2.| 𝑹𝒆𝒎𝒊𝒏𝒊𝒔𝒄𝒆𝒏𝒄𝒆.

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memória :(sub

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memória :
(sub.)
𝑰. "aquilo que ocorre ao espírito como resultado de experiências já vividas; lembrança,
reminiscência."

𝑰𝑰. "latim memorĭa,ae '
aquele que se lembra, que se recorda' "



𝐀𝐑𝐀𝐁𝐄𝐋𝐋𝐀.

– 𝑺𝑼𝑹𝑷𝑹𝑬𝑺𝑨𝑨𝑨. - Meu pai grita por detrás de um amontoado de balões e decorações, ao seu lado está suspensa uma enorme faixa escrito: "seja bem-vinda, Bella".

Meu rosto esquenta e tenho certeza que estou parecendo um pimentão, a sala está cheia de gente, provavelmente ele organizou uma festa surpresa improvisada. Dou um pequeno sorriso sem graça enquanto ele vem estendendo os braços em minha direção e algumas pessoas param para observar.

– Você cresceu. - Ele diz enquanto me aperta em seus braços me suspendendo no ar como se eu ainda tivesse cinco anos.

– Pois é, pai... é bom te ver novamente também. -Falo irônica enquanto tento me soltar disfarçadamente de seu aperto. – Bom, o que é tudo isso? - pergunto assim que ele finalmente me solta, coloco uma mecha que caiu no rosto detrás da orelha novamente, totalmente envergonhada. Espero achar um buraco e só sair daqui uns 30 anos. As pessoas aos poucos voltando as atenções para o que estavam fazendo antes.

– Uma pequena comemoração para sua chega... -Antes que ele possa terminar a frase um furacão de cabelos castanhos e meio metro de altura o empurra e vem em minha direção correndo.

– BELLA... -A pequena garotinha me agarra em seus pequenos braços, me tirando o fôlego com seu aperto, enquanto tenho que me abaixar um pouco para igualar nossas alturas. - Senti tanto a sua falta, irmã. -Ela completa, com a frase saindo um pouco arrastada pelo sotaque de bebê ainda presente.

– Bom, parece que alguém andou malhando os bracinhos enquanto estive fora. -Comento risonha enquanto ela me abraça mais forte a cada segundo. – Também senti a sua falta pequena Cora. -Comento chorosa enquanto tento prolongar o máximo que consigo aquele abraço cheio de sentimentos e saudade, muita saudade.

Aos poucos a garotinha vai me soltando e assim que olho para o seu rosto observo seus pequenos olhos castanhos cheios de lágrimas, minha garganta dá um nó, eu realmente odeio muito ter tido que fugir, eu nunca vou perdoar o papai por isso.

– Ei, olhe para mim, eu não vou embora, não dessa vez. -Falo baixinho enquanto levanto seu rosto com as mãos e lhe ofereço um sorriso caloroso esperando que a garota confie em mim dessa vez.

Observando melhor seus traços juvenis percebo que a garota está muito diferente de quando parti, ela realmente se assemelhava muito a mim, os profundos olhos castanhos, o nariz delicado e fino, as maçãs saltadas e rosadas, além das covinhas fundas quando sorria. Dou um sorriso enquanto observo a minha mini cópia, vendo o quanto cresceu. Dou um beijo caloroso em sua testa e me levanto novamente.

My Little Problem. -PABLO GAVIOnde histórias criam vida. Descubra agora