozinha e puxa o cano. Vai ter o armário para de esconder, então vai entrar ali e depois que o som do bicho sumir, pode sair, mas ele vai te capturar de qualquer jeito e te jogar num buraco. – Minho deu os ombros, resumiu perfeitamente aquele bendito tutorial.

– Beleza, mas só tem um armário? Ou tem mais? – Chan perguntou, a parte mais importante, antes que abrissem a porta.

– ... Um só... Melhor ir só duas pessoas. – Minho olhou atentamente cada um dos seus amigos, se perguntando quem seria apropriado para seguir consigo nessa missão, pois não confiava em deixar dois sozinhos. Logo um sorriso se fez em seus lábios – Hannie, vem comigo?

O Han arregalou os olhos, esteve o tempo inteiro quietinho, nem deu um Piu, para agora der chamado?
Seu sangue gelou, mas poxa vida... Era Minho o chamando! Como diria que não? Iria confiar nele, pois devia sua vida a ele.

– T-tudo bem.

[...]

– Certo, aqui basta clicar no botão para a direção do ferro e tomar impulso para frente antes de pular. Quando balançar de primeira até o outro lado, pode se jogar. – Minho mostrou e de primeira Jisung havia conseguido, um sorriso orgulhoso se fez em seus lábios.

Essa parte era muito importante para quem estaria jogando, pois era basicamente o que mais precisariam aprender, a correr e driblar o bicho.

Os dois se viram diante a uma sala branca e mediana, com um enorme toinel de ferro no centro e um cano que não estava bem conectado ao toinel.

– Aqui, me ajuda a puxar. Depois eu o alarme soar, você vai se esconder no armário e eu vou atrás do toinel. – Minho pediu, o Han apenas acatou, resultando em ambos puxando aquele ferro extremamente pesado.

O ferro se moveu apenas um pouco, quando uma sirene alta soou.
Jisung olhou para o Lee, Minho apenas soltou o toinel e empurrou Jisung na direção do armário, correndo em sequência para tentar se esconder atrás do toinel.

A sirene sumiu, os passos altos ecoaram, o enorme peluche azul estava ali, com os dentes afiados e olhares penetrantes, até que sua vista o guiou ao rapaz parado atrás do toinel, mesmo que agaixado, não era possível se esconder, pois na vista do monstro, era impossível se agaixar.
Minho gritou, por sorte não doeu como pensou, foi rápido, sua cabeca apenas girou um pouco, quando se viu caindo dentro do cano mais grosso, parando na bendita tubulação dos Minni Huggys.

Porém Jisung não viu assim, pelas frestas do armário, viu o corpo frágil se chocar contra o chão, a cabeça sensível havia se rachado com o impacto, o sangue sujava o chão e pintava em respingos a parede e o toinel.
A criatura azul estava suja de sangue, olhando na direção do armário antes de saltar contra o mesmo e o atacar.

"Ele não disse que eu seria pego mesmo assim? Então eu não deveria sair do armário para ser atacado?"

No quinto tapa o armário abriu, seu corpo foi agarrado pelas mãos enormes, o velcro das patas coladas contra a sua pele, até a mão firme o jogar contra o chão.
Sua vista se embaçou, porém notou, aquilo não doeu, não tanto como havia doido no FNAF DOOM, porém o medo de ser pego e a vista de terceira pessoa apavorante.

Seu corpo foi arrastado, sendo jogado no buraco e tampado.

– L-lino? – Jisung perguntou confuso, ouvindo o som das mãos soando, erguendo o olhar para ver o Lee dando tapas nas caras de pequenas versões daquele enorme bicho de dentes afiados.

– Preciso de ajuda, Hannie. Me ajuda a bater nesses bichos, que precisamos esperar o Changbin vir ajudar. – o Lee parecia implorar com os olhos, Jisung não teve noção do tempo, mas ficou dois minutos desmaiado, o suficiente para uma quantidade absurda de pequenos Huggys surgirem para tentar mata-los.

– Changbin? Por que ele? – Jisung dessa vez ficou confuso, esperava pelo Seungmin, talvez Chan. Mas logo o Seo?

– Sim. Pois provavelmente Seungmin não vai vir e deve ter explicado o que viu nos canais de YouTube. Changbin vai querer ajudar... Eu tenho certeza. – o Lee disse sorrindo, lentamente vendo a quantidade de bichinhos diminuir enquanto ambos eram puxados. – Obrigado, Changbin.

– Tá me estranhando? Ficou cego? – o Hwang gargalhou, para a completa surpresa tanto do Han, quanto de Minho – Changbin está distraindo o bicho, eu e o Lix viemos ajudar, Seungmin está tomando conta da porta e o Chan está chamando o trem.

– Okay, eu não esperava por isso...

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