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Ela é brasileira e está de volta em Barcelona, Arabella Hernández, a filha bastarda e emburrada do treinador, até então desconhecida antes de colocar aqueles lindos olhos desdenhosos em meu encalço e me prender em sua arrogância repentina, por...
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coincidência: subs. 𝑰- ocorrência de eventos que, por acaso, se dão ao mesmo tempo e que parecem ter alguma conexão entre si."
II- simultaneidade;
𝑨𝑹𝑨𝑩𝑬𝑳𝑳𝑨.
𝑨𝑪𝑶𝑹𝑫𝑶 𝑪𝑶𝑴 a claridade queimando minhas vistas, me fazendo enfiar a cabeça no primeiro travesseiro que vejo, me amaldiçoando mentalmente por não ter fechado as cortinas. Assim que toco a região que era para ser macia e confortável percebo que não se trata de um travesseiro, um travesseiro não teria tantos tentáculos.
— Mas que porr...
— Bella! -Escuto alguém me repreender, reconheço ser Cora pelo seu sotaque de bebê arrastado.
Assim que abro os olhos, observo que estava segurando um polvo enorme de pelúcia.
Bufo em descrença.
Fecho os olhos de novo, tentando voltar a dormir.
Até que alguém começa a me balançar, resmungo em protesto.
— Bella. -Cora tenta chamar uma vez, inultimente. — Arabella.
Dou um sobressalto na cama, lembrando do treino da mais nova.
Espremo os olhos em direção ao relógio infantil de Cora ao lado da cama, tentando enxergar as horas e falhando miseravelmente por ser quase míope.
— Droga! -Sussurro, para não ganhar um puxão de orelha da mais nova.
Levanto da cama em um sobressalto, tendo em vista que estava atrasada o suficiente, meu pai me mataria.
Vou em direção ao banheiro, cambaleando, enquanto tento enxergar alguma coisa. Escuto uma risadinha de Cora, a garota estava entretida com a minha confusão.
Finalmente encontro o banheiro e entro, começando a escovar os dentes, logo depois Cora aparece na porta.
Depois de longos minutos tentando arrumar o cabelo da pirralha até que ela achasse um que lhe agradava, deixo Cora terminar de vestir seu uniforme e vou em direção ao meu quarto, assim que entro vou direto para o guarda-roupas.
— Sério mesmo que eu usava isso. -Comento sozinha, enquanto faço uma careta observando a peça extremamente brega que eu usava quando tinha quatorze anos.
Avisto uma camisa do Real Madrid e um sorriso cruel surge em meus lábios, a última vez que usei ela me recordo que a internet paralisou em total descrença. Muitas notícias como "A filha do treinador prestigiado do Barcelona, aparece em Él Clásico ostentando a camisa do time rival", dou uma leve gargalhada com a memória.
