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O fio vermelho de Akai ito. Como uma tradicional japonesa, eu já ouvi, inúmeras vezes, sobre esta lenda (que julgava ser um tanto duvidosa). Foi, então, que o inesperado aconteceu.
Quando pequena, tinha um melhor amigo meio esquisito. E, céus! Éramos inseparáveis. Nosso amor infantil era diabético, como um laço, que não poderia ser rompido. Algo forte, que nos conectava.
Infelizmente, algum longo tempo depois, Rin (como eu costumara o chamar), teve de se mudar para longe. Esta fora a nossa ruína. A amizade estava arruinada.
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Era meu primeiro dia de aula nesta nova faculdade que nunca frequentara antes. Meu corpo estava quente, e minhas mãos, trêmulas. Senti todo aquele "pingo" de coragem desaparecer ao entrar na sala, e olhar em volta.
Rapidamente, me sentei em um canto vazio, onde era difícil ser a atração principal. Ao olhar para a direita, notei um garoto bonito, de olhos caídos e pele (quase) albina. Ele me cativou.
No intervalo, me vi em uma oportunidade "imperdível" que, por conta da timidez, eu provavelmente perderia: O garoto da classe estudava sozinho, encostado em uma grande árvore. Senti meu coração palpitar ao olhar diretamente em seus olhos. Eram escuros, vazios. Exatamente como os de Rin.
Paralisada, desviei o olhar. Porém, para meu desespero, ele já caminhava até mim.
— [Nome]... és tu? — Sussurrou, esperançoso.
— Rin, senti sua falta. — Seu olhar se iluminou, e, com as bochechas coradas, acolheu-me em um abraço.
— Não sabes o quanto implorei aos meus pais para não lhe deixarem. Queria levá-la comigo. Sempre quis.
— Nada foi mais doloroso do que esperar por você! — Lágrimas eram expelidas.
Juntos, permanecemos abraçados até o fim do intervalo, onde, Suna, teve de me arrastar para o outro lado do edifício.
— 🏹 —
Horas depois, as aulas finamente haviam terminado. Como dois desocupados, Rintarou e eu fomos a um restaurante italiano, para "colocar as conversas em dia".
— Bem, o que tem feito da vida?! — Perguntou-me, curioso.
— Para ser sincera, absolutamente nada. Devo confessar que arranjo trabalhos temporários, de vez em quando. Todavia, não é nada demais.
— Admiro sua honestidade, [Nome]. Vejo que não mudou. Ainda és a mesma garotinha por quem me apaixonei, anos atrás. — Retrucou, um pouco envergonhado.
— Sinto que o futuro ainda nos promete muitos momentos juntos, Rin. Podemos recuperar o tempo perdido. Quem sabe?!
— Eu adoraria vivê-los todos com você, [Sobrenome]. — Sorriu.
Nossa conexão era mesmo inacreditável. Almas interligadas, predestinadas a se reencontrarem.
Apesar de parecer bobo, eu tinha certeza: há anos, um fio vermelho interligara nossos dedos. E, eu, estava pronta para uma nova aventura, ao lado daquele que nunca esquecera.
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